domingo, 29 de outubro de 2006

Então é isso
Qualquer hora eu volto e até respondo os comentários. Quem sabe não tenho um surto blogudo e escrevo pra caralho, né?

Agora deixa eu ir que, entre uma vomitadinha e outra, tenho que terminar um frila ainda hoje. Sim, sou uma mulher que trabalha muito.
Relatório resumido
"Ué, mas você só tá passando mal há 24h, mas não posta há quatro dias". Antes que algum de vocês diga isso, explico. Quinta fui tomar um chope na Lapa e acabei numa festa de Fernando de Noronha: cai no frevo e no maracatu. Sexta fui pra Festa dos Protótipos na quadra do Império Serrano: cai no samba. Sábado fui a uma feijoada com pagode: cai de boca na caipirinha. Domingo: cai doente.

Nos intervalos dessa vida de locomotiva social tento dormir um pouco, tomar banho e trabalhar para poder continuar bebendo. Não sobra muito tempo pra blogar.
Sempre pode piorar
Às 6h da madrugada o motorista da repartição vai passar aqui em casa pra me pegar. Viagem de trabalho. Tenho que estar às 11h na nada aprazível localidade de Campos de Goytacazes.

Odeio viajar à trabalho, odeio o Norte Fluminense, odeio Campos dos Goytacazes, odeio chuvisco!

Não, não tenho como não ir, não há quem me substitua porque já tô indo no lugar de outra cálega. Bom, só espero que o piloto e o fotogra não se importem com cheiro de vomito.
Como é bom ter família...
Liguei pra casa e avisei minha irmã que tava passando mal. "Rá! feijoada é isso aí". Uau, que simpatia e solidariedade.

Cheguei em casa verde e me joguei na cama. Quando avisei que não ia votar ela vociferou "Se o Lula não for eleito por um voto a culpa vai ser sua!"

Preciso me lembrar dessas palavras no dia que ela ficar doente.
Nem votei
Não havia a menor condição de sair de casa. Saco, agora vou ter que ver essa parada logo porque se não estiver em dia com a justiça eleitoral não pego meu diploma de mestrado.
Tudo tem seu lado bom
Do jeito que vomitei de repente emagreço um pouco!
Tô dodói
Antes que a Carrie arrombe a porta da minha casa com os bombeiros aviso tô viva.

Tô passando mal há mais 24 horas e vomitando desde a madrugada, mas sobrevivo.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Vício
Já comi um brigadeirão com amendoim e agora acabei de comprar uma coca light no mercado negro, com ágio!
Mau humor
Estou num mau humor inédito, exuberante, resplandecente, inoxidável. Tô rosnando pra quem cruze meu caminho, cuidado comigo!

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Sono, teu nome é Roberta
Ando com um sono sem solução. Quero dormir.
Peruca medonha
Meu cabelo anda esquisitíssimo. Durante o dia, depois que eu lavo e seco com o secador, ele fica até satisfatório. Agora, de manhã.... ele acorda todo dia duro, armado, no maior perucão. Assim não posso nem acordar do lado de um tchtchuco que vou assustar a criança: "dormi com a blogstar e acordei com o bozo?".

Hoje fiquei com preguiça e não usei secador, deixei natural. Cheguei no trabalho e a secretária freak: "Robertinha tá tão bonitinha de saia, agora, você vai ter que dar um jeito nesse cabelo....". Pois é, vou ter que dar um jeito no capacete.

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Meu celular
Os desgraçados da assistência técnica hoje me informaram que estão aguardando o envio da peça para reposição. Ok, eles poderiam ter dito logo que vão ficar com meu aparelho para usar como peso de papel. Ódio!
Mau humor
Tô tão mal humorada que chegou a me dar dor de cabeça. Vicente me ligou e pagou o pato, coitado. Ouviu uma grosseria não merecida.
Pândego
Escrevi pra um amigo perguntando se ele tinha frilas pra me arrumar pois me descobri inadvertidamente falida. Piada do bruto "Vende seu corpo no second life".
Homem é tudo Palhaço
O circo tá bombando. Vai e comenta.
Vai Saudade
David do Pandeiro/Candeia

Vai saudade vai dizer àquela ingrata
Vai dizer àquela ingrata
Que a saudade quando é demais mata
Vai saudade vai depressa
Não me interessa mais viver assim
Fui tão castigado e confesso que chorei
Me arrependi do mal que lhe causei
Censura
Aqui entrariam três posts. Escrevi mas não vou publicar. Ia me arrepender e, pior ainda, Nara ia me encher de bolachas. Estou freak, já avisei aos meus amigos para tomarem conta de mim. No lugar desses posts digo apenas "joga no mar que é oferenda!".
O mundo é estranho
Minha amiga menina Antonia tinha marcado cinema comigo semana passada. Não pode ir porque ficou presa no médico: quarta-feira ela será operada pra tirar um cisto do ovário. Vou visitá-la naqQuinta. Ela foi uma das três pessoas que foram me visitar quando tirei a vesícula e ainda me levou flores. Eu ainda tava grogue da anestesia. Acordei com a visão de Antonia, de blusa rosa e flores amarelas na mão. Achei que tava sonhando.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Programa humorístico
Cheguei do trabalho e minha irmã tava às gargalhadas: era o debate com os presidenciáveis. É contra minha religião compactuar com esse tipo de mixórdia, mas ela ria tanto que fui assistir.

Puta que pariu. Mais do que Picolé de Chuchu, o tal do Alckmin é uma mala, que cara chato! Como disse minha mãe "ele vai tirar o troféu de mala do ano das mãos do Galvão Bueno!". Cara, precisava era do Chacrinha pra buzinar e dar o Trófeu Abacaxi pra ele. Chato, muito chato. Ninguém merece ter um presidente da república chato daquele jeito.
Gatinho faz feliz
Tava mal humorada no trabalho, no caminho pra casa fiquei profundamente triste. Quando cheguei encontrei meu gato–bola Tutti me esperando. Coisa doce. É impossível ser triste tendo um bissinho desse em casa.

Ele tá aqui comigo, deitado do meu lado me fazendo companhia. Às vezes ele sobe no monitor e mia, me chamando pra brincar. Tutti é o gato mais bonzinho do mundo, meu reizinho.
Homem é tudo palhaço
Às vezes é até "engraçado" como eles reiventam os mesmos espetáculos manjados, né?
Mau humor...
Sim, estou num mau humor exuberante, resplandecente. Melhor nem olhar pra mim porque pode cegar. Aliás, melhor nem passar perto, porque posso morder. Odeio quase tudo e quase todos.

domingo, 22 de outubro de 2006

Praia aqui vou eu
Estou virada, mas não tô mais bêbada. Vou curar a ressaca torrando as celulites ao sol e bebendo caipirinha de maracujá.

update: fui tomar banho pra me arrumar e quando saí do banheiro o temp tinha virado, tava nubladaço. Sequei o cabelo e dormir a tarde toda.

sábado, 21 de outubro de 2006

Quem não fez quando pode, não fará quando puder
Ouvi essa frase numa mesa de bar na quinta. Mudou minha vida. Agora passou a ser meu lema.

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Ressaca, teu nome é Roberta
Tô uma panqueca. Tô com dor de cabeça, tonta e enjoada. Bebi muito ontem. Quer dizer, bebi muito pros meus padrões. Não passei mal nem paguei mico, mas enchi a cara. Infelizmente eu tenho discernimento pra perceber qndo estou bebada e não consigo articular as palavras. Uma merda.

Ontem foi muuuuito divertido, muito. Ri muito, conheci pessoas divertidíssimas.

Na verdade foi um rito de passagem pra mim. Fiz as pazes com o jornalismo e acabei com ums pendências. Claro, tomei várias broncas de Nara e Camila. Ai como é bom ter minhas amigas pra cuidar de mim!

Tenho vários papeluchos ocm frases desconexas escritas. São guardanapos onde anotamos coisas que poder postar hoje, frases maravilhosas que cunhamos na madrugada. Claro que eu mal entendo minha letra.

Bom, depois eu conto tudo. Agora vou tomar um banho pra tentar começar a curar a ressaca.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Chega por hoje
A garrafa tá vazia, daqui a pouco o dia vai clarear, vou dormir bebinha feliz.

Já bloguei muito por hoje, mas como amanhã não devo ter tempo, aproveitem! Ah, e quero muitos comentários.

Outra coisa, hoje pra mim ainda é quarta-feira porque ainda não dormi.
Boa sorte
Antes que pareça mal agradecida aos céus, vou avisar, até que tenho dado bem. Outro dia comentei com O Orientador que andava com pouca sorte. Eu tava falando de perder o ônibus, a unha descascar, o computador travar, levar cano em frilas, essas coisas. Ele me deu uma bronca "pára de show, desce desse palco que ele tá ocupado! Desce dessa cruz que tem gente precisando da madeira! Tu anda com a maior sorte, só tem pego gostoso".

Melhor que é verdade! Gente, nunca chegou a faltar, mas nos últimos tempos só tenho pego palhacinhos legais, divertidos e gostosos. Não é de se levantar as mãos para os céus?! Tirando o pediatra fraudulento, que era gostoso mas não tinha hábitos higiênicos adequados, realmente ando numa fase ótima!
Por falar no assunto, por onde andam eles?
Antes que vocês me sacaneiem, nem fui eu que levantei a questão. Outro dia num almoço com amigas uma delas comentou que andava intrigada com o sumiço dos pirocudos. "Quando eu era adolescente só pegava pirocudo, de uns tempos pra cá nunca mais tive a benção de ver um". Todas ficamos pensativas e concordamos.

Não que esteja faltando pau ou que só tenhamos pego lingüicinhas guanabara, mas tem tempo que nenhuma de nós vê uma pica daquelas de fazer gosto. Porque sabe como é, todas concordamos que pirocão pode não ser confortável em certas ocasiões, mas que é bonito de ver é, né?

Nenhuma de nós estava reclamando da sorte. É apenas um mistério, sabe? Todas temos pego modelos standard, bonitinhos, limpinhos, gostosinhos, cheirosinhos, bem acabadinhos. Tanto que, até minha amiga comentar, eu nem tinha dado falta, mas ela tá certa.

Fiquei curiosa e comecei a perguntar para todas as minhas amigas. Era isso mesmo: nenhuma via um belo pirocão há muito tempo. A maioria nem tinha dado falta também, mas quando questionei poucas lembraram do último pirocudo que pegaram.

Várias teorias apareceram. Umas tentaram atrelar a envergadura de pica à localização geográfica, idade, profissão. Não, sempre outra moça da mesa tinha um exemplo que refutava a tese. Teve quem achasse que era alguma coisa na água que tava diminuindo o tamanho do pau dos rapazes. Só que nossos amigos gays garantiram que nada mudou e há picas de todas os modelos à vontade. Então são só os héteros? Que pavor! O que terá acontecido? Será que os pirocudos viraram todos gays? estão todos casados e fiéis? viraram celibatários? foram abduzidos? Horror, horror, horror!

Bom, está lançado o desafio. A primeira que encontrar um pirocudo avisa às outras. Não precisa dividir, apenas conte que encontrou pra nos tranqüilizar.
Humilhação, teu nome é Roberta
Domingo desses fui dar um passeio na orla com Nara. O dia tava bonito, mas ela não tava com astral pra areia, então fomos dar pinta na pista interditada. Tamos lá, caminhando e falando mal não lembro de quem e ela me cutuca. "Teu namorado veio te ver", disse mostrando um grupo no calçadão.

– Noooooossa, ele embarangou mermo, né? Foda, cara, ele é muito junkie. A Ana Paula me contou que outro dia tava chegando no trabalho, meio de semana, 8h da manhã e ele tava completamente bêbado, aos gritos na rua com um copo de uísque na mão. Cena grotesca. Uma lástima porque ele é um pirocudo gostoso – concluo com pesar e olho pra Nara, que tá com cara de quem não tá entendendo nada.
– De quem você tá falando?!
– De fulano, oras. Você não mostrou como ele tá um tribufu?
– Caralhos! Tu pegou mermo aquele cara?! Puta que pariu! Abafa o caso, filha!
– Porra, pensei que tu lembrava e tava me zoando.
– A-b-a-f-a o caso filha, tem mó tempão, quase ninguém lembra.

Porra, era sacanagem e eu me entreguei. O bruto dobrou de tamanho, tá um porco gordo, com um cabelo sem classificação, olheiras que vão até os pés, roupas mal ajambradas. Nem sei o que tava fazendo na praia. Mas é verdade, tive um rolo com ele por alguns meses. Era um bom rolo. A gente freqüentava os mesmos buracos sórdidos, então sempre nos esbarrávamos pela noite e sempre que nos encontrávamos rolava sexo. Não chegava a ser um pau amigo porque nós raramente nos telefonamos, era sexo casual mesmo, mas do bom: sem culpa nem conseqüências e ainda éramos relativamente amigos.

Assim foi até o dia que encontrei com ele numa festa e, já bêbada, fui falar com ele cheia de ótimas intenções. Não sei que tipo de substâncias entorpecentes o bruto tinha feito uso, mas mal cheguei toda toda ele mandou na minha lata que tava querendo ser pai e que nossos filhos seriam lindos, muito latino-americanos. Fiquei sóbria na hora e vazei. Tenho pavor de palhaço com sanha reprodutora.

Um outro dia tava lamentando a perda com a Ana Paula e ela me fez ver o caso de outra maneira: "Filha, esquece, do jeito que ele bebe já deve estar brocha". É, pensando bem faz sentido.
Rifa valorizada
Vicente-vem-dar-o-cu-pra-gente nega mas tá querendo valorizar a rifa. Não contente com as duas intervenções cirúrgicas já realizadas esse ano vai outra vez entrar na faca. Ele diz que vai cortar umas carnes do nariz. Ahã. A gente sabe que ele vai é botar mais umas pregas naquele cu.

Tô pensando em marcar o sorteio para o início de dezembro, assim o vencedor pode aproveitar para cobrar o prêmio nas festas de fim de ano ou, quem sabe, presentear alguém com o número vencedor.Que vocês acham?
Amanhã é dia de "Chope das Meninas"
Sim, eu Nara, Camila e Nandap vamos encher a cara e comer um monte de petiscos engordativos enquanto falamos mal do mundo, dos nossos desafetos, amores e familiares. Qual de nós ficará na berlinda dessa vez?

Bem, sobre os 5kg...segunda eu começo a dieta, ok?
Resoluções
Hoje decidi que vou mudar minha vida mais uma vez. Vou mudar quase tudo, me aguardem. O primeiro passo vai ser emagrecer os 5kg que me incomodam.
Confissão
Cheguei em casa meio irritada, meio mal humorada, meio contrariada. Não queria ter vindo para casa, queria ter ido beber. Bebi sozinha, bloguei, respondi e-mails e comentários, flanei no orkut. Agora estou bebinha e feliz.
Como diria minha amiga PL
Tô tão piranha hoje...
Bebo porque é líquido
Se Antonia tivesse ido teríamos ido beber depois. Pena, eu tava doida por uma cerveja. Como não tinha companhia cá estou sozinha entornando champanhe enquanto blogo. Já tô com um calor....

Realmente estou fora de forma, meus tempos de locomotiva social se foram. Em outros tempos teria dado uns telefonemas e arrumaria companhia pra beber, quem sabe até para dançar. Tô na maior pilha. Aliás, em outros tempos eu teria saído sozinha mesmo, afinal sempre faço "amizade" mesmo. Pensando bem, eu deveria era ter catado um caboclo pra dar uns amassos.
Finalmente
Essa semana eu só tinha saído de casa na segunda-feira pra comprar pão, de resto não tinha posto o nariz na rua. Hoje tinha marcado cinema com Tuninha e Ana Paula. Menina Antonia foi interceptada por motivos médicos e desfalcou o grupo. Fomos eu e Ana ver Dália Negra no Unibanco Artplex. O filme é bom, embora um pouco confuso e violento, mas gostei.
Trincada
Estou com o maxilar fora do lugar de tanto trincar os dentes. Dói quando bocejo e para mastigar coisas duras. Merda.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Bloguda
Aí, bloguei pra caralho, agora quero comentários pra caralho também.
O mundo é estranho
Aliás, esse fim de semana vai ser o fervo das bizarrices. Parece que fui convidada pra uma festa à fantasia na sexta. Ai, como vou ter tempo para providenciar tantos modelitos?

Para vocês terem idéia do naipe dos convivas, o anfitrião e aniversariante uma vez achou uma fantasia de baiana jogada na rua. Sim, álguém desfilou de baiana e depois jogou fora. Ele pegou, levou pra casa, vestiu, fez fotos e postou no blog. Esses são os meus amigos. Acho que a fantasia era branca e doirada.

Pena que joguei fora minha fantasia de "Efeito estufa - degelo dos pólos" que desfilei em 2005...
A festa do Jôni
Mas tudo tem seu lado bom, já que estarei no Rio sábado vou na festa de aniversário do meu amigo João Marcelo no Maracanã, sim, no estádio propriamente dito, mais especificamente no Hall da Tribuna de Honra. Já fui a festas nesse espaço, é legal.

Conheço João Marcelo, vulgo menino Jôni, há 11 anos e nunca fui numa festa de aniversário dele. É que ele faz aniversário no dia 13 de outubro e minha irmã no dia 12. Eu sempre viajava com minha irmã e não podia ir à festa dele. Aliás, vou matar duas pendências de uma vez só: também nunca fui a um show da bandeca do Johnny e parece que vai haver uma apresentação. Ele se apresenta toda semana e me manda a programação também toda semana, para todos os meus e-mails, há anos. Sim, sou uma péssima amiga. Ah, que nada, menino Jôni me conhece sabe que sou assim.

O detalhe sórdido da festa é que ela é, digamos assim, temática. Ele aconselha o uso de camisas de times. Bom, Johnny, fica pra próxima, não possuo camisa de time.
Cardozo Towers
Como minha amiga Nathalia tá casada e não conheço ainda o marido dela, achei melhor não chegar de mala e cuia "E aí, amigo! Sou a Roberta e tô na área". Ia me aboletar na casa do André, que é solteiro e não come ninguém mesmo.

A casa de Nathalia sempre abrigou todo mundo em SP, até André quando mudou pra lá morou meses na sala dela. Um dia liguei pra André avisando que tava na cidade. "Tá aí no Molina Palace, né?", pois é, tava.

Um vez que fiquei uma semana por lá dormi uma noite na casa de André. "Olha, aqui não é o Molina Palace mas o serviço do Cardozo Towers também é bom. Não tem cerveja mas tem computador com internet no seu quarto e a cama é boa". No dia seguinte de manhã me vei ele com uma tolha e um sabonete. "Ó só, sabonete novo e toalha limpa, serviço de primeira". Ele achou que eu ia tomar banho com aquele sabonete cheio de pentelhos dele, é? Tô brincando, meu amigo verdinho é um fofo. Comprou até pão e queijo pra eu tomar café de manhã.

Pois é, quando decidi tirar férias escrevi pra ele pedindo avisando da minha reserva no Cardozo Towers na penúltima semana de outubro. "O Cardozo Towers é internacionalmente reconhecido pela qualidade de sua infra-estrutura. Agora, os quartos contam com internet em banda larga e vistosos monitores LCD de 19 polegadas. Reservas devem ser feitas antecipadamente". Esse é meu amigo verde, na casa dele não tem fogão, mas tem monitor de LCD em todos os quartos.

Ah, da próxima vez que for lá tenho que lembrá-lo de deixar o quadro dos Simpsons pra mim no testamento. Ele prometeu em troca das broncas que dei nele por causa da decoração. Tinha um relógio de parede muito feio na última visita que fiz.
Viagem malograda
A idéia original era ir pra São Paulo, afinal sempre sou feliz em São Paulo. Pretendia ir quarta ou quinta e ficar até segunda de manhã. Já tinha até reservado vaga no "Cardozo Towers". Daria pinta na cidade, beberia com meus amigos e no fim de semana iria na Convenção de Tatuagem com Gibi e Claudinha. Todo ano acontece alguma merda e não consigo ir na porra da convenção!

O negócio é que eu ia viajar com a grana de um frila que fiz, mas levei cano. O distintíssimo cavalheiro que me contratou me deu calote. Tá eu não ia quebrar se fosse pra SP, ia ficar na casa do André ou da Nathalia e talz, mas pô, ir pra São Paulo e não fazer compritas ia ser muito ruim! Dura é melhor ficar em casa.

Bom, vida que segue. Se em um mês o queridíssimo senhor que me contratou não me pagar vou colocar o nome dele no jiló.
Preguiça
A verdade é que não tô fazendo nada nas férias por absoluta preguiça. Ontem pensei em ir ao cinema de tarde. Ah, deixa pra ir na final da escolha de samba do Império à noite. Se eu for vou acordar tarde e não vou à praia. Não deu praia, mas posso ir ao cinema. Ih, começou a chuviscar! Pois é, ainda não botei o nariz na rua.

Mas acabou! Já descansei e agora até o fim da semana minha programação está puxadíssima! Vêm aí dias de locomotiva social.
Pouca sorte
Em geral não dou sorte nas minhas férias. Lembro uma vez que tirem em julho e choveu o mês inteiro, um inferno. Uma outra vez passei a primeira semana de férias doente. Tinha marcado até uma festa de aniversário do blog e não pude ir. Já fiquei doente nas férias váááárias vezes. Dessa vez como estou apenas com uma semana de folga: se ficar doente fudeu.
Cadê o sol?
Ontem de madrugada tava ventando pra caralho e já tinha nublado, mas mulher otimista que sou, ainda tinha esperanças de ir tostar as celulites ao sol. Humpf!
Dia nublado, ventinho e chuvisco de tarde. Merda. Solzinho faz feliz, dia nublado deixa triste.
Amassa biscoitinho, amassa
Outro dia cheguei no quarto e tava minha mãe com gata Nina "amassa biscoitinho, amassa Nininha".

– Pô, mãe, não é biscoitinho, é pãozinho!
– Pãozinho, biscoitinho, dá no mesmo. Deixa a gata amassar em paz.

Minha mãe e suas lições de desapego.
Reizada
Leleco é o príncipe da casa pois o rei é o Tutti, meu reizinho. Ele tá um gatão enorme e peludão, tão peludão que chegou a ficar com nózinhos quando negligenciei a escovação diária do meu gatão. Já resolvi o problema e ele tá lindo e desembaraçado. Adora se escovado, fica dando cabeçadinhasno braço do sofá enquanto eu passo a escova nele.

Aliás, ele tá tão grandão que passou para outra categoria de gatos: ela agora é um gato-bola.

Outro dia Tutti tava sentado no sofá recostado de lado nas almofadas. Ele adora ficar assim. Távamos comendo e ele lá, nos olhando. Minha irmã que reparou "olha que coisa mais rica, que reizinho que tá o Tutti". Aí começamos todas a chamar ele de meu reizinho, meu tesouro, minha coisa rica. Ele todo gabola lá do sofá, se sabendo rei da casa, olhava pra cada uma de nós com aqueles olhões azuis e amassava pãozinho no ar! Quanto mais dizíamos “Ai, que reizada”, mais pãozinho ele amassava.
Barateiro
Gato Leleco (ex-Lillo) caçou uma barata e me trouxe de presente. Não é um doce? Tão atencioso, sempre me traz mimos. Chego e encontro o gato em cima da minha cama segurando uma barata eloooorme. Ficou me olhando com cara de "olha mammys, olha que gostosinho que trouxe pra gente lanchar, tá se mexendo ainda!". Gatinho faz feliz. Pior que tenho que jogar o presente fora sem magoar Leleco da mamãe. Tenho muito orgulho do meu príncipe caçador: ele aprendeu a abrir a tampa do ralo da área de novo pra caçar baratinhas e mimar a mamãe. Vou ter que trocar a tampa do ralo outra vez.
É isso mesmo?
Nuuuuunca mais a assistência técnica da Nokia vai me devolver meu aparelho? Tô com saudade dele. Tá certo, não era assim, um aparelho de casuar inveja em ninguém, mas é meu, foi o que eu escolhi. Sempre compro o aparelho mais barato disponível entre os que me agradam e só uso o celular para enviar e receber ligações e mensagens de texto. Tá, tá certo, mas mesmo assim eu quero o meu aparelho de volta.

Eles foram relativamente generosos e me emprestaram um aparelho enquanto o meu está no conserto. Só que é um trambolho pesado e que não leu minha agenda. Vocês têm loção do que é ficar sem os telefones dos amigos? Eu só sei 4 números de cabeça: o da minha irmã que sempre confundo com o da Ana Paula, o dela que sempre confundo com o da minha irmã, o da Nara e o de um palhaço, que também não me serve de muita coisa.

Ai, ai. E eu e O Orientador que nos achávamos tão cosmopolitas com nossos Nokias, agora eu quase odeio a empresa supracitada. Aidna tiveram a cara de peroba rosa de me mandar um e-mail com uma pesquisa de satisfação com o serviço prestado pela assistência técnica. É piada, né?

Serei obrigada a ir lá na loja da assistência técnica armar um barraco básico?
Por falar no circo...
Cara, se tiver sem nada pra fazer vai ler os comentários no HTP. Tá de se mijar de rir. Tem um palhaço que comenta com vários nomes, sempre me chamando de puta, puta, puta. Dã! Um outro dizendo que eu me acho. Não babe, eu não me acho. Eu sou! Teve até um que disse que mulher só pensa em carne e perguntou onde estão os sentimentos e a afectividade (sic). Sou quase vegetariana, babe!

Sem falar nos erros toscos. Vem cá, vai me gongar? Não é melhor copiar e cola rno word e passar o corretor ortográfico antes de clicar em enviar? Que mico!

Olha a pérola: "mulher que fica falando de pau de dinheiro é puta mesmo. querendo vcs ou nao. mulher que se preza fala de carater, da personalidade, da honestidade e tal, coisas que, para as biscate descerebradas, é idiotisse. vcs acham que algum homem vai querer algo serio com vcs??ahahahah!!acordem p a vida".

Hahaha digo eu, babe. Ainda tá pra chegar o dia que vai me faltar homem, seja para o que for, passar uma noite, namorar, casar, ter rolo. E vem cá, o malandro acha mesmo que as pessoas, sejam homens ou mulheres só falam de caráter, personalidade e honestidade? Ai, meu sais. Que mundo chato o que ele vive.

Fui chamada até de cafetina realizada! Vai, só pode ser piada. E eu pensei que eu fosse apenas uma blogueira pândega!

Agora, o carinha que chegou na porta do motel e pedi pra Ana pagar continua rendendo. Acho que vai entrar pra lista dos melhores posts. Literalmente impagável.
O circo tá bombando
Afinal, Homem é tudo palhaço e todo dia tem espetáculo!

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Confissões inconfessáveis
Pensei posts enormes, mas não vou fazer. Ia me arrepender amanhã.
Narinha sempre diz que bêbados não deviam te acesso a computador e telefone. Às vezes gente sóbria também não. Estou sóbria e vou dormir antes que fale o que não é conveniente.
Saudade
Saudade até do que não aconteceu. Que merda.
O mundo é estranho
E eu ando esquisitíssima. Tenho alternado alegria e tristeza com uma facilidade... ando com sentimentos tão contraditórios.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Aos arquivos!
Pois é queridos, não sei se vocês notaram, mas entre os meus nada ambiciosos planos para as férias não está incluído "blogar pra caralho". Não, não pretendo passar minah mísera semana de férias em frente ao computador. Claro que o vício sempre fala mais alto e venho aqui de vez em quando, mas não esperem atualizações constantes. Se me mandaram mensagens também não achem que responderei prontamente: essa semana não sou a ninja dos e-mails de sempre. Os comentários no blog a mesma coisa. Scraps no Orkut nem adianta deixar, só tenho ido lá pra apagar os "emagreça dormindo" e botar ordem nas comunidades do blogs. Ah, claro, também não nutram grandes esperanças de me encontrar dando sopa no msn.

Antes que vocês resmunguem e digam "Oh, não nos abandone" eu aviso: aos arquivos, queridos. São cinco anos de blog, vão reler as bobagens que já escrevi. Semana que vem eu volto, vocês sobreviverão. Fui!
Férias!
Já é segunda-feira, portanto estou de férias. Tá, vai ser só uma semana, mas é a primeira vez desde 2002 que tiro férias sem ser pra resolver alguma coisa. Em 2003 tirei férias pra estudar para a prova do mestrado. Em 2004 tirei férias pra fazer os trabalhos finais do mestrado, idem 2005. Esse ano tirei férias para terminar um frila e a dissertação, mas tinha guardado duas semanas. Uma usei quando minha mãe ficou doente a outra é essa.

Bom, não vou viajar, não tenho grandes planos. Pretendo ir à praia, ao cinema, beber com meus amigos, essas coisas. Ah, também quero ver se consigo debelar a montanha de papel que se formou em volta do meu computador com a finalização da dissertação e, de quebra, arrumar meus armários. É isso, não é muito, mas por hora vai me fazer feliz.

domingo, 15 de outubro de 2006

Quero praia
Tomara que amanhã sol. Com estou de "férias" talvez vá tostar minhas celulites durante a semana também, acho que isso vai fazer feliz.
Sou mulherzinha sim, oras
Mais de uma vez já me disseram que eu penso como homem. Outro dia o próprio O Orientador, que sempre diz que sou a amiga mais mulherzinha que ele tem, disse que sou "quase um bofe". Acho isso engraçado. O que é pensar como homem ou pensar como mulher? É tão diferente, compartimentado, separado assim? Eu acho que sou apenas prática, em geral tenho mais o que fazer do que ficar de frescuras.
Meu amigo Vicente
Como sempre digo, tenho alguns dos melhores amigos que alguém pode ter. Adoro falar dos meus amigos, contar como são maravilhosos e cuidam de mim. Vicente é o meu meu amigo. Ele é um fofo, doce, gentil, educado. Só não vou dizer que ele é bonzinho porque seria sacanagem, mas a verdade é que vivo metendo Vic em furada e ele quase nem reclama. Tá certo, ele me chama de furigunda e chuta minha canela, mas é tudo carinhoso.

O Orientador a acha engraçado como nós implicamos o tempo todo um com o outro e como Vicente me trata como se eu fosse homem. "Ele te chama de 'rapá'!". Sim, ele me chama de cara e de rapá. Também me chama de Robertão de vez em quando. Tinha uma época que ele dizia que duvidada que eu foses mulher, que tinha certeza que eu tinah 'piruzinho'. Até o dia que eu terminei com um palhacinho e liguei pra Vicente chorando pra ele ir me buscar. Eu no orelhão porque tinha acabado a bateria do meu celular e Vicente do outro lado da linha "ih, tu chora por causa de homem! Ih, tu é mulherzinha!". É pra Vicente que eu ligo quando tenho um problema. Ele foi me buscar, me levou pra dançar e depois fui dormir na casa dele. Tá certo que ele pegou uma lôra e ficou se amassando num canto com a lôra a noite toda, mas aí eu já tinha feito amizade e tava me acabando de dançar, que afinal de contas meu nome é Roberta, não é bagunça. Ah, no dia seguinte conheci o amigo Minduim, que trouxe cerveja pro café da manhã.

Toda vez encontro Vicente em uma festa eu agarro ele e mordo a bochecha. Na verdade é um movimento sincronizado de dar um pulinho pra me pendurar no pescoço de Vic e tentar prender minhas pernas na cintura dele. Como normalmente nessas ocasiões eu já estou semi-alcoolizada, não logro êxito e volta e meia a gente quase cai no chão.
Ainda tem o bônus: no que eu passo os braços em volta do pesçoco de Vic sempre derramo cerveja nas costas dele (sim, sempre estou com um copo ou lata de cerveja na mão) e ele nem reclama! Fiz isso essa sexta no Riocena e lembrei que tinha feito na sexta anterior.
Título de nobreza
Por falar no pós-defesa, JBFM, um dos examinadores da minha banca e meu amigo querido me chamava de "Preta". Quando eu tava enrolando pra terminar o mestrado ele me dava bronca "Preta, essa dissertação tá pronta, defende logo isso!".

Depois da defesa ele passou a me chamar de "Rainha, primeira e única". Sou eu.
O Orientador
OO me deu um puxão de orelhas, uma bronquinha, ou sei lá, expressou sua surpresa pois acha que eu não comemorei a defesa da dissertação e a aprovação com louvor. Ele achou que eu tinha que ficar exultante, ter jubilo, me regozijar, sei lá. Ai, caramba, mas eu não sou disso. Quando alguma coisa muito importante acontece na minha vida eu faço meia dúzia de posts sobre o assunto, falo ao telefone por uma meia hora com Vicente e Ana Paula, mando um e-mail informe pândego pra umas 20 pessoas e tento ficar sozinha rindo à toa para o nada por algumas horas. Depois é vida que segue. Foi isso que eu fiz, oras.

No dia da defesa a ficha demorou a cair. Fiquei com um riso idiota e inegociável estampado na cara e fui beber com pessoas amadas. Tava tão trincada que passei a noite em claro, não conseguia dormir. Fiquei deitada pensando em tudo que tinha acontecido, lembrando dos detalhes. Ri e chorei um pouco. Estava muito feliz e sabia que merecia.

Até marquei uma comemoração no dia seguinte e enchi a cara mais do que o normal no fim de semana!

Bom, não sei o que era esperado de mim. Quando estivermos os dois sóbrios eu pergunto de novo.
Riocenacontemporanea
Encontramos menino Pedro na entrada da gare. Tão tchutchuco nosso Pedro! Tava tão bonito e fofo. Avisei que ele tava lindo e eu queria dar pra ele. "Vai ser difícil, hein?". Adoro a sinceridade dos meus amigos.

Lá dentro encontramos Vicente-vem-dar-o-cu-pra-gente, Helga Valesca e Ju Krapp. Encontramos mais um monte de gente que eu nem lembro mais. Ficamos bebendo, conversando e falando bobagens, como sempre. Dessa vez DJ Cris tava tocando na plataforma e não dentro do vagão, como na sexta anterior.

A festa tava boa, foi divertida, mas a sexta anterior tava melhor, apesar da chuva. Não sei o que foi, talvez por estar muito mais vazia. O público tava diferente, encontrei menos amigos, sei lá. Faltou alguma coisa.

Ah, a cerveja continuava quente e choca, mas não sei se desligaram a energia de novo.
Relatório de pista
Ontem comecei a noite no Belmonte de Copa. Conheci o leitor Zander e sua amiga Ingrid. Ela, aliás, calçava sapatos roxos maravilhosos. Na primeira oportunidade avisei: se o salto quebrar não fui eu não, mas tô morrendo de inveja dos seus sapatos. Fiquei quase hipnotizada.

Mais tarde se juntaram ao grupo O Orientador - aka Poderosa 52, JR e o amigo fofo Sérgio. Depois de mais alguns chopes, empadas e pastéis rumamos para a Estação da Leopoldina.
Confissão
Estou tristinha, quase deprê. Nem tava, tava bem, mas sei lá.
Acho que vou dormir.
Momento eremita
Hoje nem saí de casa. Tinha combinado com I.V. de ir na semifinal da escolha de samba no Império Serrano. Queria muito ir, mas cadê disposição? Quando pensei na maratona que ia ser, na minha dor de cabeça, dor no corpo, cansaço....desisti. Liguei o computador, coloquei uma garrafa de 2l de coca light pra gelar e assunto encerrado.
Ressaca, teu nome é Roberta
Cara, eu acho que nem bebi tanto assim, mas o fato é que tô no bagaço de novo. Dor de cabeça, dor no corpo, sensação de ter sido passada numa máquina de moer, quase mau humor, ou melhor, humor irritadiço.

Vou ter que fazer alguma coisa a respeito, cansei disso. Como a chance de eu parar de beber é nula, acho que vou experimentar tomar engov, fazer mais exercícios, sei lá.
A menina obnóxia
Ela está de blog novo.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

O momento "é o que há"

Fui apresentada a esse conceito recentemente e amei. É mais ou menos a noção de "hora da xepa", mas num olhar mais otimista, digamos assim. Não é que seja o restolho da feira, simplesmente é o que há no momento. Um amigo queridíssimo de uma amiga queridíssima que cunhou a expressão.

Segundo ele, na noite, chega uma hora que você olha e "é o que há no momento". Nessa situação não adianta reparar se tem celulite, se tem barriga, se a bunda tá meio caída, se tá mal ajambrado: ou você pega ou vai casa tocar punheta sozinho. Como gozar acompanhado é sempre mais divertido é melhor largar de frescura e pegar logo alguém entre o que há. Sabedoria de André. Sempre fui fã dele.
No momento é o que há...

Sexta passada no Riocenacontemporanea já tinha cansado de dançar e fui dar pinta pelas plataformas. Encontro meu amigo Paulinho. "E aí minha linda, pegou alguém?". Expliquei que ainda não tinha logrado êxito, embora reconhecesse que não havia me empenhado. Desde que cheguei tinha era encontrado os amigos, tentado encher a cara de cerveja quente e me acabado de dançar. Agora que tinha dado uma parada pra rosetar e, como meus pés já doíam, a idéia de dar uns beijos na boca não me parecia desagradável.

– Você já conhece fulano, amigo do cicrano?
– Conheço não.
– Branquinho, loirinho, compacto bem acabadinho, heterossexual.... acho ele bonitinho. Quer que te apresente? Tá ali, ó - disse apontando um caboclo que, pelo menos à primeira vista, não me falou à pleura.
– Meio mal ajambrado, não? Não gostei do cabelo nem da roupa. Que camisa é aquela?!
– Minha linda, você sabe que horas são? São 4h30 da manhã.
– Nooooossa, você tem razão. Jeitoso o garoto, hein? Como é mesmo o nominho dele?

Ficamos de sacanagem, discorrendo sobre a relação entre horário, quantidade de subtâncias entorpecentes ingeridas e rigidez dos padrões estéticos. Fomos tomar cerveja rindo muito e esquecemos o bruto mal ajambrado. Mas que realmente ao olhar o relógio ele se tornou um tchutchuquinho não posso negar.
"Morre fácil"

Mas querer me arrumar pretendentes não é mania só da minha irmã. Acho que todo mundo acostumou tanto em me ver namorando que não se conforma de me ver solteira, ou pelo menos desacompanhada. Toda hora alguém me liga, escreve pra avisar que vai me apresentar a alguém, botar fulano na minha fita, essas coisas.

Bom, pra se sincera não gosto muito disso. Acho esquisito. Prefiro sair por aí na pista e conhecer simpáticos estranhos por minha própria conta, mas também não recuso o empenho e a preocupação dos meus amigos tão dedicados e zelosos, né?

Nisso outro dia uma amiga minha me escreveu porque via orkut percebeu que tínhamos um conhecido em comum. Expliquei meu vínculo tênue com o bruto. "Pô, mas ele é um gatinho. Nunca tinha reparado, mas fulana me chamou a atenção pra ele. Tipo, é meio cafona, mas dá pra distrair "as vistas". Rimos e fomos fuçar o perfil da criança no Orkut. Tadinho, muito cafoninha: entre as cinco coisas que ele não vive sem listou "mulher". Babe, mulher não é coisa. E ele escreve tudo em caixa alta, gritando, sabe?

Manifestei ainda a preocupação em furar o olho da amiga dela, que eu conheço, e que teve o mérito de ter percebido o potencial do pitéu e tá trabalhando a criança há um tempão. Ela disse que não tem problema, pois fulana dá em cima dele há meses e não arrumou nada. O bruto se faz de gostoso pra cima dela e regula a mixaria. Perdeu mais pontos. Babe, a vida passa rapidinho, não dá tempo de ficar de frescura. Beijo na boca é bom, é de graça, faz bem pra e pele e lavou tá novo!

Essa semana ela me escreveu de novo. Tinha encontrado o mancebo em certo evento social que todos freqüentamos. "Aí, dei uma boa olhada no seu candidato. Morre fácil". Pois é, vejo que por força das circunstâncias serei obrigada a agendar uma ida ao convescote supracitado.
Enquanto isso....
Minha mãe está assistindo o programa da LBV na televisão. Pensando bem minha irmã tem a quem puxar.
Minha irmã

Agora minha ela anda com mania de querer me arrumar namorado. Como ela é uma pessoa que namora, não se conforma de eu estar solteira. Não pode ver um homem bonito passar que me belisca, quer que eu vá atrás, quer "me apresentar".

Minha mãe tava fazendo um tratamento odontológico e o dentista era um pitéu. Outro dia minha irmã veio me dar um corretivo. O dotô todo bom tinha avisado que ia dar alta pra mamãe na semana seguinte. "Como é, você não vai pegar o dentista não?".

– Acho que não, né?
– Pô, Roberta, não pode deixar escapar um daqueles.
– Que você quer que eu faça? Eu, hein.
– Você vai com a mamãe na próxima consulta e aí diz "doutor, queria perguntar uma coisa, você é casado?".
– Eu não vou perguntar se ele é casado porque não é da minha conta!
– Vai sim. Aí ele vai fazer cara de surpresa e perguntar "por que você quer saber?". Aí você dá um risinho e responde "pra saber o tamanho do passo que eu posso dar".

Claro que ela fantasiou o diálogo às gargalhadas. Claro que eu não fui com minha mãe na consulta seguinte. Era bem capaz dela ligar pro consultório e dizer pro coitado do dentista que eu queria saber se ele era casado, mas o porque da pergunta só eu mesma diria. Ou então que ele era o cunhadinho que ela pediu a Deus.

Como eu disse, minha irmã é doida de pedra, além de ter uma cara de peroba incrível.
Bebezada na padaria
Lá em casa nos referimos aos nossos gatos como nossos bebês. Sempre peguntamos pra eles "quem é o bebê da mamãe?". Quando algum deles está numa pose muito fofa a gente fala "Olha que bebezada!". Tipo, tá tão lindo, tão fofo que não é um bebê só, é uma bebezada.

Como eu já disse outras vezes, minha irmã é completamente pirada. Eu sei que sou meio doidinha, mas ela é doida de pedra só que de uma maneira bem diferente de mim. Numa coisa somos iguais: não temos muita vergonha na cara. Contamos nossos micos às gargalhadas.

Outro dia ela me contou que tava indo de ônibus pra casa do namorado dela. Quando já tava chegando ela levantou para dar o sinal. O ônibus passou em frente à padaria que tem perto da casa do bruto e ela viu que ele tava lá. Sem nem pensar ela exclamou "Olha que bebezada na padaria!". Um cara que também tava em pé esperando o ônibu parar meio que se abaixou pra olhar pela janela a bebezada na padaria. Ela disse que assim que falou caiu a ficha do mico, se recompos e fez cara de paisagem. O cara olhou pra ela com uma cara de "Cadê a bebezada? Não vi". Ela segurando o riso, doida pro ônibus parar.

Agora só me refiro ao meu cunhado como "a bebezada da padaria".
Hoje é aniversário da minha irmã
Ela faz 32 anos. Como foi que a minha irmãzinha ficou tão velha?

Quer dizer, irmãzinha... irmãzinha ela deixou de ser há muitos anos, desde que fez uns 13 anos ela é mais alta que eu, mas não importa. Claro que ela sempre vai ser minha irmã pequena.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Homem é tudo palhaço
Mas tão palhaço que o mundo às vezes até deixa de ser estranho e se torna previsível. Esperava mais de você, babe.
Como espantar palhaços
Sábado passado um pouco antes dos dotôres - o pediatra fraudulento e o ginecologista sem noção - chegarem na gente, távamos justamente falando sobre profissões que não rendem papo. Tipo, quando um palhaço chega em você e manda "E aí gata, que que cê faz?".

A Ana tinha dito que ia passar a dizer que era instrumentadora. Nada contra as instrumentadoras, mas porra, não rende papo, né? O cara não ter como emendar "E aí gata, instrumentando muito?". Dani optou por maquiadora de defunto, mas acho que o inusitado acaba deixando margem pro palhaço continuar tentando puxar papo. Já ela acha que os brutos vão se assustar e sumir. Bom, ainda bem que não colocamos em prática, pois os carinhas eram todos médicos. Iam falar "Pôxa! Trabalha onde?".

Na dúvida acho que ainda fico como meu velho e eficiente "Vaza e vaza rápido" ou quando estou de bom humor e o palhacinho é tchutchuco "Circula bonitinho, circula".
Sorte!
Minha mãe sonhou comigo essa semana e jogou no bicho. Ganhou R$ 750 no Pavão. Sempre que sonha comigo ela joga no pavão. É que quando eu era criança ela sempre me perguntava que bicho ia dar e eu sempre respondia a mesma coisa: "vai dar pavão". Deu.

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Da arte de ouvir a conversa alheia
Outro dia fui almoçar com minha irmã no centro e resolvemos experimentar outro self service (ou service service, como preferir). Tamos lá comendo e reparo que na mesa atrás dela tem um cara com um cabelo muito esquisito, meio perucão, tipo cheio e comprido demais pro resto do visual dele.
– Teu namorado veio com aquela peruca que te excita.
– Onde? Cadê ele?
– Atrás de você.


Nisso o cara levanta e vai pra outra mesa pra confraternizar com conhecidos. Adivinha? O cara com quem ele foi falar usava penteado de "pega emprestado". Sabe aquele que o cara tá ficando careca e aí deixa uma parte do cabelo ficar mais comprida e penteia por cima da calva pra "disfarçar"? Esse tinha pego emprestado da parte de trás e penteado pra frente, configurando uma franjinha ridícula e muito pouco digna, mas como sempre digo, bom senso e dignidade são luxo para poucos.
"Caraca! Ele foi falar com teu amante. Pôxa, eles não são ciumentos, né?". E a monga dea minha irmã "onde? onde?".

Eis que a uma moça que tava na mesa ao lado se inclina pro nosso lado "É peruca mesmo?". Caralhos, isso é um restaurante ou uma convenção de gente sem noção. Bom, dane-se, afinal ouvir a conversa dos outros não é errado e eu também gosto muito, só que não costumo assumir isso e me meter na conversa. Começamos a discutir se era peruca ou não. A fofoqueira safada da mesa ao lado argumentou "aquele cabelo não combinaria com a o estilo dele, com a idade e a roupa. Só pode ser peruca". Minha irmã lembrou do ex-chefe dela que fez uma espécie de interlace ou peruca colada na cabeça e a parte de cima tinha que ficar maior no começo, até acertar a cor e o tamanho. Eu avalio que também pode ser pra "disfarçar" a emenda peruca/cabelo remanescente. Passamos a tecer comentários sobre o que seria melhor: botar uma peruca lindja daquela ou fazer um penteado de "pega emprestado". Vai ver que ele tava passando o contato do peruqueiro pro cara da outra mesa. Bom, todas acabamos de comer e nos despedimos.

E quem tá na fila de pagar logo na nossa frente? O perucão. Minha irmã não resistiu e chegou perto. "É cabelo!", garantiu. Nossa nova amiga também tava mais à frente fazendo sinais. Ela também tinha concluído que era cabelo e ainda avisava que viu a raiz. Sentenciei "então é só mau gosto mesmo".

Pois é, o mundo é estranho e reparar nos outros e ouvir a conversa alheia também gera sociabilidade!
Presente faz feliz
Esqueci de contar, menina Tuninha me deu um par de brincos fofíssimos de presente. É um casal de bonequinhos! Na verdade era meu presente de aniversário que ela ainda não tinha tido oportunidade de me entregar, mas é daí, né? Virou presente de aniversário/defesa de mestrado.

Tô com o presente lá em casa de uma amiga que fez aniversário em janeiro e outra que fez em abril. Daqui a pouco vira presente de aniversário/Natal. Econômico isso, né?

Ah, outra amiga minha tá com o presente que trouxe de viagem pra mim, há mais de um ano, que já virou lembrancinha de viagem/Natal/aniversário e tá pra emplacar outro Natal. Vou lá buscar pra ver se emplaco outro no meu aniversário.
Tomei até uma resolução!
Tinha que acordar cedo amanhã pra ir ao dermatologista na Barra da Tijuca. Vou não. Ia ficar irritada e ia mau humorar de novo. Fodam-se as manchas nas minhas costas, elas agüentam até eu arrumar um derma com um consultório em localidade mais acessível.

Vou é encher a cara de coca light, comer a caixa de chocolates inteira e ver televisão de madrugada coçando meus gatos.
Alegrinha
Ai, ai, ai. O que um banho quente, uma coca light e uns chocolatinhos não fazem por uma mulher né? Estou melhor, espantei a deprê e estou até animadinha.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Sabedoria de Narinha
Minha Narinha anda sumida, trabalhando muito. Nos encontramos rapidamente duas vezes no fim de semana. Numa dessas esbarradas avisei sobre as comemorações do fim do mesetrado: "Tô na rebordosa, quero nem saber. Esse fim de semana vou me acabar. Tô virada, enchendo a cara todo dia, dançando muito e me divertindo".

Narinha me olhou com cara de espanto "ué, então o que é que tá diferente dos outros fins de semana?". O que seria de mim sem a sabedoria de Nara?
Bagaça
Fiquei menstruada hoje e estou cheia de cólica, muito mais que o normal. Já enchi a cara de buscopan composto mas não tá dando no couro. Também estou com uma certa dor de cabeça. Tô com o corpo todo doído de tanto que dancei no fim de semana. Pra piorar recebi uma notícia desgradável, o que só ajudou a piorar meu humor.
Resumindo: estou um bagaço! Vou pra casa comer chocolate, beber coca light, chorar e dormir.
Chata
Tô tão chata que nem eu me agüento.
Nihon no Seikatsu
O que signigfica não tenho a menor idéia, mas o nome do blog da minha amiga Janete que tá dando pinta no Japão. Tem muita foto pro meu gosto, prefiro textos, mas é legal. Ela tá morando em Hamamatsu, mas foi dar pinta em Tóquio outro dia. Disse que gente como ela queria passear por lá comigo. Não entendi, mas deve ser elogio.
O mundo é estranho
Tô tão triste hoje. Comecei o dia quase eufórica, agora estou numa deprê foda. Quem me chamar de bipolar toma um soco.

domingo, 8 de outubro de 2006

Procon

Sim, continua sendo contra minha religião trocar fluidos corporais com profissionais da área de saúde, mas sabe como é, né? Ele era gatinho, dançava bem, era fofo e educado, não aparentava estar muito bêbado, um pouco mais alto que eu, todo sarado, 30 aninhos, tinha boa pegada. Pois é.

Antes que vocês perguntem se ele realmente existia aviso que sim, ele existe, mas é uma fraude. Eu achando que ia aprender na carne o fascínio que minhas amigas têm por médicos: "é um homem que sabe cuidar de você", dizem elas. Eu crente que o dotô ia cuidar de mim, que eu ia cantar o funk da injeção. Humpf. O dotô tava com nada nas cuecas! Quer dizer, elas não estavam literalmente vazias, mas digamos que ele... tipo assim.... decepcionou. Vesti minha roupitcha e fui embora sem dar tchau nem olhar pra trás. Francamente!

Bom, acho que pior foi a situação da minha amiga que pegou o amigo dele ginecologista! :p
Confissão inconfessável
Peguei um pediatra gaúcho gostosudo.
Relatório de pista pormenorizado
Bom, sexta fui ao Riocenacontemporânea com Ju, Pedro e Vicente.. Foi ótemo, apesar da chuva do caralho e eu não ter sapatos anfíbios adequados. Encontrei um monte de gente por lá. Dancei muito, bebi muito e me diverti muito. Cheguei em casa com o dia claro, bêbada e com os pés doendo.

Sábado fui ao Teatro Odisséia com Danny e Ana Paula D, antes tomei umas cervejas no Arco-íris com Tuninha. Foi ótimo, apesar de continuar sentindo falta de sapatos anfíbios. Encontrei um monte de gente, dancei muito, bebi muito e me diverti muito. Cheguei em casa com o dia claro, bêbada e com os pés doendo. Igual à noite anterior? Nãããão...nesse dia eu ainda dei beijo na boca! Ah, e colecionei histórias para o HTP.

Ai, cansei de dar relatório. Outra hora conto os detalhes sórdidos. Agora vou descolar alguma coisa pra comer.
Planos pós-mestrado
Blogar mooooito
Arrumar meu armário e meus livros
Aprender a bordar e fazer crochê
Coçar, escovar e afofar meus gatos
Ver mais meus amigos
Emagrecer 6kg
Ler livros que nada têm a ver com minha vida acadêmica
Ir a todas as quadras de escola de samba do Rio
Beijar mooooito

Eu ia dizer que ia fazer uma assinatura da revista Caras, mas vocês não iam acreditar mesmo. E afinal, pra que eu vou fazer uma assinatura se leio digrátis na sala de espera da depilação, né?

Bom, eu confesso, também vou reler minha dissertação e todos os textos do grupo de estudos de O Orientador. Depois do carnaval vou começar a parir um projeto pro doutorado, mas em março eu penso nisso.
Foi festa
Pois é amigo, é isso. Foi festa, mas acabou. A ficha já caiu e já desceu ralo abaixo. Comemorei bastante, enfie o pé na jaca. Agora é vida que segue. Vou fazer uns últimos posts sobre o assunto e chega dessa história de mestrado que isso é passado e não sou mulher de nostalgias.
Rebordosa
Tenho 35 anos e sinto cada um deles, estou exausta. Meu fim de semana foi realmente "o fervo": dancei muuuito, me diverti muito, bebi e ri muito com meus amigos. Hoje estou no bagaço depois de virar duas noites seguidas dançando e enchendo a cara.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Resumo

Comunicação e Cultura Popular – A trajetória dos lugares através do samba. RIO DE JANEIRO: UERJ, 2006. 96p. (Dissertação - Mestre).

A cultura forja e atualiza constantemente significados, modelando os lugares através dos usos que os indivíduos fazem deles. A história cotidiana, tecida em rede nas interações das ruas, atua nessa construção permanente de representações. São essas interações que fazem da cidade um suporte sensível para a comunicação. Nossa pesquisa se debruça sobre a cidade como suporte, mediadora e veículo de comunicação. Cada cidade, cada lugar, possui uma coreografia própria, que o geógrafo humanista David Seamon (1980) chamou de “balé do lugar”. O ir e vir de pessoas e veículos no cotidiano da cidade formando a coreografia espontânea e característica de determinado lugar, integrando e conectando os indivíduos. Escolhemos analisar dois momentos da cultura que cortam a cidade, dois exemplos de “coreografias” urbanas especiais: o Trem do Samba, que a cada 2 de dezembro, dia Nacional do Samba, leva milhares de pessoas de toda a cidade para o pacato bairro de Oswaldo Cruz, e o desfile do Cordão da Bola Preta, que no sábado de carnaval toma o centro da cidade com mais de 100 mil pessoas. São momentos específicos, que acontecem apenas uma vez por ano, mas imprimem aos lugares uma significação especial e criam vínculos entre os atores sociais e o lugar. É essa resignificação propiciada pela cultura popular – no nosso estudo pelo samba – que recheia o lugar de signos e emoções, contaminando a maneira de se estar no mundo, de vivenciar a cidade.


Palavras-chave: comunicação, cultura, cidade.
Agradecimentos

Em primeiro lugar a João Maia, O Orientador, pela disponibilidade, paciência, apoio, incentivo, carinho, amizade e orientação para a vida.

Aos professores João Baptista Ferreira de Mello, por ter mudado meus caminhos acadêmicos e inspirado essa dissertação, e Ricardo Freitas, pela amizade, incentivo e generosidade. Agradeço ainda a ambos pelas orientações valiosas que me deram no exame de qualificação.

Ao professor Carlos Moreno pela amizade, confiança e incentivo.

A Wagner Dias por sempre acreditar em mim.

Agradeço em especial a ajuda dos amigos Antonia de Thuin, Camila Pohlmann, Clarisse Cintra, Inês Valença, Isadora Contins, Janete Oliveira, Kelly Russo, Pedro Prata e Vicente Magno.

E a todos os outros amigos que estiveram sempre presentes colaborando direta e indiretamente para a elaboração deste trabalho, pois como sempre digo, tenho alguns dos melhores amigos que alguém pode ter.
Epígrafe

"Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia - o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua." (João do Rio: 1908)
Aperitivo
Depois, quando eu tiver tempo e saco, vou transformar em pdf e disponibilizar a dissertação aqui no blog para quem quiser ler. Como sempre digo, tem gente pra tudo no munto, até pra querer ler minha dissertação.

Enquanto não faço isso, vou postar a epígrafe, agradecimentos e resumo. Diviertam-se.
Pérolas de Vanessa
Sorridente no bar ela avisou "Pô, você disse que era chato assistir defesa! Achei divertido, adorei! Agora vou vir a todas". Pois é, essa é a minha Vavs.
Comemoração
Seguimos para o bar. Dessa vez preferimos o Planeta do Chope. Rimos, bebemos, comemoramos, falamos bobagens e mal da vida alheia até às 2h da manhã.

A ficha continuava sem cair. O Orientador me jogou na cara "você ouviu que os dois disseram que sua dissertação é um livro?". Ouvir, ouvi babe. Digerir não digeri.

Ainda nem comecei a tirar onda "Agora além de blogstar sou uma estrela acadêmica: fila para autógrafos à esquerda, não adianta insistir". Agora Vicente pode dizer que eu sou o cara, sou o orgulho da família, sou foda com propriedade, mas eu mesma ainda não me convenci.

Mas enfim, o que interessa é que fiquei bebinha e feliz. Acabou que nem fui dormir em casa, me joguei na casa de um casal amigo perto de onde estávamos. Dormi é força de expressão. Tava tão pilhada que demorei séculos pra pegar no sono e toda hora acordava. Às 7h30 acordei de vez e fiquei repassando os flashs da noite anterior.
A repercussão
O Orientador disse que estava emocionado, que fui a primeira orientanda dele a receber louvor e que alunos como eu que fazem valer a pena ser professor. Quase chorei.

Juliana e Vanessa estavam emocionadas também, disseram que foi lindo e que estavam com vontade de chorar também. Vicente disse que sou o orgulho da família.

Nos despedimos de Carolina, que disse ter se animado pra tentar o mestrado também. Oba! Já corrompi o Vicente, mais uma pra minha lista!

Ana Paula me dá mais algumas instruções para os trâmites burocráticos do diploma. Claro que não lembro de nada, segunda-feira ligo pra ela. Fofíssima, eu devia tê-la incluído nos agradecimentos. Sou uma pangaré.
Agora sou mestre
Foi rápido e nem doeu. João Maia abriu a porta e nos chamou de volta. Todos de pé, numa pompa que me dá vontade de rir, ele avisou que por unanimidade a banca decidiu me aprovar com louvor, ou expressão que o valha.

Todos me abraçam e parabenizam. Os professores da banca se despediram. A ficha não caiu ainda, mas fico sorrindo, um sorriso pleno, de orelha a orelha, que é meu e que não como tirar da minha cara.

Alívio, felicidade e um certo vazio. Não sou mais mestranda, não sou mais a dileta de O Orientador, quem sou eu? Sei lá, porra, amanhã eu penso nisso, vamos beber.
A Banca delibera
O Orientador, em nível de mestre-de-cerimônias do evento, pediu que todos saíssemos para que a banca deliberasse. MEDO!

Do lado de fora todos me abraçavam e parabenizavam. Ana Paula, a secretária do mestrado, empolgadíssima avisou "vc vai ganhar louvor!". Sei não.
O 2º Professor
Chegou a vez de João Baptista falar. Esse eu já conheço de oooooutros carnavais e já imaginava o que viria. Nenhuma falha passa por seu escrutínio, terrível! Claro, ele também é meu amigo, meu querido, fofo, educado, gentil e inspiração da minha dissertação, então sabia que não ia doer, que talvez ele quisesse fazer pinta, mas que não era nada demais. A verdade é que dele, assim como de O Orientador, eu não tenho medo.

JBFM foi passando a dissertação página por página, comentando tudo. Das notas de rodapé à concordância e escolha dos vocábulos. Questionou a informalidade do léxico empregado e até a minha informalidade, sentada com as pernas cruzadas em cima da cadeira. Bem JBFM!

Reclamou que eu escrevia como se fizesse uma crônica. Mas babe! Foi isso que O Orientador me pediu e isso que é legal!

Depois disse que eu escrevia muito bem, que minha dissertação estava brilhante, que se surpreendeu como eu apreendi os conceitos de geogragia cultural tão bem em tão pouco, elogiou a maneira como costurei Comunicação e Geografia, que eu tinha que fazer doutorado e podia prosseguir com aquela pesquisa, me convidou pra publicar artigos nas revistas da geografia e me aconselhou a publicar a dissertação como livro. Rá!

Não fez nenhuma pergunta, mas questionou o emprego da noção de "resitência lenta" que utilizei para falar dos processos contra-hegemônicos forjados na/pela cultura popular. Expliquei que não era lenta ou mole no sentido de preguiçosa ou pouco eficiente. Que é lenta pois é construída nas interações do cotidiano, no tempo das ruas, dos atores sociais utilizando a cultura como recurso de acordo com sua disponilidade e necessidade, nas negociações tecidas no espaço da contra-racionalidade, não no tempo da velocidade do projeto moderno, não no espaço vertical da história oficial. Não sei se convenci, mas O Orientador gostou.
O 1º professor
A palavra foi passada ao professor convidado, Mohammed. Confesso que eu estava com um pouco de medo dele, pois não o conhecia. Ele tinha sido super simpático quando entreguei a cópia, quando chegou na Uerj e talz, mas sabe-se lá se era doido, né?

Bom, se é doido continuo não sabendo, mas foi super fofo, fofíssimo. Disse que não tinha problema ter entregue o volume em cima da hora, pois a vida é corrida e mesmo que eu tivesse entregado com um mês de antecedência ele só ia ler naquela semana mesmo. Não foi gentil?

Disse que mesmo que não tivesse lido, minha apresentação cobriu toda a dissertação e que ele via o entusiasmo no brilho dos meus olhos enquanto eu falava. Sim, eu amo minha pesquisa. Olha que eu nem contei pra ele que me emociono e choro quando releio porque quase não acredito que fui eu que escrevi aquela lindeza toda.

Ele afirmou que gostou muito da minha dissertação e que escrevo muito bem. Pra minha surpresa, contou que a dissertação de mestrado dele teve um tema e recorte semelhantes ao meu.

Ele fez algumas considerações, comentou que por ele eu teria começado logo pelas entrevistas e diários de campo, deixando a teoria pra depois. Fez algumas sugestões bibligráficas e questionou a ausência de bibliografia sobre espaço, uma vez que eu falava de espacialidade.

Expliquei falo do espaço do popular no cotidiano, mas não trabalho com a noção de espaço como território constituído e a ser defendido, mas com a espaço dotado de afetividad que se torna um lugar. Espaço pode ser qualquer porção de terreno, distância qualquer a ser percorrida, espaço indiferente. A partir do momento que criamos laços topofílicos com esse espaço ele se torna um lugar para nós e é com essa noção que eu trabalho. Falo de sentimento, afeto pelos lugares. Falo da mapa sensível, da cartografia emocional construída pelos usos que as pessoas fazem dos lugares no cotidiano e que imprime sentidos a esses lugares, os dotando de significados. Acho que ele ficou satisfeito e o restante da banca amou minha explicação.

A única pergunta que me fez foi "Mas onde está a Comunicação no seu trabalho". Oras, querido, a Comunicação está em todo lugar, tudo é Comunicação. Tá, respondi de maneira mais educada e convicente, eu acho. ;)
A defesa
Local: Sala RAV 102 da Uerj
Horário: 19 horas
Título do trabalho: "Comunicação e Cultura Popular – A trajetória dos lugares através do samba"
Banca Examinadora: Professores Doutores João Maia, vulgo O Orientador, João Baptista Ferreira de Mello, do Departamento de Geografia da UERJ, e Mohammed ElHajji, da ECO-UFRJ.


Começamos com um pequeno atraso. O Orientador abriu os trabalhos e me passou a palavra. Agradeci a presença da banca, pedi desculpas por ter entregue a dissertação com tão pouca antedência e comecei a falar. Estava nervosíssima e, depois de uns dois minutos, começou a me dar o tal do "branco" de novo. Parei de falar, olhei meu roteiro no bloco. Botei déis merréis no viado e mandei ver. Desandei a falar de uma maneira que nem eu imaginava, expliquei a dissertação inteira, fazendo caras e bocas, gesticulando. Parei quando vi a cara de "Chega" de O Orientador. Confesso que depois do nervosismo inicial fiquei totalmente à vontade, falei como falo em mesa de bar.
O ensaio
Comecei a assitir à defesa de Isa, enquanto ela falava fui escrevendo o roteiro da minha apresentação. Quando Vicente chegou saí para ensaiar com ele, Vavs chegou e também participou da audiência. Lá pela metade eu já tava tão nervosa que não lembrava mais nada, desisti e fomos pra RAV. Nisso Isa já estava ouvindo o "aprovada".

Foi bom o ensaio, deu um pouco de segurança, mas na hora claro que esqueci tudo que tinha dito antes.
A indumentária
O Orientador tava chiquerésimo, como sempre. Com uma camisa branca com listras em tons claros e flores bordadas no bolso e na pala das costas. Luxo só.

Modéstia à parte, eu também estava muito bem. Eu tinha comprado uma saia nova pra usar na defesa desde fevereiro. Acabou que ontem não acordei com um "astral saia". Mandei minha calça jeans escuro de todas as sextas, uma bata branca e allstar preto. Confesso é a mesma bata branca linda de morrer que a Narinha me deu de presente de aniversário ano passado e que usei no exame de qualificação. Completei o visual com meus brincões que fazem barulho quando mexo a cabeça (OO fica hipnotizado por esse brincos) e um fio de canutilhos vermelhos enrolado no pulso direito. Ah, meias vermelhas também.

Como comentei com OO, sou uma mulher de detalhes, sabe, não é qualquer um que repara. ;)
A exclusiva pré-defesa
Tinha pedido a O Orientador uma reunião de orientação exclusiva antes da minha defesa. Marcamos na Uerj às 15h, para almoçarmos juntos e conversarmos até a hora da defesa da cálega Isadora, às 17h30.

Cheguei às 15h30 e ele já me esculhambou "é uma uerjana mesmo, nunca menos de meia hora de atraso e nem pede desculpas!". Cai na gargalhada. Atravessamos a rua e fomos almoçar um PF simpaticíssimo no Rio 40º Graus. Nos tempos da graduação, esse bar se chamava Campanário e era conhecido entre a gente como Azulzinho, pela cor das paredes. Era um pé sujo safado com cerveja de garrafa onde bebíamos depois da aula. Pois é, era. Agora tem ar condicionado e o banheiro tá um luxus. Como nada é perfeito tem TVs ligadas o tempo todo e o chope é NovaSchin.

Eu pedi uma coca light e OO um chope. Fomos comendo e conversando. De repente ele faz aquela cara debochada e fala em tom de bronca "que orientação que nada, você não quer saber nada, queria só olhar pra minha cara!". Sim, é verdade, O Orientador me acalma e me transmite confiança. Mas eu tinha umas duas ou três perguntas sim.

Quando ele pediu o 4º chope eu larguei de frescura e pedi um também. Quatro calderetas depois fomos alegrinhos toda vida pra defesa de menina Isa.
É festa!
A comemoração segue hoje à noite, no RioCenaContemporânea, na gare da Leopoldina. Vai rolar um balacobaco e meu amigo DJ Cris vai tocar. Eu vou e vocês estão todos convidados.

Como sou uma locomotiva social, amanhã continuo comemorando no Teatro Odisséia, onde vai tocar meu outro amigo, DJ Valente. Quem quiser ir sabe onde fica, te vejo lá.
Mestre!
Defendi minha dissertação de mestrado ontem à noite e fui aprovada com louvor.

Assistiram meu amigos amados Vicente Magno, Juliana Krapp, Vanessa Teixeira e Carolina Lang. Carol, fofa demais, além de levar o namorado junto, trouxe chocolates Kopenhagen pra mim! Que doce, literalmente.

quinta-feira, 5 de outubro de 2006


Delícia
Olhem que coisa rica, milionária que está o Joãozinho, ex-João Vitor, rebatizado J. Floyd. Sim é aquele bebezudo que apareceu madrugada dessas, choroso e dengoso, na minha porta.

Depois de ser adotado e devolvido, teve não um final, mas um começo feliz, com uma família que o mereceu. Ele é o 5º filho felino da minha amiga Bela, Belíssima! Ela é doida de pedra, como convém a todas as pessoas de bom senso: leva gato à praia. Adorei.

Olha que felicidade as notícias que ela me mandou dele. Fiquei toda boba, chorei rindo sozinha. Que bom saber que essa coisinha tem uma família linda e é amado. Ah, e meu afilhado narizinho de tijolo continua mamando paninho!


Caraca! O Joao Floyd tah goooooooooooordo feito um porquinho. E mamar ele mama na gente, largou do paninho pq gente eh mais gostoso...hahahahahah! Só o chato do meu marido que nao deixa o menino mamar na camisa dele, pq "infantiliza o gato". Tá, eu vou desinfantilizar meu marido em dois segundos, jogando fora os CDs de joguinhos de computador dele...Palhacinho Chips...

O Floyd OPRIME minha prima com isso de mamar...hahahaha... tem que ver... às vezes tou na sala e escuto os dois discutindo... ele: miau miau purrrnhau ... ela: pô, Floyd, vc babou minha camisa, pô, Floyd, faz isso com meu short não... ahahuahauhua... parecem dois irmãos mesmo...

Ele faz a maior bagunça, e eu acho o maior barato... pior é a minha ex-aluna que esteve aqui e disse que ele tem o olhar do Puss in Boots do Shrek 2.. E é verdade, tem mesmo!!! :D
É hoje
Chegou o dia. Estou alegre e aliviada, embora ansiosa. Às 19h defenderei a dissertação de mestrado que estou enrolando há um ano pra terminar.

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Constatação
ou N. tem razão
Estou cansada de viver no meio de pessoas sórdidas. Preciso mudar minha vida.
Momento "O mundo é estranho"
Fernanda Rena deixou um comentários por aqui avisando que tinha me incluído/indicado/convidado/metido numa furada de uma corrente de blogueiros. Na correria da disserta eu já tinha até esquecido. Disserta
concluída, vou flanar pelos blogs pra distrair as idéias. Tô lá comentando no 3x4Colorido e vejo o mesmo comentário. Bateu a curiosidade e fui lá olhar que porra era essa.

Nosso amigo Andreh Sociólogo Bípede meteu ela na roubada e ela me repassou a função de fazer um post contando seis fatos aleatórios da minha vida e convidar outros seis blogueiros. Babe, o que foi que eu ainda não contei aqui? Bom, eu sei o que ainda não contei aqui, embora vocês não saibam, mas se não contei é porque não é pra contar! Oras, se eu contar tudo quem vai comprar meu livro de memórias?

Fernanda contou que não tem cabelos brancos. Eu os tenho desde os 13 anos.
Ela começou a freqüentar boates aos 13. Eu também.
Teve uma fase metaleira. Tive uma fase e um marido anarcopunk.
Ela escreve diário, suponho que de papel. Já escrevi, hoje me contento com blog.
Ela já morou em quatro lugares. Eu em 11, se não esqueci nenhum. Sendo que em dois desses morei duas vezes.
Ela bebe sozinha em casa. Prefiro beber acompanhada na rua, mas também não dispenso um "aperitivo" pra relaxar.

Servem essas revelações, Fernanda? Acho que não, né? Tinha que ser aleatório, esses são resposta aos seus. Se eu não conseguir dormir hoje vou pensar em seis fatos exóticos pra contar.
A minha homenagem
Também quero agradecer aos meus amores Tutti, Nina, Mimi e Lillo por fazerem minha vida mais feliz, meus dias mais alegres, por me darem motivo pra levantar da cama todos dias e vontade de voltar para casa todas as noites. Obrigada por me amarem do jeito que eu sou, de me ensinarem generosidade, desapego, entrega, paciência, perseverança e, acima de tudo, amor incondicional.

Mas quero agradecer acima de tudo ao meu amor eterno, meu maior amor, Shaisha. No dia 18 de setembro fez três anos que meu gatão amarelo me deixou, depois de quase 17 anos de convivência. Shaisha morreu no meu colo. Nunca vai existir um gato como Shaisha e eu nunca vou deixar de amar meu gatão amarelo. Hoje acordei e lembrei dele, chorei e fui coçar gatão Tutti, aquela coisa gostosa da barriga peluda morena que sempre me consola. Depois lembrei que hoje era Dia dos Animais.

Shaisha me ensinou várias lições, ele não gostava de colo nem de muito carinho, era um gato na dele, "durinho", como diz minha irmã. Mesmo não nos deixando fazer muita festa sempre soubemos que ele nos amava infinitamente, nunca houve dúvida disso.
Tínhamos que conter nossos ímpetos de apertar ele, de beijar, pegar no colo. Assim, mesmo sendo muito novas, aprendemos a aceitar e respeitar a personalidade do outro, aprendemos que não podíamos fazer valer nossa vontade pela força, aprendemos a domar nossos ímpetos. Shaisha nos ensinou que não podíamos tudo. Tínhamos que conquistar a atenção de Shaisha todos os dias, com sua altivez dura nosso gatão amarelo nos ensinou que o amor vale mais que a força.

Hoje quero lembrar também dos meus primeiros gatinhos: um frajola pelo curto chamado Tutti-fruti e um peludão azul chamado Hortelã, com os olhos verdes mais lindos que já vi. Viveram pouco tempo comigo e não sei qual foi o destino deles, espero que não tenha sido duro demais. Eu era muito pequena para protegê-los, mas sempre os amarei também. Sei que um dia todos reuniremos do outro lado da Ponte do Arco-íris.
Dia dos animais
Hoje é dia de São Francisco de Assis, protetor dos animais. Por isso também é comemorado o dia dessas criaturas maravilhosas que existem para garantir que qualquer humano, por pior que seja, tenha direito a ter um amigo. Recebi inúmeros e-mails emocionantes dos meus companheiros de causa, das gateiras, dos ailurófilos assumidos em geral.

Recebi a legislação de proteção aos animais, a vida de São Francisco de Assis, testemunhos, poesias. Mas a mensagem com a qual mais me identifiquei, que me fez chorar foi a da Cris, de Campinas. Reproduzo abaixo.

"Minha homenagem aos meus filhinhos"

Eu não tenho palavras para expressar a minha paixão pelos meus gatinhos. Eles me ensinaram mais coisas que todos os livros que eu li e todas as pessoas com as quais convivi não conseguiram me ensinar numa vida inteira.

Eles me ensinaram que o simples é mais gostoso.

Que os sofás servem mais para arranhar do que para sentar.

Que os bibelôs são mais legais quebrados no chão do que inteiros no móvel.

Que brincar e dormir são as coisas mais gostosas do mundo.

Que dormir juntinho pode ser delicioso.

Que ver os passarinhos na janela pode ser um bom passatempo.

Que pular em cima das pessoas às 5 horas da manhã é divertido.

Mas que, principalmente, amar e ser amado é tudo de booooooom!!!!!

Tenha animais. E sinta todo o amor e gratidão que um ser vivo possa ter por você.

Tenha animais, mas seja responsável. Cuide dele sem desrespeitá-lo.

Castre-o. Há muitos animais abandonados por aí e poucos lares para acolhê-los.

Não permita que façam mal a ele, não permita que o envenenem, machuquem, atropelem. Mantenha-o dentro de casa e seguro.

Seja responsável e desfrute da companhia de um ser que te ama incondicionalmente, do jeito dele.

Obrigada Nina, Teca, Nala, Sandy, Jolly e Debbie por fazerem dos meus dias mais iluminados, mais gostosos, mais gratificantes. Vocês são, com certeza, uma das minhas maiores razões para continuar vivendo. Sou muito grata mesmo.

Aprendi e aprendo muito com vocês todos os dias.

Mamãe Cris
Conclusão
Após uma troca de e-mails com minha Narinha chegamos a uma conclusão bombástica. Que o mundo é estranho já temos certeza há muito, mas agora também somos obrigadas a admitir que dignidade e bom senso é luxo para poucos.
O que será (À flor da pele)
Chico Buarque

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
Gente que nem a gente
Toda hora alguém me pergunta se estou nervosa com a defesa. Respondo que nervosa não, mas ansiosa. Aí ouço "ah, não, você nervosa não!" ou "você nervosa? Rá! Nem te imagino nervosa". Só porque sou malcriada, desbocada, tenho um senso crítico agudo e, digamos assim, sou uma mulherzinha intragável não quer dizer que eu não fique nervosa. Sou que nem todo mundo, oras. Eu fico nervosa/ansiosa sim. Também choro, dou gargalhada, tenho medo e faço cocô que nem todo mundo.
Depressão pós-parto?
Não sei se, como disse uma comentarista, é isso. Se é medo da defesa ou se é medo de não ser mais mestranda ou se é mera frescura, não sei o que é. Sei que ando tão tristinha, tão deprimidinha. Ai, ai, ai.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Eu quero
Matar um monte de gente. Ou melhor, prefiro que eles morram sozinhos pra não ter trabalho.
Hoje eu quero
Quero meus gatinhos. Quero coçar, afofar, escovar e brincar com aquelas coisas ricas. Sou milionária porque tenho quatro coisas riquíssimas.

Quero conversar com as bonequinhas de palito que moram numa caixinha de madeira que a Camila me deu de presente. Eu conto meus problemas para elas e as guardo embaixo do travesseiro. Quando eu acordo o problema já está resolvido pelas bonequinhas e posso guardá-las na caixinha. Um problema por boneca, portanto não posso ter mais do que seis problemas por noite. Foi o melhor presente que já ganhei na vida. As bonquinhas sabem de todos os meus problemas.

Quero beber vinho tinto e ir dormir de pilequinho pra não pensar. Acho que não tenho vinho em casa, mas tenho champagne, vai servir.
Já ardeu
Cansei dessa brincadeira de eleição, quero mais não.
Pendências
Amanhã respondo os e-mails, hoje não estou a fim.
Eu deveria estar feliz
Quando estava indo entregar as cópias para os professores da banca estava agitadíssima, ansiosa. Tava um mega engarrafamento por causa da chuva e cada um deles mora de um lado da cidade.

Imprime, encaderna, pega ônibus e fica presa no engarrafamento, anda como corna e toca interfone. Professor que eu não conhecia desce - até simpático - pega seu volume e me deseja boa sorte. Fofo.

Anda como corna no caminho inverso, pega ônibus e engarrafamento da porra, pega Metrô, sobe escada, se perde, liga para o celular do professor e descobre que está em frente a casa dele. Ele não está e a criada já foi, mas tinha avisado pra "jogar na varanda" - esse é meu amigo e tem intimidade pra dar essas instruções exóticas. O volume não passa na grade. Dobra o volume, que é parrudinho, e joga pela grade tentando não deixar sair do envelope e jogar bem no fundo da varanda, pra não molhar se chovesse de vento. Foi, foda-se.

Anda de volta, pega Metrô, anda como corna e chega no trabalho com 3 singelas horas de atraso e os pés doendo.

Acho que eu deveria estar feliz por ter conseguido completar todas as etapas da gincana e encerrado essa etapa. Ou pelo menos deveria estar aliviada. Só que estou sei lá, entende? Quase triste. Quero ir para casa chorar na minha cama.
Alea jacta est
Cada membro da Banca Soberana já está de posse da sua cópia de O Volume. Agora é esperar quinta-feira pra defender. A partir de sexta serei mestre.

domingo, 1 de outubro de 2006

Eleições
Voto é secreto e não vou falar em quem votei, mas confesso que o resultado não me agradou.
Sem agenda
Meu celular está no conserto desde sexta. Leva sete dias úteis só pra sair o "laudo" do "especialista". Bom, eu diria pra ele na mesma hora "descolou o revestimento", mas parece que ele quer descobrir sozinho e leva sete dias úteis pra isso. Paciência.

Tô com um aparelho emprestado, mas a agenda morreu. Logo vocês podem me ligar no número de sempre, mas só estou ligando para quem sei o número de cabeça - poucos. Bom, talvez não seja ruim, acho que vou economizar uma grana na conta de celular esse mês.
Pendências
Aliás, minha caixa postal está entupida. Se você me mandou um e-mail e eu não respondi não fique chateado. Amanhã à tarde, depois de entregar "o volume" para os dois professores da banca vou relaxar respondendo todo mundo.
Confesso que dormi
Esse fim de semana quase não fiz nada. Dormi e muito: eu tava precisada.
Ontem saí de casa apenas pra comer empadas de palmito com coca light à guisa de almoço e hoje fui cumprir meu dever cívico.

Pra ser sincera nem blogar me animou muito. Tô aqui esperando um e-mail, quando ele chegar vou dormir. Sim, tenho muita coisa pra blogar, mas estou cansada e sem disposição. Tantos posts por fazer e tão pouca animação. Se antes me faltava tempo, agora me sobra sono.
Falta poucoBom, agora só falta eu ter paciência pra botar força na peruca teórica na conclusão. Pretendia fazer isso hoje, mas confesso que tirei o dia para dormir. Amanhã, quando eu chegar da minha zona eleitoral, faço isso. Se não tiver saco também tudo bem, estou preparada psicologicamente pra ouvir "achei que você poderia ter usado mais os autores na conclusão".

Aí é só imprimir e na segunda de manhã levar na casa dos professores da banca. Ah, falta O Orientador me passar o endereço do novo componente.
Quero que seja sexta!
E tem que ser logo: nessa fase medo/ansiedade estou com uma fome sem solução, apesar do bolo compacto e pesado que tenho no lugar do estômago.

Já engordei 2kg.
A banca soberana
Pois é, a banca já está na terceira formação, mas acho que agora vai. Como tava super em cima da hora, O Orientador convidou um professor amigo dele que eu nunca vi mais gordo (ou magro, sei lá). Dizem que é super gente boa, até não duvido, mas não posso dar testemunho de fé pros irmãos. Aí eu faço a pergunta idiota para O Orientador "Ele é legal?"

– Éééé....
– É seu amigo?
– É.
– Não vai me humilhar?
– Não, alguém te humilhou na qualificação? Então, vai ser informal, tranquilo, também.
– A qualificação era diferente, era o Ricardo na banca, que eu conheço.
– Olha, eu nunca vi o XXXX em banca, mas ele sempre gosta do que eu escrevo.
– Nunca viu? Nunca viu? E eu vou ser a cobaia? E se ele me humilhar?


Gargalhadas de O Orientador indo pegar um cigarro e cagando pro meu chilique.
Os preparativos
Sexta de manhã levei "o volume" na casa de O Orientador. Sexta à noite ele me ligou: já havia lido e o texto estava aprovado, (quase) sem necessidade de alterações.

– Se você tivesse me entregadado isso há dois meses eu ia mandar você incluir um monte de coisas que eu sei que você sabe mas não usou não sei porque. Mas a essa altura tá bom. É como você disse, cada vez que a gente lê quer melhorar, então chega.
– Não precisa mudar nada?
– Bom, seria bom se fosse usasse mais os autores na conclusão.
– Eu não tava a fim, tava cansada. Vou ver se coloco mais alguma coisa.
– Seria bom.
– Mas não faz feio do jeito que tá?
– Nãããão!


Eu amo O Orientador.
Já pedi uma exclusiva antes da defesa, pra ele me preparar e eu me acalmar. Ele cuida de mim.
Medo, para que te quero?
Já passei por uma fase de piripaques, umas crises de choro e uns ataques de medo. Agora quero simplesmente que seja sexta-feira, dia 6, e eu tenha sido aprovada.

Como nunca ouvi falar de ninguém que tenha sido reprovada em defesa de dissertação, não acredito que eu vá ser a primeira. Posso ser humilhada, mas confesso que não estou mais nem aí. Se a banca me chamar de cachorra eu respondo "auau". Se me esculhambem eu faço cara de paisagem e respondo "eu concordo com a observação do professor, realmente não havia me ocorrido. Vou anotar para um possível doutorado no futuro".

MEDO, sim, sinto medo, mas não é um medão, é um medinho básico.
Defesa marcada
Será na próxima quinta-feira, dia 5, às 19h30.

Acho que assistir defesa de dissertação não é exatamente a coisa mais divertida do mundo, principalmente para quem não faz mestrado, mas como o mundo é estranho várias creatura querem ir. Se você quer ir sinta-se convidadíssimo. É só me mandar um e-mail que eu digo o local exato.