É ano ímpar, porra!
Feliz 2007 para todos os meus leitores queridos, com certeza vai ser um ano maravilhoso, afinal, é ano ímpar!
sábado, 30 de dezembro de 2006
sexta-feira, 29 de dezembro de 2006
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
Balanço
Esse ano foi bem complicado, bem difícil pra mim. Acho que chorei mais do que a média. Terminei um namoro de três anos e meio com uma pessoa ótima. Nunca brigamos, nem pra terminar e confesso que não sei se isso é bom ou ruim. Talvez, se eu tivesse queixas, tivesse raiva, pudesse colocá-lo no HTP teria sido mais fácil. Mas é a vida, e vida que segue sempre.
No meio do ano passei um grande susto, minha mãe ficou doente, descobriu que tem um aneurisma cerebral e ia ter que passar por uma cirurgia. Sofri muito. Também passei o ano todo muito dura, nunca fui tão pobre desde que comecei a trabalhar. Com tudo isso acontecendo, tinha que terminar uma dissertação de mestrado, não enlouquecer e continuar tocando a vida.
Como nada é ruim de todo, em 2006 terminei meu mestrado. Foi maravilhoso concluir esse ciclo, ainda mais que minha dissertação foi aprovada com louvor. Com todos os problemas que passei e com o alívio de terminar o mestrado percebi o quanto cresci e amadureci nos últimos tempos. Sou tão outra pessoa....
Entre os destaques positivos de 2006 incluo meus novos amigos. Conheci um monte de gente legal. E olha que sempre digo que não quero mais amigos, pois já tenho tantos tão maravilhosos que nem tenho tempo de dar atenção pra todos, mas tô sempre fazendo novos amigos.
Como sempre, o segundo semestre foi melhor do que o primeiro. Agora mais pro fim do ano comecei a dar a volta por cima, dar uma virada na vida. Termino o ano bem, com saldo positivo. Vou tocando minha vida, não paro nunca. Estou cheia de planos e projetos para 2007, cheia de esperança e muito animada. É ano ímpar!!!
Esse ano foi bem complicado, bem difícil pra mim. Acho que chorei mais do que a média. Terminei um namoro de três anos e meio com uma pessoa ótima. Nunca brigamos, nem pra terminar e confesso que não sei se isso é bom ou ruim. Talvez, se eu tivesse queixas, tivesse raiva, pudesse colocá-lo no HTP teria sido mais fácil. Mas é a vida, e vida que segue sempre.
No meio do ano passei um grande susto, minha mãe ficou doente, descobriu que tem um aneurisma cerebral e ia ter que passar por uma cirurgia. Sofri muito. Também passei o ano todo muito dura, nunca fui tão pobre desde que comecei a trabalhar. Com tudo isso acontecendo, tinha que terminar uma dissertação de mestrado, não enlouquecer e continuar tocando a vida.
Como nada é ruim de todo, em 2006 terminei meu mestrado. Foi maravilhoso concluir esse ciclo, ainda mais que minha dissertação foi aprovada com louvor. Com todos os problemas que passei e com o alívio de terminar o mestrado percebi o quanto cresci e amadureci nos últimos tempos. Sou tão outra pessoa....
Entre os destaques positivos de 2006 incluo meus novos amigos. Conheci um monte de gente legal. E olha que sempre digo que não quero mais amigos, pois já tenho tantos tão maravilhosos que nem tenho tempo de dar atenção pra todos, mas tô sempre fazendo novos amigos.
Como sempre, o segundo semestre foi melhor do que o primeiro. Agora mais pro fim do ano comecei a dar a volta por cima, dar uma virada na vida. Termino o ano bem, com saldo positivo. Vou tocando minha vida, não paro nunca. Estou cheia de planos e projetos para 2007, cheia de esperança e muito animada. É ano ímpar!!!
A indumentária de festa
Eu queria um lindo vestido vermelho pra usar na noite do dia 31, mas não encontrei. Simplesmente não lindos vestidos vermelhos à venda. Depois de gastar muita sola de sapato batendo perna por aí desisti hoje.
Acabei comprando dois vestidos brancos, pra na hora decidir qual vou usar. Um tem detalhes em renda e bordados. O outro é de laise com uma faixa dourada na cintura. Ambos são lindos e ainda não decidi qual usar.
Para completar vou usar sandália vermelha e bolsa e adereços dourados. Ah, calcinha amarela, pra trazer dinheiro. Estarei linda de viver!
Eu queria um lindo vestido vermelho pra usar na noite do dia 31, mas não encontrei. Simplesmente não lindos vestidos vermelhos à venda. Depois de gastar muita sola de sapato batendo perna por aí desisti hoje.
Acabei comprando dois vestidos brancos, pra na hora decidir qual vou usar. Um tem detalhes em renda e bordados. O outro é de laise com uma faixa dourada na cintura. Ambos são lindos e ainda não decidi qual usar.
Para completar vou usar sandália vermelha e bolsa e adereços dourados. Ah, calcinha amarela, pra trazer dinheiro. Estarei linda de viver!
Domingo - dia 31!
No domingo estarei em clima de festa total, eu ADORO ano novo. Vou para uma dessas grandes festas de reveillon. Há anos não passo em um festão assim, mas como quero mudar minha vida, quero marcar o início de outra fase resolvi fazer tudo diferente.
Vamos eu, Narinha, Vicente, Glorinha, Fernanda K e outros amigos. Pretendo me divertir muito, rir, dançar, comemorar. Bom, de beijar na boca eu já desisti. Vicente, o retardatário, comprou o ingresso ontem. Na ocasião foi informado que, até agora, a proporção de gêneros nos convites vendidos é de 70% mulheres e 30% homens. Que merda, hein? Bom, quero nem saber. Vou me acabar de dançar e começar 2007 muuuuito bem.
No domingo estarei em clima de festa total, eu ADORO ano novo. Vou para uma dessas grandes festas de reveillon. Há anos não passo em um festão assim, mas como quero mudar minha vida, quero marcar o início de outra fase resolvi fazer tudo diferente.
Vamos eu, Narinha, Vicente, Glorinha, Fernanda K e outros amigos. Pretendo me divertir muito, rir, dançar, comemorar. Bom, de beijar na boca eu já desisti. Vicente, o retardatário, comprou o ingresso ontem. Na ocasião foi informado que, até agora, a proporção de gêneros nos convites vendidos é de 70% mulheres e 30% homens. Que merda, hein? Bom, quero nem saber. Vou me acabar de dançar e começar 2007 muuuuito bem.
Sábado, 30 de dezembro...
No próximo sábado pretendo me acabar de dançar em certa casa noturna carioca. Estou convidando todos os meus amigos e os leitores que quiserem ir. Vamos fazer uma espécie de pré-reveillon estranho?
Pra evitar a presença de almas sebosas, não vou aqui dizer aqui onde vou. Se você é meu leitor e quiser ir me escreva que dou as coordenadas.
Relatório pormenorizado ano que vem, quando eu acordar da ressaca!
No próximo sábado pretendo me acabar de dançar em certa casa noturna carioca. Estou convidando todos os meus amigos e os leitores que quiserem ir. Vamos fazer uma espécie de pré-reveillon estranho?
Pra evitar a presença de almas sebosas, não vou aqui dizer aqui onde vou. Se você é meu leitor e quiser ir me escreva que dou as coordenadas.
Relatório pormenorizado ano que vem, quando eu acordar da ressaca!
Amanhã já é sexta!!!
Ai, alegria. A cólica passou, desinchei e amanhã começam meus festejos de pré-reveillon. Estou animadíssima. Locomotiva a todo vapor!
Pra começar vou dar uma passada na festa de aniversário de Daniel Oiticica, que vem ao Rio commeroar seus 30 anos. O balacobaco será na casa da Mamãe Mercedes. De lá não sei, não tenho destino certo, mas sei que vou por aí. Tô na pista pra negócio!
Ai, alegria. A cólica passou, desinchei e amanhã começam meus festejos de pré-reveillon. Estou animadíssima. Locomotiva a todo vapor!
Pra começar vou dar uma passada na festa de aniversário de Daniel Oiticica, que vem ao Rio commeroar seus 30 anos. O balacobaco será na casa da Mamãe Mercedes. De lá não sei, não tenho destino certo, mas sei que vou por aí. Tô na pista pra negócio!
Pândego
Chamada pra coluna do Tutty Vasques no No Mínimo: "Novo apagão aéreo pode adiar chegada de fim do mundo ao Rio". Pois é.
Chamada pra coluna do Tutty Vasques no No Mínimo: "Novo apagão aéreo pode adiar chegada de fim do mundo ao Rio". Pois é.
Das delícias do patrulhamento estético
Normalmente em nossos chopes, além de falarmos mal dos nossos desafetos, dos nossos palhacinhos privativos e sogras, uma de nós fica na berlida pra ser esculhambada pelas outras. Claro, tudo muito construtivo: as críticas visam exclusivamente ao bem da escrutinada.
Ontem não. Depois de colocar as meninas em dia com meus casos bizarros e falarmos mal das pessoas que levam câmeras digitais para todos os lugares e tiram fotos sem parar, nos dedicamos ao patrulhamento estético.
Não nos chamem de fúteis, apesar de eventualmente o sermos sem culpa. Merece sim ser ridicularizado o homem que sai em público com o suvaco de fora, que exibe a suvaqueira em um restaurante sem o menor pudor. Camiseta sem manga não. Ombrinhos desnudos não. Suvaqueira aparente não!!!! Tá calor? Eu sei, caguei, quem foi que te disse que o mundo era justo? O mundo cruel, mas não fui eu quem fez as regras, apenas as sigo. Siga você também se não quiser ser ridicularizado. E vamos e venhamos, uma camiseta de algodão com mangas, em cor clara, não esquenta tanto assim.
Das suvaqueiras desnudas, partimos para pentelheiras e outras cabeleiras ofensivas. Gente, sombrancelha também se apara. Pêlos do suvaco também, assim como do nariz. Da orelha é melhor arrancar logo. Depilação a laser já ouviram falar? Pois é.
Normalmente em nossos chopes, além de falarmos mal dos nossos desafetos, dos nossos palhacinhos privativos e sogras, uma de nós fica na berlida pra ser esculhambada pelas outras. Claro, tudo muito construtivo: as críticas visam exclusivamente ao bem da escrutinada.
Ontem não. Depois de colocar as meninas em dia com meus casos bizarros e falarmos mal das pessoas que levam câmeras digitais para todos os lugares e tiram fotos sem parar, nos dedicamos ao patrulhamento estético.
Não nos chamem de fúteis, apesar de eventualmente o sermos sem culpa. Merece sim ser ridicularizado o homem que sai em público com o suvaco de fora, que exibe a suvaqueira em um restaurante sem o menor pudor. Camiseta sem manga não. Ombrinhos desnudos não. Suvaqueira aparente não!!!! Tá calor? Eu sei, caguei, quem foi que te disse que o mundo era justo? O mundo cruel, mas não fui eu quem fez as regras, apenas as sigo. Siga você também se não quiser ser ridicularizado. E vamos e venhamos, uma camiseta de algodão com mangas, em cor clara, não esquenta tanto assim.
Das suvaqueiras desnudas, partimos para pentelheiras e outras cabeleiras ofensivas. Gente, sombrancelha também se apara. Pêlos do suvaco também, assim como do nariz. Da orelha é melhor arrancar logo. Depilação a laser já ouviram falar? Pois é.
Desinchei
Ontem saí com a Blusa da Amiguinha e ninguém veio me dizer "Ô Roberta, essa blusa tá muito apertada". Sim, meus amigos me avisam quando me falta noção. Da repartição fui para o Devassa de Ipanema comemorar os últimos dias de 2006 e colocar o papo em dia com "As Meninas", ou seja, Nara, Camila e NandaP.
Se a blusa estivesse ruim assim que eu cheguei Nara teria me olhado e dito "que é que é isso, fofilhota?" e Camila "que blusa surica* é essa?". Fernanda, educada e conciliadora emendaria "é, tá meio apertado".
Tá, tá certo, eu confesso, como era teste eu tava com um bolerinho de renda por cima. Mas juro que assim que me senti segura (depois do terceiro chope meu e segunda caipirinha delas), tirei o bolerinho.
Eu tava com uma saia marrom que, confesso de novo, tava meio apertada nô cós. Não, não tava dividindo a barriga - que eu tenho alguma vergonha na cara -, tava apenas quase 'santropeito': realmente na cintura. Hoje vesti a saia de novo pra testar e... bingo! ela escorregou até os ossos da bacia. Desinchei!
Ontem saí com a Blusa da Amiguinha e ninguém veio me dizer "Ô Roberta, essa blusa tá muito apertada". Sim, meus amigos me avisam quando me falta noção. Da repartição fui para o Devassa de Ipanema comemorar os últimos dias de 2006 e colocar o papo em dia com "As Meninas", ou seja, Nara, Camila e NandaP.
Se a blusa estivesse ruim assim que eu cheguei Nara teria me olhado e dito "que é que é isso, fofilhota?" e Camila "que blusa surica* é essa?". Fernanda, educada e conciliadora emendaria "é, tá meio apertado".
Tá, tá certo, eu confesso, como era teste eu tava com um bolerinho de renda por cima. Mas juro que assim que me senti segura (depois do terceiro chope meu e segunda caipirinha delas), tirei o bolerinho.
Eu tava com uma saia marrom que, confesso de novo, tava meio apertada nô cós. Não, não tava dividindo a barriga - que eu tenho alguma vergonha na cara -, tava apenas quase 'santropeito': realmente na cintura. Hoje vesti a saia de novo pra testar e... bingo! ela escorregou até os ossos da bacia. Desinchei!
Dia feliz
O dia hoje amanhaceu nublado e chuvoso. Estou morrendo de dor cabeça, cansada, acordei com o corpo doendo. Ah, meu cabelo está horrível também. Mas acreditam que estou ótema, apesar de tudo?
Acordei tarde e feliz. Tomei banho cantando. Saí pra bater perna no comércio de Coapacabana e comprei um lindo vestido novo. Enquanto eu tava na cabine do provador tocou Vanessa da Mata.
Experimentei o vestido cantando "Se você quiser eu vou te dar um amor/Desses de cinema/Não vai te faltar carinho, Plano ou assunto ao longo do dia/Se você quiser eu largo tudo/E vou pro mundo com você, meu bem/Nessa nossa estrada/Só terá belas praias e cachoeiras".
Eu nem tenho um amor por quem largar nada (ou tudo) mas me senti tão alegre e leve. Pena que não encontrei uma linda sandália e uma linda bolsa pra usar com o vestido. Comi um bombom e marquei cabelereiro pra amanhã.
O dia hoje amanhaceu nublado e chuvoso. Estou morrendo de dor cabeça, cansada, acordei com o corpo doendo. Ah, meu cabelo está horrível também. Mas acreditam que estou ótema, apesar de tudo?
Acordei tarde e feliz. Tomei banho cantando. Saí pra bater perna no comércio de Coapacabana e comprei um lindo vestido novo. Enquanto eu tava na cabine do provador tocou Vanessa da Mata.
Experimentei o vestido cantando "Se você quiser eu vou te dar um amor/Desses de cinema/Não vai te faltar carinho, Plano ou assunto ao longo do dia/Se você quiser eu largo tudo/E vou pro mundo com você, meu bem/Nessa nossa estrada/Só terá belas praias e cachoeiras".
Eu nem tenho um amor por quem largar nada (ou tudo) mas me senti tão alegre e leve. Pena que não encontrei uma linda sandália e uma linda bolsa pra usar com o vestido. Comi um bombom e marquei cabelereiro pra amanhã.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
Alívio
Sabe, eu tava meio em crise me achando gorda. Tinha dado uma melhorada quando fui me arrumar porque a camiseta vermelha 'M' que tinha comprado pra usar no Natal e ficou meio larga, deveria ter comprado 'P'. A blusa da amiguinha foi o alívio que eu faltava!
A crise foi detonada semana passada. Tava indo pro trabalho com um vestido azul lindo, lindo. Tô indo pro ponto do ônibus e, ao me ver passar, um camelô com uma bandeja de tubos de cola superbonder na mão parou de gritar "ô a supebondi" e exclamou "Que mulherão!". Fiquei arrasada. Todo mundo sabe que pobre gosta de mulher portentosa, cheia de carne. Se o vendedor de supebondi tá me achando um mulherão é porque tô gorda!
Liguei pra Nara pra contar. Ela deu uma gargalhada e encerrou o assunto "É grave a crise, filha! Fecha a boca!". Ela sempre diz que a gente sabe quando tá gorda quando passa e os porteiros da rua viram a cabeça pra nos olhar.
Para piorar quando cheguei no trabalho encontrei com um chefe que voltava de férias na copa. O tosco sem noção me olha de vestido e diz "Você tá grávida mesmo, né?". "Não, não tô grávida não, talvez um pouco acima do peso". Tá, tá certo que sei que ele é quase um imbecil, tosco e sem noção que acha que somente grávidas usam um vestido justo no busto, com uma pala abaixo e solto até os joelhos. Ele não sabe nem repara que "está na moda" e há quilos de vestidos desses circulando pelas ruas. Tá, sei disso tudo, mas que fiquei puta fiquei. Contei pras cálega de repartição e elas tudo se solidarizaram "não acredito que ele disse isso! que um idiota!".
Mas tem nada não, viu ô camelô de superbondi, viu ô tosco sem noção, a blusa da amiguinha ficou ótema em mim! Gorda é a mãe de vocês, aquela velha podre!
Sabe, eu tava meio em crise me achando gorda. Tinha dado uma melhorada quando fui me arrumar porque a camiseta vermelha 'M' que tinha comprado pra usar no Natal e ficou meio larga, deveria ter comprado 'P'. A blusa da amiguinha foi o alívio que eu faltava!
A crise foi detonada semana passada. Tava indo pro trabalho com um vestido azul lindo, lindo. Tô indo pro ponto do ônibus e, ao me ver passar, um camelô com uma bandeja de tubos de cola superbonder na mão parou de gritar "ô a supebondi" e exclamou "Que mulherão!". Fiquei arrasada. Todo mundo sabe que pobre gosta de mulher portentosa, cheia de carne. Se o vendedor de supebondi tá me achando um mulherão é porque tô gorda!
Liguei pra Nara pra contar. Ela deu uma gargalhada e encerrou o assunto "É grave a crise, filha! Fecha a boca!". Ela sempre diz que a gente sabe quando tá gorda quando passa e os porteiros da rua viram a cabeça pra nos olhar.
Para piorar quando cheguei no trabalho encontrei com um chefe que voltava de férias na copa. O tosco sem noção me olha de vestido e diz "Você tá grávida mesmo, né?". "Não, não tô grávida não, talvez um pouco acima do peso". Tá, tá certo que sei que ele é quase um imbecil, tosco e sem noção que acha que somente grávidas usam um vestido justo no busto, com uma pala abaixo e solto até os joelhos. Ele não sabe nem repara que "está na moda" e há quilos de vestidos desses circulando pelas ruas. Tá, sei disso tudo, mas que fiquei puta fiquei. Contei pras cálega de repartição e elas tudo se solidarizaram "não acredito que ele disse isso! que um idiota!".
Mas tem nada não, viu ô camelô de superbondi, viu ô tosco sem noção, a blusa da amiguinha ficou ótema em mim! Gorda é a mãe de vocês, aquela velha podre!
A blusa da amiguinha
Minha mãe me deu uma camiseta branca com uns detalhes em renda super fofa. Quando desembrulhei achei a blusa linda, mas um tanto pequena. Ano passado elas compraram blusas que ficaram grandes em mim, então pedi pra prestarem atenção aos tamanhos. Esse ano ela comprou 'P'.
"É linda mãe, obrigada, mas acho que não vai dar, acho que vai ter que trocar", disse pra não dizer "porra, parece roupa de criança!". Nisso minha dá uma gargalhada do outro sofá. "Parece a blusa da Amiguinha!". Amiguinha para quem não sabe, era uma boneca do tamanho de uma criança de 3 ou 4 anos que era muito cobiçada pelas meninas quando eu era criança. Eu tive a minha amiguinha. Sim, a blusa parecia roupa da amiguinha.
Rá! experimentei e não vou ter que trocar nada, a blusa da amiguinha ficou certinha em mim.
Minha mãe me deu uma camiseta branca com uns detalhes em renda super fofa. Quando desembrulhei achei a blusa linda, mas um tanto pequena. Ano passado elas compraram blusas que ficaram grandes em mim, então pedi pra prestarem atenção aos tamanhos. Esse ano ela comprou 'P'.
"É linda mãe, obrigada, mas acho que não vai dar, acho que vai ter que trocar", disse pra não dizer "porra, parece roupa de criança!". Nisso minha dá uma gargalhada do outro sofá. "Parece a blusa da Amiguinha!". Amiguinha para quem não sabe, era uma boneca do tamanho de uma criança de 3 ou 4 anos que era muito cobiçada pelas meninas quando eu era criança. Eu tive a minha amiguinha. Sim, a blusa parecia roupa da amiguinha.
Rá! experimentei e não vou ter que trocar nada, a blusa da amiguinha ficou certinha em mim.
segunda-feira, 25 de dezembro de 2006
Relatório de Natal
Entre mortos e feridos, salvaram-se todos e lá se foi mais um Natal. Sobrevivi pra contar. Foi mais um Natal clássico, com estresse, aborrecimento durante o dia e enfado e comida à noite. Hoje à terde contei pra Pedro via MSN e ele quase se mijou de rir, vou resumir o histórico de mensagens e reproduzir aqui.
"Elas deixam pra comprar o presentes no dia 25. Aí saem e tá tudo lotado, não encontram as coisas e chegam em casa no fim da tarde estressadas. Ficam a tarde toda ligando pra me dar ordens pra ir descascando batata e picando cebola.
Aí chegam e começam a fazer a comidaria. Aí me mandam fazer um monte de coisas como picar mais cebola, descascar mais batata e cortar pão pra rabanada. Aí começa a outra parte do estresse, pq uma acha que a outra tá fazendo corpo mole.
E brigam. E aí tá tarde e estressam mais. E aí o namorado daminha irmã começa a ficar puto pq leva muita ordem, tá muito calor e tá tarde. E ele tem que ir na casa do pai e da mãe e levar os presentes dos filhos e estar de volta aqui à meia-noite.
E aí todos brigam pq lembram que não embrulharam os presentes. E vêm me mandar embrulhar presentes e eu mando todo mundo tomar no cu.
Minha irmã é muito mandona, dá ordens em voz alta o tempo todo. Ela devia ter entrado pras forças armadas.
Eu só sirvo pra picar cebola, pimentão e cheiro verde, descascar batatas, cortar pão em rodelas para rabanada e embrulhar presentes. Não sei cozinhar. Mas ontem me botaram pra desfiar bacalhau também. Foda. Ah, eu lavo a louça também. Foda no cu de creuza.
Aí meia-noite elas choram e se abraçam se regozijando de serem uma família. O mundo é estranho.
E tem outra coisa. Como é essa correria, dia 24 não é feito almoço nem jantar. As pessoas beliscam o que está sendo feito, comem pão ou ficam com fome. E na hora da ceia, estão todos famintos meio enjoados e com de cabeça por ter passado o dia sem comer. Ontem jantei enquanto minha irmã foi fazer a peregrinação na casa dos parentes do namorado. Tomei mó esporro qndo ela chegou e viu que alguém tinha mexido no salpicão.
Comi mermo. Não fode, eu cheia de fome e aquele monte de comida coberta com filme pvc! Comi arroz, salpicão e uns legumes cozidos que tinham sobrado da salada de maônese. Eu não como maônese.
Porque ainda tem essa, ela sempre faz comida pra caralho, que nem cabe nas vasilhas. Detalhe que somos 4 e é feita comida pra 20 pessoas. Eu acho ridículo, mas bom senso não é forte das pessoas que comemoram Natal.
Eu sempre achei que até se podia fazer esse exagero de comida, mas depois de ceiar colocaríamos tudo em quentinhas e levaríamos pro pessoal que dorme embaixo do viaduto.
Mas ela querem passar uma semana comendo ceia requentada. Por mim eu faria um jantar normal, com comidas leves pra combinar com esse calor e pronto.
Felizmente acabou o tal do peru ou ave que o valha, que ficava o dia todo assando e esquentando a cozinha. Somos todas wanna be vegetarianas. De "carne" só rolou o bacalhau que meu cunhado trouxe. Ele é freak por bacalhau. Foi feito bacalhau com batatas, salpicão de bacalhau e bolinho de bacalhau. Tudo salgado pra caralho e intragável.
O resto da ceia eram saladas, grãos, frutas e panetone. Enchi a cara de frutas e refrigerante.
Entre mortos e feridos, salvaram-se todos e lá se foi mais um Natal. Sobrevivi pra contar. Foi mais um Natal clássico, com estresse, aborrecimento durante o dia e enfado e comida à noite. Hoje à terde contei pra Pedro via MSN e ele quase se mijou de rir, vou resumir o histórico de mensagens e reproduzir aqui.
"Elas deixam pra comprar o presentes no dia 25. Aí saem e tá tudo lotado, não encontram as coisas e chegam em casa no fim da tarde estressadas. Ficam a tarde toda ligando pra me dar ordens pra ir descascando batata e picando cebola.
Aí chegam e começam a fazer a comidaria. Aí me mandam fazer um monte de coisas como picar mais cebola, descascar mais batata e cortar pão pra rabanada. Aí começa a outra parte do estresse, pq uma acha que a outra tá fazendo corpo mole.
E brigam. E aí tá tarde e estressam mais. E aí o namorado daminha irmã começa a ficar puto pq leva muita ordem, tá muito calor e tá tarde. E ele tem que ir na casa do pai e da mãe e levar os presentes dos filhos e estar de volta aqui à meia-noite.
E aí todos brigam pq lembram que não embrulharam os presentes. E vêm me mandar embrulhar presentes e eu mando todo mundo tomar no cu.
Minha irmã é muito mandona, dá ordens em voz alta o tempo todo. Ela devia ter entrado pras forças armadas.
Eu só sirvo pra picar cebola, pimentão e cheiro verde, descascar batatas, cortar pão em rodelas para rabanada e embrulhar presentes. Não sei cozinhar. Mas ontem me botaram pra desfiar bacalhau também. Foda. Ah, eu lavo a louça também. Foda no cu de creuza.
Aí meia-noite elas choram e se abraçam se regozijando de serem uma família. O mundo é estranho.
E tem outra coisa. Como é essa correria, dia 24 não é feito almoço nem jantar. As pessoas beliscam o que está sendo feito, comem pão ou ficam com fome. E na hora da ceia, estão todos famintos meio enjoados e com de cabeça por ter passado o dia sem comer. Ontem jantei enquanto minha irmã foi fazer a peregrinação na casa dos parentes do namorado. Tomei mó esporro qndo ela chegou e viu que alguém tinha mexido no salpicão.
Comi mermo. Não fode, eu cheia de fome e aquele monte de comida coberta com filme pvc! Comi arroz, salpicão e uns legumes cozidos que tinham sobrado da salada de maônese. Eu não como maônese.
Porque ainda tem essa, ela sempre faz comida pra caralho, que nem cabe nas vasilhas. Detalhe que somos 4 e é feita comida pra 20 pessoas. Eu acho ridículo, mas bom senso não é forte das pessoas que comemoram Natal.
Eu sempre achei que até se podia fazer esse exagero de comida, mas depois de ceiar colocaríamos tudo em quentinhas e levaríamos pro pessoal que dorme embaixo do viaduto.
Mas ela querem passar uma semana comendo ceia requentada. Por mim eu faria um jantar normal, com comidas leves pra combinar com esse calor e pronto.
Felizmente acabou o tal do peru ou ave que o valha, que ficava o dia todo assando e esquentando a cozinha. Somos todas wanna be vegetarianas. De "carne" só rolou o bacalhau que meu cunhado trouxe. Ele é freak por bacalhau. Foi feito bacalhau com batatas, salpicão de bacalhau e bolinho de bacalhau. Tudo salgado pra caralho e intragável.
O resto da ceia eram saladas, grãos, frutas e panetone. Enchi a cara de frutas e refrigerante.
Meus amigos e o Natal...
Sexta no MSN com André. Me despeço e digo algo como "Então, vou vazar. Feliz Natal se é que isso é possível". Ele: "É, Natal e feliz são idéias que não combinam".
Sábado na casa de Kelly. Ela desceu pra ir à feira e voltou toda alegrinha.
– Tá um clima tão gostoso de Natal na rua!
– Kelly, gostoso e Natal são idéias que não combinam.
Domingo, em casa, toca o bip de mensagem no celular. Era um torpedo de Feliz Natal e outras baboseiras da Marita. Respondo com as baboseiras que recebi em outro torpedo, de outra amiga (não tenho criatividade natalina, então reciclo as baboseiras que recebo. Tipo a que recebo de um vai pro próximo. O primeiro recebe um merdo "tudo de bom pra vc tb"). Ela manda outro torpedo "Tu sabe pra quem tá respondendo, maluca?". Era tão baboseira e tinha nada a ver comigo que ficou burocrático. Ela achou que eu respondi sem saber com tava falando.
Segunda, em casa. Ligo pro celular de Nara. Repito a baboseira que ouvi da Marita com uma voz de deboche que sempre faço, ela cai na gargalhada. "Que porra é essa?". Essa é a minha Nara.
Sexta no MSN com André. Me despeço e digo algo como "Então, vou vazar. Feliz Natal se é que isso é possível". Ele: "É, Natal e feliz são idéias que não combinam".
Sábado na casa de Kelly. Ela desceu pra ir à feira e voltou toda alegrinha.
– Tá um clima tão gostoso de Natal na rua!
– Kelly, gostoso e Natal são idéias que não combinam.
Domingo, em casa, toca o bip de mensagem no celular. Era um torpedo de Feliz Natal e outras baboseiras da Marita. Respondo com as baboseiras que recebi em outro torpedo, de outra amiga (não tenho criatividade natalina, então reciclo as baboseiras que recebo. Tipo a que recebo de um vai pro próximo. O primeiro recebe um merdo "tudo de bom pra vc tb"). Ela manda outro torpedo "Tu sabe pra quem tá respondendo, maluca?". Era tão baboseira e tinha nada a ver comigo que ficou burocrático. Ela achou que eu respondi sem saber com tava falando.
Segunda, em casa. Ligo pro celular de Nara. Repito a baboseira que ouvi da Marita com uma voz de deboche que sempre faço, ela cai na gargalhada. "Que porra é essa?". Essa é a minha Nara.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
O estranho mundo dos portadores de câmeras digitais
Ontem fui ao show do Caetano no Circo Voador com minha amiga Narinha. Ela vai postar relatório também. O show foi bom, embora o som estivesse muito baixo. Mesmo debaixo da lona havia momentos que mal se entendia o que o Caetano dizia, do lado de fora não se ouvia nada. Todos se acotovelaram e ficou uma muvuca e um calor do caralho. Eu e Narinha teríaoms ficado ao ar livre, tomando uma cervejota e acompanhando o show de longe, se desse pra ouvir alguma coisa.
Mas essa nem é a nossa queixa, ou o que nos incomodou. O negócio foi o grupelho de pós-adolescentes que se postou ao nosso lado, ou melhor, ao nosso redor. A impressão que nos deu é que, para eles, se era Caetano ou eu e Nara cantando em dueto, tanto fazia. Eles não viam o show, não prestavam atenção nas músicas, apenas tiravam fotos. Fotos deles, em várias formações, fotos do público e até, vejam só, fotos do palco. E claro, depois de cada foto, em cada câmera, os outros vinham ver como tinha ficado. Claro, eventualmente eles também pulavam e gritavam "uhu". Não sei se estava havendo também um concurso de Miss Sovaco, mas as moças que não estavam com câmeras nas mãos ficavam com os braços erguidos.
Achei muito mundo estranho o comportamento deles, mas quando olhei em volta havia vários outros pós-adolescentes agindo da mesma maneira.
Ontem fui ao show do Caetano no Circo Voador com minha amiga Narinha. Ela vai postar relatório também. O show foi bom, embora o som estivesse muito baixo. Mesmo debaixo da lona havia momentos que mal se entendia o que o Caetano dizia, do lado de fora não se ouvia nada. Todos se acotovelaram e ficou uma muvuca e um calor do caralho. Eu e Narinha teríaoms ficado ao ar livre, tomando uma cervejota e acompanhando o show de longe, se desse pra ouvir alguma coisa.
Mas essa nem é a nossa queixa, ou o que nos incomodou. O negócio foi o grupelho de pós-adolescentes que se postou ao nosso lado, ou melhor, ao nosso redor. A impressão que nos deu é que, para eles, se era Caetano ou eu e Nara cantando em dueto, tanto fazia. Eles não viam o show, não prestavam atenção nas músicas, apenas tiravam fotos. Fotos deles, em várias formações, fotos do público e até, vejam só, fotos do palco. E claro, depois de cada foto, em cada câmera, os outros vinham ver como tinha ficado. Claro, eventualmente eles também pulavam e gritavam "uhu". Não sei se estava havendo também um concurso de Miss Sovaco, mas as moças que não estavam com câmeras nas mãos ficavam com os braços erguidos.
Achei muito mundo estranho o comportamento deles, mas quando olhei em volta havia vários outros pós-adolescentes agindo da mesma maneira.
Mau humor é o meu nome
É isso aí, hoje não está sendo um bom dia. Acordei atrasada, não consegui fazer nada que tinha planejado. Saí de calça branca e uma mulher repugnante com uma crionça remelenta no colo sentou do meu lado no ônibus. Claro que o monstrinho imundo tacou o pé na lateral da minha calça.
O chope que eu tinha marcado pra hoje furou. Estou com dor de cabeça e estômago. Estou falida. Tô de saco cheio.
É isso aí, hoje não está sendo um bom dia. Acordei atrasada, não consegui fazer nada que tinha planejado. Saí de calça branca e uma mulher repugnante com uma crionça remelenta no colo sentou do meu lado no ônibus. Claro que o monstrinho imundo tacou o pé na lateral da minha calça.
O chope que eu tinha marcado pra hoje furou. Estou com dor de cabeça e estômago. Estou falida. Tô de saco cheio.
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
Enquanto a safada da Roberta continua sem blogar...
Divirta-se com as aventuras de PL, vulgo Ana Paula, em seu 3x4Colorido.
Divirta-se com as aventuras de PL, vulgo Ana Paula, em seu 3x4Colorido.
Enquanto a Roberta nã conta as novidades....
Leia o diário de viagem, quer dizer, de perrengue de Vicente Magno. Meu bom está passando férias em Maceió.
Leia o diário de viagem, quer dizer, de perrengue de Vicente Magno. Meu bom está passando férias em Maceió.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
Conselhos do dr. Beleza
Domingo passado assisti novamente ao edificante programa Domingo Espetacular, na esperança que a matéria sobre o HTP (e minha entrevista) fosse ao ar. Duh. Para não dizer que não tirei nenhuma lição dessa experiência, assisti novamente ao especial com o dr. Beleza.
Perguntado sobre a relação entre sono e beleza, respondeu que dormir menos de oito horas por noite envelhece, mas (horror, horror, horror) dormir mais que oito horas também envelhece! O ideal são de sete a oito horas de sono por noite. Desde então quando vou dormir vejo a hora e coloco o despertador para dali a oito horas.
Domingo passado assisti novamente ao edificante programa Domingo Espetacular, na esperança que a matéria sobre o HTP (e minha entrevista) fosse ao ar. Duh. Para não dizer que não tirei nenhuma lição dessa experiência, assisti novamente ao especial com o dr. Beleza.
Perguntado sobre a relação entre sono e beleza, respondeu que dormir menos de oito horas por noite envelhece, mas (horror, horror, horror) dormir mais que oito horas também envelhece! O ideal são de sete a oito horas de sono por noite. Desde então quando vou dormir vejo a hora e coloco o despertador para dali a oito horas.
Cansaaaaada
Acho que a locomotiva está em marcha lenta. Fato é que, como diria O Orientador "vc não é criança", e ainda não me recuperei do plantão do último fim de semana. Tenho até dormido 8 horas de soninho por noite, mas mesmo assim tenho acordado cansada e com o corpo doendo. Hoje quando cheguei na repartição minha amiga Glorinha perguntou se tinha acontecido alguma coisa comigo. "Não, por que?". Ela fez um gesto indicando que minhas olheiras estavam tomando todo meu rosto. Pois é, cansei.
Acho que a locomotiva está em marcha lenta. Fato é que, como diria O Orientador "vc não é criança", e ainda não me recuperei do plantão do último fim de semana. Tenho até dormido 8 horas de soninho por noite, mas mesmo assim tenho acordado cansada e com o corpo doendo. Hoje quando cheguei na repartição minha amiga Glorinha perguntou se tinha acontecido alguma coisa comigo. "Não, por que?". Ela fez um gesto indicando que minhas olheiras estavam tomando todo meu rosto. Pois é, cansei.
Cobiçada
Não falei que sou pra casar? Hoje recebi outra proposta. Fui cobrir certo evento e encontrei o Tártaro-Mongol, ou Manilha, se preferirem. Ele já foi meu chefe em certo jornal de grande circulação. Sim, ele é uma figura ímpar, meio doido, meio seqüelado, meio sei lá, totalmente pândego, gente boa pra caralho e um grande jornalista.
Quando ele liga pra redação onde trabalho atualmente e eu atendo ele pergunta quem tá falando. Respondo "Roberta" e ouço "É a Close?". Êita piada datada, hein? Às vezes me faço de boba e pergunto quem tá falando, ele responde "Teu homem". Eu replico "Qual deles" e o palhaço diz "O que te dá mais prazer". Pois é, dizem que é melhor ouvir isso do que ser surda...
Uma vez perguntaram a ele por que sua senha "Manilha" e, obviamente, ele apontou para o pau. Às vezes ele dava um suspiro na redação. Alguém sempre perguntava "que foi?" e ele respondia que estava cansado de carregar "aquele" peso. Qual peso? Ele apontava para o pau. Ou melhor, para a Manilha.
Há infindáveis histórias sobre ele, mas deixa pra outro dia. Hoje, quando nos encontramos ele logo me abraçou. Disse que tava com saudade, que há muito não me via, que eu ando sumida e meio metida. Depois disparou "Quando é que você vai casar comigo? Eu já tento há tanto tempo, tá na hora de você parar de me esnobar e aceitar". Respondi que ia considerar. Tão vendo como estou cobiçada? Até o Tártaro-Mongol quer me desposar!
Não falei que sou pra casar? Hoje recebi outra proposta. Fui cobrir certo evento e encontrei o Tártaro-Mongol, ou Manilha, se preferirem. Ele já foi meu chefe em certo jornal de grande circulação. Sim, ele é uma figura ímpar, meio doido, meio seqüelado, meio sei lá, totalmente pândego, gente boa pra caralho e um grande jornalista.
Quando ele liga pra redação onde trabalho atualmente e eu atendo ele pergunta quem tá falando. Respondo "Roberta" e ouço "É a Close?". Êita piada datada, hein? Às vezes me faço de boba e pergunto quem tá falando, ele responde "Teu homem". Eu replico "Qual deles" e o palhaço diz "O que te dá mais prazer". Pois é, dizem que é melhor ouvir isso do que ser surda...
Uma vez perguntaram a ele por que sua senha "Manilha" e, obviamente, ele apontou para o pau. Às vezes ele dava um suspiro na redação. Alguém sempre perguntava "que foi?" e ele respondia que estava cansado de carregar "aquele" peso. Qual peso? Ele apontava para o pau. Ou melhor, para a Manilha.
Há infindáveis histórias sobre ele, mas deixa pra outro dia. Hoje, quando nos encontramos ele logo me abraçou. Disse que tava com saudade, que há muito não me via, que eu ando sumida e meio metida. Depois disparou "Quando é que você vai casar comigo? Eu já tento há tanto tempo, tá na hora de você parar de me esnobar e aceitar". Respondi que ia considerar. Tão vendo como estou cobiçada? Até o Tártaro-Mongol quer me desposar!
Gatinho faz feliz
Parece que o fim de ano não é a melhor época pra se procurar lar pra gatinhos, estou cheia de anúncios de lindos felinos precisando encontrar um humano que o mereça. Alguém aí quer adotar um gatinho? Tenho pra todos os gostos, machos, fêmeas, filhotes, adultos, cores variadas...
Assim que tiver tempo vou separar fotitas pra postar, mas se alguém estiver interessado por me escrever para shaisha@hotmail.com que adianto a intermediação da adoção.
Parece que o fim de ano não é a melhor época pra se procurar lar pra gatinhos, estou cheia de anúncios de lindos felinos precisando encontrar um humano que o mereça. Alguém aí quer adotar um gatinho? Tenho pra todos os gostos, machos, fêmeas, filhotes, adultos, cores variadas...
Assim que tiver tempo vou separar fotitas pra postar, mas se alguém estiver interessado por me escrever para shaisha@hotmail.com que adianto a intermediação da adoção.
Já que começamos
Preciso de outro favor, ou melhor, outra consulta. Uma vez alguém deixou um comentário que a maneira como os arquivos estão dispostos dificulta a leitura. Lembro que o bom palhacinho se ofereceu pra enviar o código pra disponibilizar os arquivos num calendáriozinho, realmente mais fácil de ler. Ele ainda disse que achava que nós não aceitaríamos ajuda de um palhaço. Bobagem, babe, quem tem medo de pedir ajuda é homem, nós não tempos problemas com isso.
Mas o fato é que na época eu tava enrolada com o mestrado e não escrevi pro bruto. Nâo lembro mais quem era. Ó, bruto, tu tens o código e ainda podes me enviar? Algum outro bruto (a) pode ajudar?
Preciso de outro favor, ou melhor, outra consulta. Uma vez alguém deixou um comentário que a maneira como os arquivos estão dispostos dificulta a leitura. Lembro que o bom palhacinho se ofereceu pra enviar o código pra disponibilizar os arquivos num calendáriozinho, realmente mais fácil de ler. Ele ainda disse que achava que nós não aceitaríamos ajuda de um palhaço. Bobagem, babe, quem tem medo de pedir ajuda é homem, nós não tempos problemas com isso.
Mas o fato é que na época eu tava enrolada com o mestrado e não escrevi pro bruto. Nâo lembro mais quem era. Ó, bruto, tu tens o código e ainda podes me enviar? Algum outro bruto (a) pode ajudar?
Peço a ajuda dos universitários, quero dizer, dos leitores
Alguém aí sabe como tirar mancha de mofo de tecido? Minha queria mãe, ou como diria O Orientador, aquela senhora que mora na sua casa, me fez o favor de colocar uma roupa na máquina pra lavar e esquecer de tirar.
Claro que o favor não havia sido solicitado, então claro que ninguém lembrou de tirar, claro que mofou tudo, claro que a roupa era minha.
Um vestido leeeeendo meu, longo, florido, está cheio de pontinhos pretos de mofo. Já relavei duas vezes e não sai. Alguma idéia genial pra salvar meu vestido?
Alguém aí sabe como tirar mancha de mofo de tecido? Minha queria mãe, ou como diria O Orientador, aquela senhora que mora na sua casa, me fez o favor de colocar uma roupa na máquina pra lavar e esquecer de tirar.
Claro que o favor não havia sido solicitado, então claro que ninguém lembrou de tirar, claro que mofou tudo, claro que a roupa era minha.
Um vestido leeeeendo meu, longo, florido, está cheio de pontinhos pretos de mofo. Já relavei duas vezes e não sai. Alguma idéia genial pra salvar meu vestido?
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
Lindo, louro e afro-nipônico
Aliás, seu Carlos terá netos afro-nipônicos. Lembram que um palhaço me perguntou se eu era oriental e, não contente, no fim da noite voltou e me chamou de "japinha linda"? Pois é. Vicente que, vive se dizendo negão (isso é uma outra história), ao saber da história confessou que já perguntaram mais de uma vez se ele tem ascedência japonesa.
Então é isso aí. Vou casar com Vicente e povoaremos Bangu de lindos pivetes afro-nipônicos remelentos pro seu Carlos cuidar.
Aliás, seu Carlos terá netos afro-nipônicos. Lembram que um palhaço me perguntou se eu era oriental e, não contente, no fim da noite voltou e me chamou de "japinha linda"? Pois é. Vicente que, vive se dizendo negão (isso é uma outra história), ao saber da história confessou que já perguntaram mais de uma vez se ele tem ascedência japonesa.
Então é isso aí. Vou casar com Vicente e povoaremos Bangu de lindos pivetes afro-nipônicos remelentos pro seu Carlos cuidar.
Aê seu Carlos, vai ter netos lindjos!
Outro dia uma moça recém apresentada a Vicente me disse "Nossa, o Vicente é lindo, ninguém havia me preparado para isso". Eu que conheço Vic há mais de 10 anos já acostumei com ele ou perdi o senso crítico, perguntei "É?". Ela não titubeou e atestou "Ele é realmente bonito".
Outro dia uma moça recém apresentada a Vicente me disse "Nossa, o Vicente é lindo, ninguém havia me preparado para isso". Eu que conheço Vic há mais de 10 anos já acostumei com ele ou perdi o senso crítico, perguntei "É?". Ela não titubeou e atestou "Ele é realmente bonito".
A repercussão
Tá certo que Kelly caiu na gargalhada "Putz, seu pai tá desesperado mesmo por um neto, hein?", mas ela não sabe de nada. Como levar a sério alguém que vai pra Buenos Aires pesquisar os índios Xavantes? Rá! Além do que, todo mundo sabe que Quéli não existe, era uma alucinação coletiva que tínhamos na faculdade.
Tá certo que Kelly caiu na gargalhada "Putz, seu pai tá desesperado mesmo por um neto, hein?", mas ela não sabe de nada. Como levar a sério alguém que vai pra Buenos Aires pesquisar os índios Xavantes? Rá! Além do que, todo mundo sabe que Quéli não existe, era uma alucinação coletiva que tínhamos na faculdade.
Vicente, vem dar pra gente
Agora eu chantageio Vicente. Se ele me aborrece ou me nega alguma coisa eu aviso logo "assim não caso com você e seu pai vai ficar sem neto" ou "Ó que eu ligo pro teu pai e faço queixa. Digo queria tanto casar com Vicente e construir família, pena que ele é tão grosso comigo". Rá!
Claro, meu PPS é um ogrinho fofo e raramente me nega alguma coisa, cuida de mim e costuma fazer todas as minhas vontades. Até hoje só me negou o cu. Pô, Vicente, vem dar o cu pra gente! Ô que eu ligo pro seu pai e faço queixa, hein?
Aliás, Vicente tá totalmente na minha mão. Eu já fazia queixa pra d. Glória, sua progenitora que também me adora. Agora que sei que tô bem na fita também com seu Carlos.... pobre Vicente. Uma vez no aniversário de Vicente d. Glória veio me fazer queixa que ele não arruma a cama de manhã antes de sair de casa. Ralhei com ele na mesma hora. Tô assim ó com d. Glória.
Agora eu chantageio Vicente. Se ele me aborrece ou me nega alguma coisa eu aviso logo "assim não caso com você e seu pai vai ficar sem neto" ou "Ó que eu ligo pro teu pai e faço queixa. Digo queria tanto casar com Vicente e construir família, pena que ele é tão grosso comigo". Rá!
Claro, meu PPS é um ogrinho fofo e raramente me nega alguma coisa, cuida de mim e costuma fazer todas as minhas vontades. Até hoje só me negou o cu. Pô, Vicente, vem dar o cu pra gente! Ô que eu ligo pro seu pai e faço queixa, hein?
Aliás, Vicente tá totalmente na minha mão. Eu já fazia queixa pra d. Glória, sua progenitora que também me adora. Agora que sei que tô bem na fita também com seu Carlos.... pobre Vicente. Uma vez no aniversário de Vicente d. Glória veio me fazer queixa que ele não arruma a cama de manhã antes de sair de casa. Ralhei com ele na mesma hora. Tô assim ó com d. Glória.
Sou pra casar, mas não quero
Outro dia na casa de Kelly, a dra Cachorra, Vicente nos contou que seu pai está frenético para ser avô. Parece seu Carlos Magno o interpelou sobre os planos a cerca do herdeiro. "Você tem que namorar, se não namorar como vai casar? Por que você não namora a Roberta? Vai, pega o telefone, liga pra ela!".
Rá! Sou a norinha que papai pediu a Deus!
E olha que seu Carlos Magno me conhece. Sabe que adoro gatos e não acredito em Deus, enquanto ele odeia gatos e é casado com uma catequista. Não sei se ele sabe que detesto crianças.
Outro dia na casa de Kelly, a dra Cachorra, Vicente nos contou que seu pai está frenético para ser avô. Parece seu Carlos Magno o interpelou sobre os planos a cerca do herdeiro. "Você tem que namorar, se não namorar como vai casar? Por que você não namora a Roberta? Vai, pega o telefone, liga pra ela!".
Rá! Sou a norinha que papai pediu a Deus!
E olha que seu Carlos Magno me conhece. Sabe que adoro gatos e não acredito em Deus, enquanto ele odeia gatos e é casado com uma catequista. Não sei se ele sabe que detesto crianças.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
O estranho mundo do Natal
Felizmente eu já consegui abolir a instituição do "Amigo Oculto" da minha vida. Como muitas outras coisas, sempre detestei, mas demorei pra ter coragem de admitir isso até pra mim mesma, quanto mais pro mundo. AGora digo "odeio amigo oculto, não vou participar". Simples assim, fácil assim. Ai, como é bom ser uma mulherzinha intragável. Ninguém nem insiste nem contraia.
Atualmente apenas me regozijo ao ver minhas amigas putas e enlouquecidas com seus amigos ocultos. A verdade é que ninguém gosta, mas acaba entrando. Uma amiga minha tá possessa porque seu sorteado pediu uma cadeira de praia. Porra, tem mesmo que ser muito espírito de porco pra pedir uma cadeira de praia de presente de amigo oculto. Agora vai ela pro comércio comprar uma porra duma cadeira, sair batendo com ela em todo mundo na rua e no ônibus, levar pra casa e "embrulhar", se é que isso é possível. No dia da "entrega" vai sair de casa no cu da manhã carregando uma porra duma cadeira, vai pegar o ônibus cheio com o trambolho e entrar na empresa se sentindo uma pateta. Sei não, mas acho que essa cadeira vai quebrar rapidinho.
Outra amiga não sabe se teve sorte ou azar: seu amigo oculto pediu 30 raspadinhas. Sim, o mundo é estranho.
Felizmente eu já consegui abolir a instituição do "Amigo Oculto" da minha vida. Como muitas outras coisas, sempre detestei, mas demorei pra ter coragem de admitir isso até pra mim mesma, quanto mais pro mundo. AGora digo "odeio amigo oculto, não vou participar". Simples assim, fácil assim. Ai, como é bom ser uma mulherzinha intragável. Ninguém nem insiste nem contraia.
Atualmente apenas me regozijo ao ver minhas amigas putas e enlouquecidas com seus amigos ocultos. A verdade é que ninguém gosta, mas acaba entrando. Uma amiga minha tá possessa porque seu sorteado pediu uma cadeira de praia. Porra, tem mesmo que ser muito espírito de porco pra pedir uma cadeira de praia de presente de amigo oculto. Agora vai ela pro comércio comprar uma porra duma cadeira, sair batendo com ela em todo mundo na rua e no ônibus, levar pra casa e "embrulhar", se é que isso é possível. No dia da "entrega" vai sair de casa no cu da manhã carregando uma porra duma cadeira, vai pegar o ônibus cheio com o trambolho e entrar na empresa se sentindo uma pateta. Sei não, mas acho que essa cadeira vai quebrar rapidinho.
Outra amiga não sabe se teve sorte ou azar: seu amigo oculto pediu 30 raspadinhas. Sim, o mundo é estranho.
A cafonalha de Natal
Detesto essa cafonalha, sou doida pra quebrar o presepinho da minha irmã, abomino a árvores de Natal e a guirlanda da porta. É engarrafamento, tudo lotado, uma sucessão de festas, chopes, encontros quase obrigatórios. Entro janeiro endividada e gorda. Mas tudo bem, resmungo mas na hora eu bem que gostcho. Na noite do dia 24 eu até choro por estar com a minha família maluca (mãe, irmã e cunhado, tudo doido, só eu de normal) e meus quatro gatinhos amados, peludos e gulosos.
Já escolhi os presentes de todo mundo, só falta disposição pra enfrentar o shopping. Também pretendo fazer uma incursão ao Saara ou ao Mercadão de Madureira pra comprar coisas pra mim.
No final das contas, mas só no final, Natal até faz feliz.
Detesto essa cafonalha, sou doida pra quebrar o presepinho da minha irmã, abomino a árvores de Natal e a guirlanda da porta. É engarrafamento, tudo lotado, uma sucessão de festas, chopes, encontros quase obrigatórios. Entro janeiro endividada e gorda. Mas tudo bem, resmungo mas na hora eu bem que gostcho. Na noite do dia 24 eu até choro por estar com a minha família maluca (mãe, irmã e cunhado, tudo doido, só eu de normal) e meus quatro gatinhos amados, peludos e gulosos.
Já escolhi os presentes de todo mundo, só falta disposição pra enfrentar o shopping. Também pretendo fazer uma incursão ao Saara ou ao Mercadão de Madureira pra comprar coisas pra mim.
No final das contas, mas só no final, Natal até faz feliz.
Reveillon
Siiim, também já fechei a programação da noite de Ano Novo, só falta comprar o vestido, mas também já escolhi a cor: vou passar de vermelho.
Esse ano quero fazer algo totalmente diferente do que fazia nos outros, quero marcar uma nova fase, uma mudança radical na minha vida. Roberta 2007, repaginada.
Siiim, também já fechei a programação da noite de Ano Novo, só falta comprar o vestido, mas também já escolhi a cor: vou passar de vermelho.
Esse ano quero fazer algo totalmente diferente do que fazia nos outros, quero marcar uma nova fase, uma mudança radical na minha vida. Roberta 2007, repaginada.
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
domingo, 10 de dezembro de 2006
Ah, e antes que alguém venha me dizer que sou fútil, chata, rasa, insensível ou sei lá o que, que venha dizer que não é errado ser cafona ou burro, defender os religiosos ou idiotas (ops, não é a mesma coisa?), aviso: cagueie. Vá tomar no cu, vá se fuder e não me encha a paciência. Espero que você também morra, seu imbecil.
E se você se enquadra em algum dos predicados relacionados e se ofendeu... foda-se. Azar o seu que é um merda, espero que você morra logo e pare de consumir oxigênio e produzir esgoto.
E se você se enquadra em algum dos predicados relacionados e se ofendeu... foda-se. Azar o seu que é um merda, espero que você morra logo e pare de consumir oxigênio e produzir esgoto.
ODEIO
Quem exibe alegria indígena sem pudor.
Religiosos em geral.
Quem não respeita meu direito de ser mal humorada.
Quem usa sapatos feios.
Quem pinta o cabelo de louro-mijo.
Pessoas mal vestidas
Homens de pau fino.
Quem sai na rua com o cabelo emplastrado de creme.
Gente que exala perfume com cheio de talco.
Gente com camisa de linho, crochê ou crepe amassadinho.
Quem não limpa o umbigo tb não merece meu respeito.
Gente feia, burra e cafona devia pagar mais imposto. Agora, quem acumula dois desses atributos tem é que morrer mesmo. Ah, também não gosto das pessoas de dentes feios.
Mas acima de tudo, antes de tudo, mais do que tudo, odeio os sóbrios. Nunca se deve confiar nesses desgraçados que não usam drogas, lícitas ou não. Morte lenta e dolorosa aos sóbrios!
Quem exibe alegria indígena sem pudor.
Religiosos em geral.
Quem não respeita meu direito de ser mal humorada.
Quem usa sapatos feios.
Quem pinta o cabelo de louro-mijo.
Pessoas mal vestidas
Homens de pau fino.
Quem sai na rua com o cabelo emplastrado de creme.
Gente que exala perfume com cheio de talco.
Gente com camisa de linho, crochê ou crepe amassadinho.
Quem não limpa o umbigo tb não merece meu respeito.
Gente feia, burra e cafona devia pagar mais imposto. Agora, quem acumula dois desses atributos tem é que morrer mesmo. Ah, também não gosto das pessoas de dentes feios.
Mas acima de tudo, antes de tudo, mais do que tudo, odeio os sóbrios. Nunca se deve confiar nesses desgraçados que não usam drogas, lícitas ou não. Morte lenta e dolorosa aos sóbrios!
A gota dágua
O suplício estava perto do fim, mas eu tinha que esperar o carro da redação vir me buscar. Eu tava na rua, na esquina, esperando o bravo piloto vir fazer o resgate da mala. Claro que eu tava de cara emburrada, com a roupa amarfanhada, aspecto de quem mal dormiu, meio desgrenada e com o rosto meio franzido por causa da claridade. Tô eu lá, com uma aparência de meter medo, braços cruzados, revista e bolsa debaixo do braço, maldizendo a minha sorte e minha profissão.
Eis que, de repente, surgida não sei de onde surge uma mulher de uns 50 anos. Tinha aquele cabelo pintado de louro urina e a cara bolachuda. Usava batom cor de rosa, uma blusa verde exército de linho e fedia a talco. Como eu sei o cheiro da bruta? PORQUE ELA ME ABRAÇOU! Sim, amigos.
Não deu nem tempo de empurrar, de sair correndo, de dizer sai fora, sua piranha que eu arrebento a sua cara. Antes que eu entendesse o que estava acontecendo ela me abraçou. Passou os braços no meu pescoço e me abraçou. Eu não me movi, fiquei estática, com os braços cruzados enquanto a infeliz, que por sinal exibia um ofensivo sorriso de alegria indígena, me abraçava.
Logo eu que odeio que desconhecidos me toquem, tenho nojo do toque não autorizado de pele que não é de amigo meu.
Como o mundo é estranho e as pessoas loucas, ela ainda me disse "quem vai trazer alegria ao seu coração é jesus". Sorriu e foi embora. CARALHO! Eu não perguntei nada! Quem disse que eu quero alegria no meu coração? Quem disse que eu permito que jesus, seja lá quem for esse idiota, traga alegria ao meu coração? Quem disse que ele tem autorização? Quem perguntou alguma coisa, sua velha podre desgraçada?!!!!
Continuei imóvel. Ela me soltou e foi. Eu poderia ter dito "vai tomar no cu sua puta velha escrota desgraçada, morra". Poderia ter dito "pau no cu de jesus" ou "jesus de cu é rola, e das grossas". Poderia simples e deliciosamente ter dado uma porrada na cara daquela pessoa sórdida e sem noção. Podia tê-la empurrado no chão e pisado na cara dela pra ver aqueles dentinhos amarelados cheios de sangue. Não fiz nada. Fiquei imóvel pensando como às vezes a vida é horrível e como certas pessoas são mais que dispensáveis ao mundo, são perniciosas. Essa mulher precisa morrer!
O suplício estava perto do fim, mas eu tinha que esperar o carro da redação vir me buscar. Eu tava na rua, na esquina, esperando o bravo piloto vir fazer o resgate da mala. Claro que eu tava de cara emburrada, com a roupa amarfanhada, aspecto de quem mal dormiu, meio desgrenada e com o rosto meio franzido por causa da claridade. Tô eu lá, com uma aparência de meter medo, braços cruzados, revista e bolsa debaixo do braço, maldizendo a minha sorte e minha profissão.
Eis que, de repente, surgida não sei de onde surge uma mulher de uns 50 anos. Tinha aquele cabelo pintado de louro urina e a cara bolachuda. Usava batom cor de rosa, uma blusa verde exército de linho e fedia a talco. Como eu sei o cheiro da bruta? PORQUE ELA ME ABRAÇOU! Sim, amigos.
Não deu nem tempo de empurrar, de sair correndo, de dizer sai fora, sua piranha que eu arrebento a sua cara. Antes que eu entendesse o que estava acontecendo ela me abraçou. Passou os braços no meu pescoço e me abraçou. Eu não me movi, fiquei estática, com os braços cruzados enquanto a infeliz, que por sinal exibia um ofensivo sorriso de alegria indígena, me abraçava.
Logo eu que odeio que desconhecidos me toquem, tenho nojo do toque não autorizado de pele que não é de amigo meu.
Como o mundo é estranho e as pessoas loucas, ela ainda me disse "quem vai trazer alegria ao seu coração é jesus". Sorriu e foi embora. CARALHO! Eu não perguntei nada! Quem disse que eu quero alegria no meu coração? Quem disse que eu permito que jesus, seja lá quem for esse idiota, traga alegria ao meu coração? Quem disse que ele tem autorização? Quem perguntou alguma coisa, sua velha podre desgraçada?!!!!
Continuei imóvel. Ela me soltou e foi. Eu poderia ter dito "vai tomar no cu sua puta velha escrota desgraçada, morra". Poderia ter dito "pau no cu de jesus" ou "jesus de cu é rola, e das grossas". Poderia simples e deliciosamente ter dado uma porrada na cara daquela pessoa sórdida e sem noção. Podia tê-la empurrado no chão e pisado na cara dela pra ver aqueles dentinhos amarelados cheios de sangue. Não fiz nada. Fiquei imóvel pensando como às vezes a vida é horrível e como certas pessoas são mais que dispensáveis ao mundo, são perniciosas. Essa mulher precisa morrer!
Vida de repórti
Peguei no silviço hoje às 9h. Não sou uma pessoa diurna, pelo contrário. Pior, sou burra, lerda e mal humorada de manhã. Compromissos profissionais levaram-me a um lugar onde eu jamais poria meus lindos pezinhos por vontade própria.
E era demorado. E eu tava sozinha. E meus pés doíam. E eu tava com sono. E também tava com fome. E não havia nada comestível ao meu alcance. E foi me dando dor de cabeça. E as pessoas eram feias e chatas. E falavam coisas que me dão raiva. E sorriam pra mim. Não poderia acabar bem.
Bebi uns quatro cafezinhos. Bebi água. Li a edição inteira de certa revista de informação semanal que me dá engulhos, mas era o tinha no momento pra distrair.
Para não sucumbir ao tédio e tentar o suicídio ralar os pulsos no muro de chapisco até cortarem, resolvi praticar um dos meus esportes prediletos: o patrulhamento estético. É mais divertido em dupla, mas na falta de um companheiro retratista me entreguei à prática sozinha mesmo. Caralhos, não tinha um sapato que se aproveitasse! Odeio gente de sapatos feios. E as roupitchas? Quem anda pro aí de camisa de crepe amassadinho bege? Putaqueoparalho! Meu salário não inclui ficar vendo gente feia, burra e mal vestida, não ganho pra isso!
Peguei no silviço hoje às 9h. Não sou uma pessoa diurna, pelo contrário. Pior, sou burra, lerda e mal humorada de manhã. Compromissos profissionais levaram-me a um lugar onde eu jamais poria meus lindos pezinhos por vontade própria.
E era demorado. E eu tava sozinha. E meus pés doíam. E eu tava com sono. E também tava com fome. E não havia nada comestível ao meu alcance. E foi me dando dor de cabeça. E as pessoas eram feias e chatas. E falavam coisas que me dão raiva. E sorriam pra mim. Não poderia acabar bem.
Bebi uns quatro cafezinhos. Bebi água. Li a edição inteira de certa revista de informação semanal que me dá engulhos, mas era o tinha no momento pra distrair.
Para não sucumbir ao tédio e tentar o suicídio ralar os pulsos no muro de chapisco até cortarem, resolvi praticar um dos meus esportes prediletos: o patrulhamento estético. É mais divertido em dupla, mas na falta de um companheiro retratista me entreguei à prática sozinha mesmo. Caralhos, não tinha um sapato que se aproveitasse! Odeio gente de sapatos feios. E as roupitchas? Quem anda pro aí de camisa de crepe amassadinho bege? Putaqueoparalho! Meu salário não inclui ficar vendo gente feia, burra e mal vestida, não ganho pra isso!
sábado, 9 de dezembro de 2006
Minha amiga IS
Conheço IS há singelos 25 anos. Sim, somos amigas desde os 10 anos de idade, portanto tenho intimidade pra ligar no meio da madrugada me oferecendo como hóspede. Ela tava me esperando na janela.
Acabou sendo uma ótima oportunidade de conhecer a casa de IS e seus fofilhotes. Ela é a mãe dedicada de dois cachorros, Nala e Léo, e um gato, o Neném. Claro que me fartei de carinhar e coçar Neném, coisa mais fofa, todo branquinho de olhões verdes. Mimado, cheio de vontades e ciente que é o reizinho da casa, como convem a um gato.
IS disse que ele não é de dar muita trela pras visitas, mas brincou comigo, veio no meu colo e até me mordeu. Coisa gostosa! Ele é um amo e tanto e sabe adestrar sua escrava humana muito bem. Admirável.
Quando eu já tava deitada ligou Pedro perguntando se eu tava bem e se tinha descolado abrigo. Insistiu se eu tava bem mesmo. Não é meu fofo?
Acabou sendo uma noite ótima. Fofocamos sobre nossos amores e desamores, conheci seus bordados (ela jura que vai me ensinar a bordar algum dia), vi as fotos da viagem à Índia e outro lugar "exótico" que não lembro o nome. Tailândia! Isso, Tailândia. IS é mulher viajada e viajadoira.
Amiga fofa, ela acordou comigo às 7h e preparou uma merenda pra eu trazer pra repartição. Não digo que tenho os melhores amigos que alguém pode ter?
Conheço IS há singelos 25 anos. Sim, somos amigas desde os 10 anos de idade, portanto tenho intimidade pra ligar no meio da madrugada me oferecendo como hóspede. Ela tava me esperando na janela.
Acabou sendo uma ótima oportunidade de conhecer a casa de IS e seus fofilhotes. Ela é a mãe dedicada de dois cachorros, Nala e Léo, e um gato, o Neném. Claro que me fartei de carinhar e coçar Neném, coisa mais fofa, todo branquinho de olhões verdes. Mimado, cheio de vontades e ciente que é o reizinho da casa, como convem a um gato.
IS disse que ele não é de dar muita trela pras visitas, mas brincou comigo, veio no meu colo e até me mordeu. Coisa gostosa! Ele é um amo e tanto e sabe adestrar sua escrava humana muito bem. Admirável.
Quando eu já tava deitada ligou Pedro perguntando se eu tava bem e se tinha descolado abrigo. Insistiu se eu tava bem mesmo. Não é meu fofo?
Acabou sendo uma noite ótima. Fofocamos sobre nossos amores e desamores, conheci seus bordados (ela jura que vai me ensinar a bordar algum dia), vi as fotos da viagem à Índia e outro lugar "exótico" que não lembro o nome. Tailândia! Isso, Tailândia. IS é mulher viajada e viajadoira.
Amiga fofa, ela acordou comigo às 7h e preparou uma merenda pra eu trazer pra repartição. Não digo que tenho os melhores amigos que alguém pode ter?
Mudança de planos
Lembram que ontem ia para o ensaio técnico do Império Serrano na Sapucaí? Ia do verbo não fui. Fiquei presa no trabalho. Quando consegui desenrolar e tava saindo minha amiga IV ligou. "Tá chegando? Então nem vem porque já tamos entrando na avenida". Putaquepariu. Ontem foi um dia difícil, com tudo dado errado em seqüência ao longo do dia. Pois é.
Como esse programa furou, fui pro Escravos da Mauá encontrar minha amiga IS. Tudo bem, cervejota, sambinha, muvuda - o de sempre. Encontrei menina Mariana e quando IS resolveu ir embora fomos pro Beco do Rato, na Lapa. Mais cerveja, mais sambinha, mais muvuca, mas eu tinha que acordar cedo pra tralhar hoje. Me despedi das meninas e fui embora. Tô eu lá catando um táxi na confusão e ouço alguém gritar "Robeeeeeeertaaaaaaa". Olho é né que tá Vicente Magno de camisa do Framengo dentro de um Fiat Uno vinho? Tentei ligar pro puto mas o celular dele tava desligado. Ai como eu queria ficar na Lapa até o dia clarear, ai como tava bom. Fui embora.
Eis que, sortuda toda vida, chego em casa por volta de 1h30 e...e....e... o elevador social estava desligado, quebrado. As portarias não se comunicam e eu não tava com a chave dos fundos. Não havia ninguém em casa pra vir abrir a porta pra mim. Sim, amigos, eu fiquei trancada do lado de fora, tendo saído da farra porque precisava dormir, tendo que acordar cedaço. Se não fosse véspera de plantão eu chegaria já de manhã e o porteiro estaria acordado. Êita mulher de sorte!
Mas não tem nada não, sabe porque? Porque tenho alguns dos melhores amigos que alguém pode ter. Comecei a acordar a putada, alguém ia ter que me dar abrigo. JK tava numa festa em Botafogo. Disse pra eu ir lá pegar a chave e ir dormir na casa dela no Leme. Menino Pedro, meu doce, tava no Oi Noites Cariocas e perguntou se eu queria que ele fosse embora pra eu dormir na casa dele, no Flamengo. Não meu amor, curte tua festa, dou meu jeito. Ele disse que quando fosse embora me ligaria pra ver se eu tinha arrumado pra onde ir. Na pior das hipóteses eu iria pro Lamas esperá-lo.
Glorinha, que estava a alguns quarteirões, devia estar chapada e não atendeu o celular. Pois é. O celular de Vicente continuava desligado, lembrei que ele disse que tava pra ficar sem bateria. Cheguei a pensar em acordar O Orientador, que também estava a poucas quadras, mas lembrei que ele ia viajar. Liguei para IS, afinal ela tinha ido embora não muito mais cedo que eu. Ela tava acordada, mandou eu ir que já arrumar minha cama e descolar uma camisola. Ela mora na Lapa.
Contei a história pro motorista do táxi, que riu da minha cara. Saí do fervo sem estar com o menor sono e doida pra beber até de manhã só pra gastar R$ 40 de táxi e desperdiçar mais de 1h de sono. Nisso já eram mais de 2h30.
Lembram que ontem ia para o ensaio técnico do Império Serrano na Sapucaí? Ia do verbo não fui. Fiquei presa no trabalho. Quando consegui desenrolar e tava saindo minha amiga IV ligou. "Tá chegando? Então nem vem porque já tamos entrando na avenida". Putaquepariu. Ontem foi um dia difícil, com tudo dado errado em seqüência ao longo do dia. Pois é.
Como esse programa furou, fui pro Escravos da Mauá encontrar minha amiga IS. Tudo bem, cervejota, sambinha, muvuda - o de sempre. Encontrei menina Mariana e quando IS resolveu ir embora fomos pro Beco do Rato, na Lapa. Mais cerveja, mais sambinha, mais muvuca, mas eu tinha que acordar cedo pra tralhar hoje. Me despedi das meninas e fui embora. Tô eu lá catando um táxi na confusão e ouço alguém gritar "Robeeeeeeertaaaaaaa". Olho é né que tá Vicente Magno de camisa do Framengo dentro de um Fiat Uno vinho? Tentei ligar pro puto mas o celular dele tava desligado. Ai como eu queria ficar na Lapa até o dia clarear, ai como tava bom. Fui embora.
Eis que, sortuda toda vida, chego em casa por volta de 1h30 e...e....e... o elevador social estava desligado, quebrado. As portarias não se comunicam e eu não tava com a chave dos fundos. Não havia ninguém em casa pra vir abrir a porta pra mim. Sim, amigos, eu fiquei trancada do lado de fora, tendo saído da farra porque precisava dormir, tendo que acordar cedaço. Se não fosse véspera de plantão eu chegaria já de manhã e o porteiro estaria acordado. Êita mulher de sorte!
Mas não tem nada não, sabe porque? Porque tenho alguns dos melhores amigos que alguém pode ter. Comecei a acordar a putada, alguém ia ter que me dar abrigo. JK tava numa festa em Botafogo. Disse pra eu ir lá pegar a chave e ir dormir na casa dela no Leme. Menino Pedro, meu doce, tava no Oi Noites Cariocas e perguntou se eu queria que ele fosse embora pra eu dormir na casa dele, no Flamengo. Não meu amor, curte tua festa, dou meu jeito. Ele disse que quando fosse embora me ligaria pra ver se eu tinha arrumado pra onde ir. Na pior das hipóteses eu iria pro Lamas esperá-lo.
Glorinha, que estava a alguns quarteirões, devia estar chapada e não atendeu o celular. Pois é. O celular de Vicente continuava desligado, lembrei que ele disse que tava pra ficar sem bateria. Cheguei a pensar em acordar O Orientador, que também estava a poucas quadras, mas lembrei que ele ia viajar. Liguei para IS, afinal ela tinha ido embora não muito mais cedo que eu. Ela tava acordada, mandou eu ir que já arrumar minha cama e descolar uma camisola. Ela mora na Lapa.
Contei a história pro motorista do táxi, que riu da minha cara. Saí do fervo sem estar com o menor sono e doida pra beber até de manhã só pra gastar R$ 40 de táxi e desperdiçar mais de 1h de sono. Nisso já eram mais de 2h30.
Fudeu
Ontem já tava com o dedo anular direito dolorido. Tava uma merda pra digitar, mas dava pra segurar. Hoje acordei com todo o braço direito doendo pra caralho. Claro, como todo castigo pra corno é pouco, tô de plantão e tive que fazer quatro matérias de manhã. Amanhã tem mais. Caralhos. Não preciso dizer que terei que poupar meu braço e o blog, que não paga minhas contas, será o prejudicado.
Ontem já tava com o dedo anular direito dolorido. Tava uma merda pra digitar, mas dava pra segurar. Hoje acordei com todo o braço direito doendo pra caralho. Claro, como todo castigo pra corno é pouco, tô de plantão e tive que fazer quatro matérias de manhã. Amanhã tem mais. Caralhos. Não preciso dizer que terei que poupar meu braço e o blog, que não paga minhas contas, será o prejudicado.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Ressaquinha...
Ontem a festa foi ótima. O negócio é que começava cedo (era um jantar na verdade), cheguei lá de barriga vazia e mandei ver no vinho branco, que era forte. Quando o jantar foi servido já tava bebinha e antes de 23h já tava chamando urubu de meu lôro.
Lembro que comentei com Glorinha que podíamos esticar e ela foi chamar um amigo pra ir conosco pra Casa da Matriz. "Pode ser, só sei que fica em Botafogo. Mas vamos mais tarde, é cedo ainda". Nisso olhei o relógio e ainda faltavam 10 minutos pras 23h. Sem noção!
O amigo de Glorinha era divertido. Na hora do jantar rolava mó fila. Chamamos ele pra fumar um cigarro. "Pra sobremesa não tem fila. Vamos começar pelos doces?". Um homem que nos chama pra encher a cara de doce é divertido, né? Acabou que fumamos o cigarro, comemos a "janta" e depois emburacamos nos doces.
Como diz um amigo meu, bêbado acha que pode fazer coisas que na verdade não pode. Comi quase todas as sobremesas: musse de maracujá, torta de limão, torta de chocolate e alguma coisa de manga, que não sei o que era, mas tava bom. Logo eu que levo a vida fingindo que os doces não existem.
Sei que à meia-noite já távamos em casa, indo dormir completamente bêbadas. Vazamos sem dar tchau pro amigo de Glorinha, que deve ter achado que a gente era doida. Bobagem, né? De onde ele tirou uma idéia dessas?
Ontem a festa foi ótima. O negócio é que começava cedo (era um jantar na verdade), cheguei lá de barriga vazia e mandei ver no vinho branco, que era forte. Quando o jantar foi servido já tava bebinha e antes de 23h já tava chamando urubu de meu lôro.
Lembro que comentei com Glorinha que podíamos esticar e ela foi chamar um amigo pra ir conosco pra Casa da Matriz. "Pode ser, só sei que fica em Botafogo. Mas vamos mais tarde, é cedo ainda". Nisso olhei o relógio e ainda faltavam 10 minutos pras 23h. Sem noção!
O amigo de Glorinha era divertido. Na hora do jantar rolava mó fila. Chamamos ele pra fumar um cigarro. "Pra sobremesa não tem fila. Vamos começar pelos doces?". Um homem que nos chama pra encher a cara de doce é divertido, né? Acabou que fumamos o cigarro, comemos a "janta" e depois emburacamos nos doces.
Como diz um amigo meu, bêbado acha que pode fazer coisas que na verdade não pode. Comi quase todas as sobremesas: musse de maracujá, torta de limão, torta de chocolate e alguma coisa de manga, que não sei o que era, mas tava bom. Logo eu que levo a vida fingindo que os doces não existem.
Sei que à meia-noite já távamos em casa, indo dormir completamente bêbadas. Vazamos sem dar tchau pro amigo de Glorinha, que deve ter achado que a gente era doida. Bobagem, né? De onde ele tirou uma idéia dessas?
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
O mundo é estranho
Acho que terei que começar a ser dissimulada. Dura essa vida de locomotiva social e mulherzinha intragável, sabe? Acho que vou começar a me fazer de mulherzinha fresca e frágil.
Na sexta um perguntou se eu sou sapatão. No sábado um amigo de um amigo mal me conheceu já tava me tratando como homem. Tá, eu tenho muitos amigos e eles me tratam como igual, até gosto disso, mas recém conhecidos? Não que eu quisesse pegar o bruto, nada disso, mas sei lá, sabe? Fiquei pensando que assim nunca mais eu vou pegar ninguém, pelo menos ninguém sóbrio.
Semana que vem vou pintar as unhas e dar uma batida no meu armário pra ver as roupas de mulherzinha que tenho. Mas o negócio é meu jeito. Vou parar de falar palavrão, ameaçar apertar o saco dos caras e comentar a bunda das mulheres. Mas vocês tão pensando que eu não consigo? Rá! Lembro uma vez, há alguns anos, que encontrei com Vicente Magno saindo do jornal. Ele me perguntou se eu tava fantasiada. Eu tava de saia florida, sapato alto e toda paramentada. Respondi que não, que ia encontrar um bruto. Ele começou a rir. Contei que o bruto tadinho, dizia que eu era tão delicada que ele tinha até receio de me tocar, pois eu parecia uma bonequinha de louça. Rá! Vou voltar a bancar a bonequinha, nem que seja só por esporte.
Acho que terei que começar a ser dissimulada. Dura essa vida de locomotiva social e mulherzinha intragável, sabe? Acho que vou começar a me fazer de mulherzinha fresca e frágil.
Na sexta um perguntou se eu sou sapatão. No sábado um amigo de um amigo mal me conheceu já tava me tratando como homem. Tá, eu tenho muitos amigos e eles me tratam como igual, até gosto disso, mas recém conhecidos? Não que eu quisesse pegar o bruto, nada disso, mas sei lá, sabe? Fiquei pensando que assim nunca mais eu vou pegar ninguém, pelo menos ninguém sóbrio.
Semana que vem vou pintar as unhas e dar uma batida no meu armário pra ver as roupas de mulherzinha que tenho. Mas o negócio é meu jeito. Vou parar de falar palavrão, ameaçar apertar o saco dos caras e comentar a bunda das mulheres. Mas vocês tão pensando que eu não consigo? Rá! Lembro uma vez, há alguns anos, que encontrei com Vicente Magno saindo do jornal. Ele me perguntou se eu tava fantasiada. Eu tava de saia florida, sapato alto e toda paramentada. Respondi que não, que ia encontrar um bruto. Ele começou a rir. Contei que o bruto tadinho, dizia que eu era tão delicada que ele tinha até receio de me tocar, pois eu parecia uma bonequinha de louça. Rá! Vou voltar a bancar a bonequinha, nem que seja só por esporte.
E-mail faz feliz
Minha caixa postal está abarrotada e quem não responde sou eu. Não tô dando conta. É engraçado, às vezes passo meses sem receber um e-mail de leitor, ou só me escrevem os de sempre. Ultimamente tem tido e-mail de leitor novo todo dia!
Sorry, queridos. Amo vocês e prentendo responder TODOS, mas ando enroladíssima de trabalho e projeto paralelos, mal tô dando conta de blogar e manter a depilação em dia, quanto mais de responder e-mails. Sejam pacientes. ;)
Minha caixa postal está abarrotada e quem não responde sou eu. Não tô dando conta. É engraçado, às vezes passo meses sem receber um e-mail de leitor, ou só me escrevem os de sempre. Ultimamente tem tido e-mail de leitor novo todo dia!
Sorry, queridos. Amo vocês e prentendo responder TODOS, mas ando enroladíssima de trabalho e projeto paralelos, mal tô dando conta de blogar e manter a depilação em dia, quanto mais de responder e-mails. Sejam pacientes. ;)
Estão abertos os trabalhos
Começa hoje minha agenda de pista. Vou a um festão 0800 com uma amiga. Estou em dúvida se vou de vestido preto ou verde. Como vou direto do trabalho não vou ter tempo nem oportunidade de exibir uma toalete impecável, mas tudo bem, sou linda de qualquer jeito.
Ontem tinha o bota-fora de um queridíssimo, mas arreguei. Tinha acordado super cedo pros meus padrões e vinha numa batida de dormir uma média de 4 horas por noite há muitos dias. Tava com uma dor de cabeça do caralho e fui pra casa dormir.
Começa hoje minha agenda de pista. Vou a um festão 0800 com uma amiga. Estou em dúvida se vou de vestido preto ou verde. Como vou direto do trabalho não vou ter tempo nem oportunidade de exibir uma toalete impecável, mas tudo bem, sou linda de qualquer jeito.
Ontem tinha o bota-fora de um queridíssimo, mas arreguei. Tinha acordado super cedo pros meus padrões e vinha numa batida de dormir uma média de 4 horas por noite há muitos dias. Tava com uma dor de cabeça do caralho e fui pra casa dormir.
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
Pista
Uma amiga que também adora dançar (ela já largou um estágio porque ficava cansada pra ir pro forró) está recém solteira e firme na pista. Acabamos de combinar dançar pelo menos 50 vezes essa música:
Esse cara
Quem é esse homem que me consome
Não sei o seu nome ou número do telefone
Meu mundo pára toda vez que ele passa
Eu perco a fala, mas no fundo eu acho graça
O suor corre frio
Eu sinto um arrepio
O coração dispara um segundo vai a mil
Falo e não me calo
Faço o bem-me-quer
Eu jogo a moeda e seja o que Deus quiser
Um dia eu vou estar à toa
E você vai estar na mira
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil te dizer
O meu coração é um músculo involuntário
E ele pulsa por você
Um dia eu vou estar contigo
E você vai estar na minha
Esse cara
Hum.. Que me consome
Nem sei seu nome ou numero do telefone
Por ele me desfaço, não disfarço, não me acho
Eu não sou super-mulher, nem fui feita de aço
O suor corre frio
Eu sinto um arrepio
O coração dispara um segundo vai a mil
Falo e não me calo
Faço o bem-me-quer
Eu jogo a moeda e seja o que Deus quiser
Um dia eu vou estar à toa
E você vai estar na mira
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil te dizer
O meu coração é um músculo involuntário
E ele pulsa por você
Um dia eu vou estar contigo
E você vai estar na minha
(Que nego é esse?)
Que despertou meu interesse
(Que nego é esse?)
Que eu to ganhando há vários meses
(Que nego é esse?)
Não marco toca, não dou blefe
(Que nego é esse?)
Te pego qualquer dia desses
Deus de ébano, sua ginga é o melhor
Aaai eu me sinto tão só
Desafio a gravidade
O mundo gira gira à toa
Na certeza que um dia
Ficaremos numa boa
Eu sei.....
Um dia eu vou estar à toa
E você vai estar na mira
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil te dizer
O meu coração é um músculo involuntário
E ele pulsa por você
Um dia eu vou estar contigo
E você vai estar na minha
Se for atração
(eu não sei não)
E se for paixão
(eu não sei não)
Se for do coração
(eu não sei não)
Eu tô que tô
Tomada pela emoção
O suor corre frio
Eu sinto um arrepio
O coração dispara um segundo vai a mil
Falo e não me calo
Faço o bem-me-quer
Eu jogo a moeda e seja o que Deus quiser
Um dia eu vou estar à toa
E você vai estar na mira
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil te dizer
O meu coração é um músculo involuntário
E ele pulsa por você
Um dia eu vou estar contigo
E você vai estar na minha
Uma amiga que também adora dançar (ela já largou um estágio porque ficava cansada pra ir pro forró) está recém solteira e firme na pista. Acabamos de combinar dançar pelo menos 50 vezes essa música:
Esse cara
Quem é esse homem que me consome
Não sei o seu nome ou número do telefone
Meu mundo pára toda vez que ele passa
Eu perco a fala, mas no fundo eu acho graça
O suor corre frio
Eu sinto um arrepio
O coração dispara um segundo vai a mil
Falo e não me calo
Faço o bem-me-quer
Eu jogo a moeda e seja o que Deus quiser
Um dia eu vou estar à toa
E você vai estar na mira
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil te dizer
O meu coração é um músculo involuntário
E ele pulsa por você
Um dia eu vou estar contigo
E você vai estar na minha
Esse cara
Hum.. Que me consome
Nem sei seu nome ou numero do telefone
Por ele me desfaço, não disfarço, não me acho
Eu não sou super-mulher, nem fui feita de aço
O suor corre frio
Eu sinto um arrepio
O coração dispara um segundo vai a mil
Falo e não me calo
Faço o bem-me-quer
Eu jogo a moeda e seja o que Deus quiser
Um dia eu vou estar à toa
E você vai estar na mira
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil te dizer
O meu coração é um músculo involuntário
E ele pulsa por você
Um dia eu vou estar contigo
E você vai estar na minha
(Que nego é esse?)
Que despertou meu interesse
(Que nego é esse?)
Que eu to ganhando há vários meses
(Que nego é esse?)
Não marco toca, não dou blefe
(Que nego é esse?)
Te pego qualquer dia desses
Deus de ébano, sua ginga é o melhor
Aaai eu me sinto tão só
Desafio a gravidade
O mundo gira gira à toa
Na certeza que um dia
Ficaremos numa boa
Eu sei.....
Um dia eu vou estar à toa
E você vai estar na mira
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil te dizer
O meu coração é um músculo involuntário
E ele pulsa por você
Um dia eu vou estar contigo
E você vai estar na minha
Se for atração
(eu não sei não)
E se for paixão
(eu não sei não)
Se for do coração
(eu não sei não)
Eu tô que tô
Tomada pela emoção
O suor corre frio
Eu sinto um arrepio
O coração dispara um segundo vai a mil
Falo e não me calo
Faço o bem-me-quer
Eu jogo a moeda e seja o que Deus quiser
Um dia eu vou estar à toa
E você vai estar na mira
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe
Que é difícil te dizer
O meu coração é um músculo involuntário
E ele pulsa por você
Um dia eu vou estar contigo
E você vai estar na minha
Canícula medonha
Que delícia esse quentinho gostoso na canícula de São Sebastião!
Acordei mal humoradíssima, mas agora estou ótema. Tomei três chopinhos no almoço com O Orientador, rimos bastante e a vida ficou linda. Quer dizer, já tinha ficado linda antes, mas depois melhorou ainda mais.
Hoje dei aula pra uma turma dele de Teoria. Falei sobre pesquisa de campo, expliquei como construí minha pesquisa e a importância (e a delícia) de ir a campo, da observação participante, de se jogar na cidade, descobrir personagens. Também falei um pouco de teoria, apresentei uns conceitos que acho interessantes, mas a idéia era mostrar como eles são colados no cotidiano e como, se você escolheu um objeto que te instiga, a pesquisa flui sem (muita) dor.
Quarta que vem devo repetir a dose pra outra turma. Acho que vou aproveitar pra divulgar meus blogs também. :P
Que delícia esse quentinho gostoso na canícula de São Sebastião!
Acordei mal humoradíssima, mas agora estou ótema. Tomei três chopinhos no almoço com O Orientador, rimos bastante e a vida ficou linda. Quer dizer, já tinha ficado linda antes, mas depois melhorou ainda mais.
Hoje dei aula pra uma turma dele de Teoria. Falei sobre pesquisa de campo, expliquei como construí minha pesquisa e a importância (e a delícia) de ir a campo, da observação participante, de se jogar na cidade, descobrir personagens. Também falei um pouco de teoria, apresentei uns conceitos que acho interessantes, mas a idéia era mostrar como eles são colados no cotidiano e como, se você escolheu um objeto que te instiga, a pesquisa flui sem (muita) dor.
Quarta que vem devo repetir a dose pra outra turma. Acho que vou aproveitar pra divulgar meus blogs também. :P
terça-feira, 5 de dezembro de 2006
Domingo
Praia! Acordei com o torpedo da Ana Paula. "Praia? Me liga". Craro, cróvis! Fomos nós, lindas, louras e japonesas, tostar nossas belíssimas celulites ao sol da Barra da Tijuca. Tá, eu prefiro a praia de Ipanema, mas é bom circular por outros lugares.
Ventava pra caralho, a água estava um gelo e só tinha gente chata onde ficamos, mas foi ótemo. O sol tava quentinho, a areia morninha, o biscoito globo crocante e a coca light gelada. Quase perfeito.
Almoçamos e corremos pra casa pra não perder a matéria sobre o HTP no Domingo Espetacular. Humpf. Tomamos banho correndo num intervalo do programa, morrendo de medo de perder o grande momento. Humpf. Assistimos o programa das 18h às 21h. Pois é.
No final das contas foi um fim de semana divertido, apesar da decep~çaõ de domingo.
Praia! Acordei com o torpedo da Ana Paula. "Praia? Me liga". Craro, cróvis! Fomos nós, lindas, louras e japonesas, tostar nossas belíssimas celulites ao sol da Barra da Tijuca. Tá, eu prefiro a praia de Ipanema, mas é bom circular por outros lugares.
Ventava pra caralho, a água estava um gelo e só tinha gente chata onde ficamos, mas foi ótemo. O sol tava quentinho, a areia morninha, o biscoito globo crocante e a coca light gelada. Quase perfeito.
Almoçamos e corremos pra casa pra não perder a matéria sobre o HTP no Domingo Espetacular. Humpf. Tomamos banho correndo num intervalo do programa, morrendo de medo de perder o grande momento. Humpf. Assistimos o programa das 18h às 21h. Pois é.
No final das contas foi um fim de semana divertido, apesar da decep~çaõ de domingo.
O trem parou, rapaziada, tá na hora de tomar uma gelada...
Encontrei amiga Glorinha no metrô e rumamos para a gare da Central do Brasil, onde menino Pedro nos aguardava. Demos uma pinta rápida no show e fomos nos estapear por um bilhete pra entrar na plataforma. A fila era imensa e maior ainda a confusão na boca do guichê. Garota esperta, fui dar uma rosetada e descobri que no balcão de informações também estavam vendendo bilhetes - sem fila nem confusão.
Na plataforma 2, de onde saem os paradores, descobrimos que muita gente tinha deixado pra pegar o último trem. Os vagões estavam abarrotados. Fomos andando até o início da composição e, como não havia música, tinha lugar até pra sentar. Nos acomodamos conformados. Pedro reclamou que a saída tava marcada pras 21h40 e o trem só saiu às 21h. Sabe como é, né? Ele gosta de tudo homologado e protocolado em quatro vias carimbadas. Não é errado ser assim e a amizade continua a mesma. Rá! Né que o vagão foi enchendo e parou na nossa frente justamente o pessoal da Portela? Fomos vips, de camarote, de pé sem cima do banco (o vagão ficou tão abarrotado quanto os outros) cantando até Oswaldo Cruz.
Depois de vencer a procissão pra sair da estação, resolvemos ir direto pro Palco 2, na Átila da Silveira. Desencontramos Vicente, demos pinta, fomos ao banheiro químico e, antes que começassemos a dançar Pedro decretou que ia embora. Tinha um aniversário numa boate em Ipanema. "Pedro! Aquilo tem todo dia, aqui é só uma vez por ano". Ele argumentou que marca tantos compromissos que não dá conta. Ai, eu compreendo, essa vida de locomotiva social é realmente complicada. Depois de negociar com o taxista o traslado Oswaldo Cruz-Copacabana, com escala no Flamengo, Pedro e Glorinha foram embora. Voltei pra muvuca e logo encontrei Vicente e amigos. Pronto.
Sei que comemos surrasquinho, bebemos muita cerveja, falamos muita bobagem, demos pinta nos três palcos, nos jogamos e nos perdemos, flanando pelo emaranhado de ruas que eu desconhecia, mas fervilham atrás do Conjunto. Pulamos um murinho, enfiamos os pés em poças, atravessamos a pontezinha sórdida sobre o rio fétido. Claro que não havia coca light disponível, mas ainda assim adorei conhecer outros buracos, outros rodas de samba, outras esquinas.
Confesso que às 2h30 eu e Vic já não tinhamos mais pernas e fomos embora. Ano que vem pretendo dormir o dia inteiro pra poder me jogar nos pagodes até o dia clarear.
Encontrei amiga Glorinha no metrô e rumamos para a gare da Central do Brasil, onde menino Pedro nos aguardava. Demos uma pinta rápida no show e fomos nos estapear por um bilhete pra entrar na plataforma. A fila era imensa e maior ainda a confusão na boca do guichê. Garota esperta, fui dar uma rosetada e descobri que no balcão de informações também estavam vendendo bilhetes - sem fila nem confusão.
Na plataforma 2, de onde saem os paradores, descobrimos que muita gente tinha deixado pra pegar o último trem. Os vagões estavam abarrotados. Fomos andando até o início da composição e, como não havia música, tinha lugar até pra sentar. Nos acomodamos conformados. Pedro reclamou que a saída tava marcada pras 21h40 e o trem só saiu às 21h. Sabe como é, né? Ele gosta de tudo homologado e protocolado em quatro vias carimbadas. Não é errado ser assim e a amizade continua a mesma. Rá! Né que o vagão foi enchendo e parou na nossa frente justamente o pessoal da Portela? Fomos vips, de camarote, de pé sem cima do banco (o vagão ficou tão abarrotado quanto os outros) cantando até Oswaldo Cruz.
Depois de vencer a procissão pra sair da estação, resolvemos ir direto pro Palco 2, na Átila da Silveira. Desencontramos Vicente, demos pinta, fomos ao banheiro químico e, antes que começassemos a dançar Pedro decretou que ia embora. Tinha um aniversário numa boate em Ipanema. "Pedro! Aquilo tem todo dia, aqui é só uma vez por ano". Ele argumentou que marca tantos compromissos que não dá conta. Ai, eu compreendo, essa vida de locomotiva social é realmente complicada. Depois de negociar com o taxista o traslado Oswaldo Cruz-Copacabana, com escala no Flamengo, Pedro e Glorinha foram embora. Voltei pra muvuca e logo encontrei Vicente e amigos. Pronto.
Sei que comemos surrasquinho, bebemos muita cerveja, falamos muita bobagem, demos pinta nos três palcos, nos jogamos e nos perdemos, flanando pelo emaranhado de ruas que eu desconhecia, mas fervilham atrás do Conjunto. Pulamos um murinho, enfiamos os pés em poças, atravessamos a pontezinha sórdida sobre o rio fétido. Claro que não havia coca light disponível, mas ainda assim adorei conhecer outros buracos, outros rodas de samba, outras esquinas.
Confesso que às 2h30 eu e Vic já não tinhamos mais pernas e fomos embora. Ano que vem pretendo dormir o dia inteiro pra poder me jogar nos pagodes até o dia clarear.
Que bom que tenho amigos
Além de não ficar abandonada em banheiros públicos, meus amigos cuidam do meu bem estar também. Eu tinha combinado almoçar com a minha mãe, mas não tinha forças pra sair. Narinha sentenciou: é fraqueza. Me deu uma sopinha de pacote pra dar uma levantada e depois me levou pra almoçar e avisou "tu precisa de sustança, que não come carne que nada". Pedimos um churrasco misto e né que terminei o almoço outra pessoa?!
Foi o tempo de voltar pra casa, tomar banho, me arrumar e seguir pro Trem do Samba!
Além de não ficar abandonada em banheiros públicos, meus amigos cuidam do meu bem estar também. Eu tinha combinado almoçar com a minha mãe, mas não tinha forças pra sair. Narinha sentenciou: é fraqueza. Me deu uma sopinha de pacote pra dar uma levantada e depois me levou pra almoçar e avisou "tu precisa de sustança, que não come carne que nada". Pedimos um churrasco misto e né que terminei o almoço outra pessoa?!
Foi o tempo de voltar pra casa, tomar banho, me arrumar e seguir pro Trem do Samba!
Decadência, teu nome é Roberta
Não sei quanto tempo fiquei sentada em cima da tampa do vaso, com a cabeça encostada na parede, vomitando na lata de lixo, mas sei que vomitei muito. Percebi que o som parou e acenderam as luzes fora do banheiro. Na minha cabeça de bêbada surgiu o medo que trancassem a casa e me esquecessem lá. Claro que iam limpar o banheiro e me achar, mas sabe como é bêbado, né?
Consegui reunir forçar pra catar o celular dentro da bolsa e ir até o nome do meu amigo DJ. "Tô no banheiro, me pega aqui". Ele me resgatou e me desovou em casa. Até entrei no prédio andando!
Tomei um banho e desmaiei. Acordei à 1h tonta, como fome e estômago embrulhado.
Não sei quanto tempo fiquei sentada em cima da tampa do vaso, com a cabeça encostada na parede, vomitando na lata de lixo, mas sei que vomitei muito. Percebi que o som parou e acenderam as luzes fora do banheiro. Na minha cabeça de bêbada surgiu o medo que trancassem a casa e me esquecessem lá. Claro que iam limpar o banheiro e me achar, mas sabe como é bêbado, né?
Consegui reunir forçar pra catar o celular dentro da bolsa e ir até o nome do meu amigo DJ. "Tô no banheiro, me pega aqui". Ele me resgatou e me desovou em casa. Até entrei no prédio andando!
Tomei um banho e desmaiei. Acordei à 1h tonta, como fome e estômago embrulhado.
Relatório de pista
Depois ir trabalhar semi-virada na sexta passada, na ressaca do aniversário de Glorinha, me acabei de dançar até o sábado clarear, como convém a uma locomotiva social. Saí do trabalho, tomei um banhinho e rumei pra Lapa. Encontrei amiga K. no Beco do Rato. Cervejota pra lá, cervejota pra cá, rumamos pra certo cafofo sórdido de Botafogo, onde um amigo meu tava tocando.
Chegamos por volta de 1h e a casa ainda tava meio vazia. Subimos, descemos e minha amiga não levou fé, preferiu voltar pra Lapa. Avisei que lá entra gente até de manhã, eu mesma já cheguei às 4h. Adepta dos rapazes hippies tardios, quase mendigos e militantes do PSTU, ela preferiu voltar pro Beco pra socializar com os sujinhos. Tô fora.
A casa foi enchendo e ficou ótema, cheia na proporção perfeita pra se poder dançar à vontade. Dancei e moito. Bebi e fumei. Me diverti realmente. Lá pelas tantas chega um carinha com um aspecto beeem chapado. Minha amiga fala algo como "olha o fulano! Vc e ele!" e me apresenta. Era a deixa pra eu pegar o bruto, mas nesse momento eu não tinha condições de articular palavras ou me mover. Completamente chapada fiquei olhando pra ele e pensando "Fulano... nome de anjo. Adoro homem com nome de anjo..."
Depois de ficar me olhando inerte, o pobre tentou andar. Num arroubo de agilidade, segurei o braço dele. Não consegui falar nada. Deixei ele ir e fui pro banheiro vomitar.
Depois ir trabalhar semi-virada na sexta passada, na ressaca do aniversário de Glorinha, me acabei de dançar até o sábado clarear, como convém a uma locomotiva social. Saí do trabalho, tomei um banhinho e rumei pra Lapa. Encontrei amiga K. no Beco do Rato. Cervejota pra lá, cervejota pra cá, rumamos pra certo cafofo sórdido de Botafogo, onde um amigo meu tava tocando.
Chegamos por volta de 1h e a casa ainda tava meio vazia. Subimos, descemos e minha amiga não levou fé, preferiu voltar pra Lapa. Avisei que lá entra gente até de manhã, eu mesma já cheguei às 4h. Adepta dos rapazes hippies tardios, quase mendigos e militantes do PSTU, ela preferiu voltar pro Beco pra socializar com os sujinhos. Tô fora.
A casa foi enchendo e ficou ótema, cheia na proporção perfeita pra se poder dançar à vontade. Dancei e moito. Bebi e fumei. Me diverti realmente. Lá pelas tantas chega um carinha com um aspecto beeem chapado. Minha amiga fala algo como "olha o fulano! Vc e ele!" e me apresenta. Era a deixa pra eu pegar o bruto, mas nesse momento eu não tinha condições de articular palavras ou me mover. Completamente chapada fiquei olhando pra ele e pensando "Fulano... nome de anjo. Adoro homem com nome de anjo..."
Depois de ficar me olhando inerte, o pobre tentou andar. Num arroubo de agilidade, segurei o braço dele. Não consegui falar nada. Deixei ele ir e fui pro banheiro vomitar.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
Agenda semanal de pista
Meu horóscopo me aconselhava a dar um tempo nos compromissos sociais e me poupar. Vou acatar, vou marcar apenas uma pista por dia essa semana e só a partir de quarta. Nem vem que terça vou dormir cedo!
Quarta tenho um bota-fora; quinta tenho um festão; sexta tem ensaio técnico do Império Serrano na Sapucaí; sábado... tô livre e domingo... chope com amiga Glorinha.
Meu horóscopo me aconselhava a dar um tempo nos compromissos sociais e me poupar. Vou acatar, vou marcar apenas uma pista por dia essa semana e só a partir de quarta. Nem vem que terça vou dormir cedo!
Quarta tenho um bota-fora; quinta tenho um festão; sexta tem ensaio técnico do Império Serrano na Sapucaí; sábado... tô livre e domingo... chope com amiga Glorinha.
Outros blogs II
Já decidi reativar meus Classificados Estranhos, mas também estou namorando a idéia de criar outro blog. Nesse outro trataria apenas da minha vida acadêmica. Os encontros do grupo de pesquisa que faço parte - o CAC - recomeçaram semana passada e estou animadíssima. Além disso, no próximo semestre devo começar como ouvinte no programa de doutorado no qual pretendo entrar. Tô pensando em criar um blog pra contar minhas peripécias de wannabe doutoranda e, na fé de zambi, de doutoranda em futuro próximo. Falarei dos textos que leio, do que estou produzindo, minhas agruras e alegrias. Como só vou pensar no projeto ano que vem vou amadurecer melhor a idéia.
Já decidi reativar meus Classificados Estranhos, mas também estou namorando a idéia de criar outro blog. Nesse outro trataria apenas da minha vida acadêmica. Os encontros do grupo de pesquisa que faço parte - o CAC - recomeçaram semana passada e estou animadíssima. Além disso, no próximo semestre devo começar como ouvinte no programa de doutorado no qual pretendo entrar. Tô pensando em criar um blog pra contar minhas peripécias de wannabe doutoranda e, na fé de zambi, de doutoranda em futuro próximo. Falarei dos textos que leio, do que estou produzindo, minhas agruras e alegrias. Como só vou pensar no projeto ano que vem vou amadurecer melhor a idéia.
Outros blogs
Hoje chegou mais um informativo da Ala Devotos do Samba, onde desfilo defendendo a honra e a glória da Corte Imperial. Sou uma das "Devotas mais devotas" e vou ganhar até carteirinha, viu? Mas o caso não é esse. O negócio é que, além das instruções para pagamento da fantasia, o e-mail alertava para o lançamento do livro do Marcelo Moutinho, outro devoto muito devoto e sugeria uma visita ao blog dele. Fui lá e adorei, se eu fosse você ia também. O endereço é http://pentimento.zip.net/
Hoje chegou mais um informativo da Ala Devotos do Samba, onde desfilo defendendo a honra e a glória da Corte Imperial. Sou uma das "Devotas mais devotas" e vou ganhar até carteirinha, viu? Mas o caso não é esse. O negócio é que, além das instruções para pagamento da fantasia, o e-mail alertava para o lançamento do livro do Marcelo Moutinho, outro devoto muito devoto e sugeria uma visita ao blog dele. Fui lá e adorei, se eu fosse você ia também. O endereço é http://pentimento.zip.net/
Não foi dessa vez
Bem que eu tentei, mas meu último naco de vergonha na cara continua intacto. Tirei a máscara de palhaça, motrei a cara numa entrevista sobre o HTP, mas na edição do programa a matéria caiu. Não foi dessa vez que vocês puderam conferir a beleza e graça da minha tez morena, minha voz de sereia e meu sorriso enebriante. Menos mal, já tenho muito pretendentes apaixonados - ia ser difícil gerenciar todos os convites para aparecer em programas, declinar educamente os pedidos de casamento e ainda ajeitar uma ida à Ilha de Caras.
Bem que eu tentei, mas meu último naco de vergonha na cara continua intacto. Tirei a máscara de palhaça, motrei a cara numa entrevista sobre o HTP, mas na edição do programa a matéria caiu. Não foi dessa vez que vocês puderam conferir a beleza e graça da minha tez morena, minha voz de sereia e meu sorriso enebriante. Menos mal, já tenho muito pretendentes apaixonados - ia ser difícil gerenciar todos os convites para aparecer em programas, declinar educamente os pedidos de casamento e ainda ajeitar uma ida à Ilha de Caras.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
Pérolas de Pedro
Tava no tel com Pedro (ele é completamente viciado em celular) e comentei alguma coisa. "Eu li no blog!". Ai, que delícia ser famosa.
– Agora virou meu leitor, né?
– Ai, é viciante. Eu leio todo dia. Quando você não posta eu fico ansioso "que droga ela não escreveu nada hoje".
Ai, ai, ai... como é dura essa vida de blogstar. ;)
Tava no tel com Pedro (ele é completamente viciado em celular) e comentei alguma coisa. "Eu li no blog!". Ai, que delícia ser famosa.
– Agora virou meu leitor, né?
– Ai, é viciante. Eu leio todo dia. Quando você não posta eu fico ansioso "que droga ela não escreveu nada hoje".
Ai, ai, ai... como é dura essa vida de blogstar. ;)
"Os lugares íntimos são tantos quantos as ocasiões em que as pessoas verdadeiramente estabelecem contato. Como são estes lugares? São transitórios e pessoais. Podem ficar gravados no mais profundo da memória e, cada vez que são lembrados, produzem intensa satisfação, mas não são guardados como instantâneos o álbum da família nem percebidos como símbolos comuns."
TUAN, Yi-Fu. Topofilia. Um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980.
TUAN, Yi-Fu. Topofilia. Um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980.
II. A Cultura como intrumento de resignificação espacial – Samba e Cidade
De acordo com o geógrafo humanista chinês, Yi-Fu Tuan (1983), as idéias de espaço e lugar não podem ser definidas uma sem a outra, tanto que na experiência o significado de espaço freqüentemente se funde com o de lugar. O conceito de "espaço" é mais abstrato do que o de "lugar", o que começa como espaço indiferenciado pode se transformar em lugar à medida que o conhecemos melhor e o dotamos de valor. O espaço passa a ser um lugar à medida que adquire significado. O lugar é um centro de significados construído pela experiência. A esse elo que une o indivíduo ao lugar Tuan chamou de "topofilia", a afeição pelo lugar.
Tuan reconhece que grande parte da importância do conceito reside em sua amplitude: inclui todos os laços afetivos dos indivíduos com o meio ambiente material, podendo diferir em intensidade, sutileza e modo de expressão. A topofilia pode surgir como resposta a um estímulo estético ou tátil, no entanto, mais profundo e difícil de expressar seriam os sentimentos que temos para com um lugar quando construídos pela vivência cotidiana. "A topofilia não é a emoção humana mais forte. Quando é irresistível, podemos estar certos de que o lugar ou meio ambiente é o veículo de acontecimentos emocionalmente fortes ou é percebido como símbolo." (1980, p.5).
Outro trecho da minha dissertação de mestrado.
De acordo com o geógrafo humanista chinês, Yi-Fu Tuan (1983), as idéias de espaço e lugar não podem ser definidas uma sem a outra, tanto que na experiência o significado de espaço freqüentemente se funde com o de lugar. O conceito de "espaço" é mais abstrato do que o de "lugar", o que começa como espaço indiferenciado pode se transformar em lugar à medida que o conhecemos melhor e o dotamos de valor. O espaço passa a ser um lugar à medida que adquire significado. O lugar é um centro de significados construído pela experiência. A esse elo que une o indivíduo ao lugar Tuan chamou de "topofilia", a afeição pelo lugar.
Tuan reconhece que grande parte da importância do conceito reside em sua amplitude: inclui todos os laços afetivos dos indivíduos com o meio ambiente material, podendo diferir em intensidade, sutileza e modo de expressão. A topofilia pode surgir como resposta a um estímulo estético ou tátil, no entanto, mais profundo e difícil de expressar seriam os sentimentos que temos para com um lugar quando construídos pela vivência cotidiana. "A topofilia não é a emoção humana mais forte. Quando é irresistível, podemos estar certos de que o lugar ou meio ambiente é o veículo de acontecimentos emocionalmente fortes ou é percebido como símbolo." (1980, p.5).
Outro trecho da minha dissertação de mestrado.
"O espaço não é para o vivido um simples quadro e como o sujeito vive através de um modo de apropriação, a atividade prática vai mudando constantemente o espaço e os seus significados, marcando e renomeando os lugares, acrescentando, por sua vez, traços novos e distintos que trazem novos valores, presos aos trajetos construídos e percorridos."
"São as relações que criam o sentido dos "lugares" da metrópole. Isto porque o lugar só pode ser compreendido em suas referências, que não são específicas de uma função ou de uma forma, mas produzidas por uma conjunto de sentidos, impressos pelo uso."
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.
"São as relações que criam o sentido dos "lugares" da metrópole. Isto porque o lugar só pode ser compreendido em suas referências, que não são específicas de uma função ou de uma forma, mas produzidas por uma conjunto de sentidos, impressos pelo uso."
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.
III. O Dia Nacional do Samba
Quinta-feira, 2 de dezembro de 2004, fim da tarde nas cercanias da Central do Brasil. Como todos os dias, milhares de pessoas se dirigem ao terminal ferroviário. Várias vêm pelo Metrô, centenas descem dos ônibus e, apesar da chuva fina, muitas caminham em direção à estação. A cena é rotineira, mas hoje é diferente. Se as roupas não chegam a mudar muito, o clima é totalmente outro. No lugar do cansaço de um dia de trabalho, animação. No lugar da pressa de chegar em casa, ansiedade pelo que será a noite, afinal dia 2 de dezembro é o Dia Nacional do Samba.
O terminal, um dos maiores do país, por onde passam cerca de 600 mil passageiros por dia , uma vez por ano recebe uma turba diferente. Já do Panteão de Caxias se ouve o batuque do samba. Melhor apressar o passo. O “esquenta” no palco montado em frente à entrada principal da gare está animado. Nas plataformas o tumulto é em ritmo de bloco. A multidão não é composta apenas de trabalhadores voltando aos subúrbios após o dia de trabalho, há pessoas de todos os bairros, alguns vindos direto do trabalho, outros da aula, muitos saídos de casa, arrumados para a festa. Cinco trens, com oito vagões cada, vão levar quase dez mil pessoas à Oswaldo Cruz , lugar onde não existe uma agência bancária ou dos Correios, sem prédios oficiais ou sedes de empresas, nem mesmo hospitais, clínicas ou postos de saúde há. No entanto, uma vez por ano, o pacato bairro residencial se torna talvez a segunda maior centralidade da cidade do Rio de Janeiro .
Em 1996 o grupo de jovens sambistas do movimento "Acorda Oswaldo Cruz", preocupados com a decadência do bairro e liderados pelo compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, criaram o evento revivendo a viagem que, no início do século XX, Paulo Benjamin de Oliveira, o Paulo da Portela , fazia todos os dias ao voltar do trabalho. Paulo trabalhava na Lapa e pegava o trem das 18h04, na Central do Brasil e descia em Oswaldo Cruz.
Na época de Paulo da Portela, o samba era perseguido pelas autoridades oficiais, e o único lugar onde podiam compor, cantar e combinar o carnaval era dentro do trem. A Portela ainda não tinha sede. Como Paulo era o líder dos sambistas e voltava para casa no trem que saía às 18h04 em direção à Deodoro, todos iam ao seu encontro, alguns nem sequer trabalhavam no Centro, mas pegavam o trem apenas para fazer samba da Central à Oswaldo Cruz. Em 1996, quando resolveram reeditar o "Trem do Samba", os sambistas ocuparam apenas alguns bancos do último vagão do mesmo trem das 18h04.
Apesar de portelense ter nascido, Marquinhos de Oswaldo Cruz conta que nem sequer sabia da história de que Paulo da Portela fazia samba no trem das 18h04, sabia apenas que era tradição vir cantando sambas quando o carnaval estava próximo. Quando teve a idéia de fazer um "trem do samba" chegou a se valer da cultura como recurso "inventado" que seria uma homenagem à Candeia, que teria feito 60 anos se fosse vivo. Segundo Marquinhos, era preciso um motivo para convencer até mesmo os sambistas de outras localidades a ir para Oswaldo Cruz. Assim foi reinventada a tradição de comemorar o Dia Nacional do Samba com um pagode no trem. Somente alguns anos depois Marquinhos soube que os fundadores da Portela faziam o mesmo no início do século.
Hoje o samba não é mais perseguido, pelo contrário, é festejado, e não são necessárias mais "histórias" para convencer ninguém de ir comemorar o Dia Nacional do Samba em Oswaldo Cruz. Lá, milhares de outras pessoas aguardam as que vêm de trem. São os moradores da região que vieram à pé, os dos bairros vizinhos lotando os ônibus e ainda outros que chegam em carros e vans, apesar de não saberem onde vão conseguir estacionar. Shows em três palcos, rodas de samba programadas e outras surgidas espontaneamente do "lado de cá" e do "lado de lá". Até o clarear do dia 35 mil pessoas circularão pelas ruas mal conservadas, bebendo cerveja, cantando, interagindo. Não há organização ligada à administração pública ou governos, apenas a dos moradores e sambistas. O trânsito não é interrompido, não há policiamento ou estacionamento. Banheiros químicos apareceram pela primeira vez na edição de 2005. Ninguém se importa. Muitas dessas pessoas só vêm à Oswaldo Cruz no dia 2 de dezembro, provavelmente jamais viriam se não fosse o Trem do Samba. Há quem chegue, olhe da estação mesmo e volte em outro trem. Há quem deambule pelo bairro sem saber muito bem para onde ir e acabe voltando. Há uns precavidos que levam "mapas" publicados nos jornais para tentar achar as rodas de samba. Há alguns disputando os poucos táxis que se aventuram na confusão. Há quem fique até alta madrugada, há quem amanheça na roda de samba e vá trabalhar virado na sexta-feira e há ainda quem durma em algum canteiro e acorde com o sol do no rosto.
Assim, Oswaldo Cruz se insere em um mapa especial da cidade, na cartografia afetiva construída no cotidiano dos atores sociais. O jogo da cultura, da força da expressão popular, diz que um lugar existe. Sua existência irá marcar profundamente a identidade do território.
Trecho da minha dissertação de mestrado.
Quinta-feira, 2 de dezembro de 2004, fim da tarde nas cercanias da Central do Brasil. Como todos os dias, milhares de pessoas se dirigem ao terminal ferroviário. Várias vêm pelo Metrô, centenas descem dos ônibus e, apesar da chuva fina, muitas caminham em direção à estação. A cena é rotineira, mas hoje é diferente. Se as roupas não chegam a mudar muito, o clima é totalmente outro. No lugar do cansaço de um dia de trabalho, animação. No lugar da pressa de chegar em casa, ansiedade pelo que será a noite, afinal dia 2 de dezembro é o Dia Nacional do Samba.
O terminal, um dos maiores do país, por onde passam cerca de 600 mil passageiros por dia , uma vez por ano recebe uma turba diferente. Já do Panteão de Caxias se ouve o batuque do samba. Melhor apressar o passo. O “esquenta” no palco montado em frente à entrada principal da gare está animado. Nas plataformas o tumulto é em ritmo de bloco. A multidão não é composta apenas de trabalhadores voltando aos subúrbios após o dia de trabalho, há pessoas de todos os bairros, alguns vindos direto do trabalho, outros da aula, muitos saídos de casa, arrumados para a festa. Cinco trens, com oito vagões cada, vão levar quase dez mil pessoas à Oswaldo Cruz , lugar onde não existe uma agência bancária ou dos Correios, sem prédios oficiais ou sedes de empresas, nem mesmo hospitais, clínicas ou postos de saúde há. No entanto, uma vez por ano, o pacato bairro residencial se torna talvez a segunda maior centralidade da cidade do Rio de Janeiro .
Em 1996 o grupo de jovens sambistas do movimento "Acorda Oswaldo Cruz", preocupados com a decadência do bairro e liderados pelo compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, criaram o evento revivendo a viagem que, no início do século XX, Paulo Benjamin de Oliveira, o Paulo da Portela , fazia todos os dias ao voltar do trabalho. Paulo trabalhava na Lapa e pegava o trem das 18h04, na Central do Brasil e descia em Oswaldo Cruz.
Na época de Paulo da Portela, o samba era perseguido pelas autoridades oficiais, e o único lugar onde podiam compor, cantar e combinar o carnaval era dentro do trem. A Portela ainda não tinha sede. Como Paulo era o líder dos sambistas e voltava para casa no trem que saía às 18h04 em direção à Deodoro, todos iam ao seu encontro, alguns nem sequer trabalhavam no Centro, mas pegavam o trem apenas para fazer samba da Central à Oswaldo Cruz. Em 1996, quando resolveram reeditar o "Trem do Samba", os sambistas ocuparam apenas alguns bancos do último vagão do mesmo trem das 18h04.
Apesar de portelense ter nascido, Marquinhos de Oswaldo Cruz conta que nem sequer sabia da história de que Paulo da Portela fazia samba no trem das 18h04, sabia apenas que era tradição vir cantando sambas quando o carnaval estava próximo. Quando teve a idéia de fazer um "trem do samba" chegou a se valer da cultura como recurso "inventado" que seria uma homenagem à Candeia, que teria feito 60 anos se fosse vivo. Segundo Marquinhos, era preciso um motivo para convencer até mesmo os sambistas de outras localidades a ir para Oswaldo Cruz. Assim foi reinventada a tradição de comemorar o Dia Nacional do Samba com um pagode no trem. Somente alguns anos depois Marquinhos soube que os fundadores da Portela faziam o mesmo no início do século.
Hoje o samba não é mais perseguido, pelo contrário, é festejado, e não são necessárias mais "histórias" para convencer ninguém de ir comemorar o Dia Nacional do Samba em Oswaldo Cruz. Lá, milhares de outras pessoas aguardam as que vêm de trem. São os moradores da região que vieram à pé, os dos bairros vizinhos lotando os ônibus e ainda outros que chegam em carros e vans, apesar de não saberem onde vão conseguir estacionar. Shows em três palcos, rodas de samba programadas e outras surgidas espontaneamente do "lado de cá" e do "lado de lá". Até o clarear do dia 35 mil pessoas circularão pelas ruas mal conservadas, bebendo cerveja, cantando, interagindo. Não há organização ligada à administração pública ou governos, apenas a dos moradores e sambistas. O trânsito não é interrompido, não há policiamento ou estacionamento. Banheiros químicos apareceram pela primeira vez na edição de 2005. Ninguém se importa. Muitas dessas pessoas só vêm à Oswaldo Cruz no dia 2 de dezembro, provavelmente jamais viriam se não fosse o Trem do Samba. Há quem chegue, olhe da estação mesmo e volte em outro trem. Há quem deambule pelo bairro sem saber muito bem para onde ir e acabe voltando. Há uns precavidos que levam "mapas" publicados nos jornais para tentar achar as rodas de samba. Há alguns disputando os poucos táxis que se aventuram na confusão. Há quem fique até alta madrugada, há quem amanheça na roda de samba e vá trabalhar virado na sexta-feira e há ainda quem durma em algum canteiro e acorde com o sol do no rosto.
Assim, Oswaldo Cruz se insere em um mapa especial da cidade, na cartografia afetiva construída no cotidiano dos atores sociais. O jogo da cultura, da força da expressão popular, diz que um lugar existe. Sua existência irá marcar profundamente a identidade do território.
Trecho da minha dissertação de mestrado.
É amanhã!
Dia 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba, dia do "Pagode do Trem" ou "Trem do Samba", como preferirem. É claro que estarei lá, totalmente pinto no lixo, indo de um palco para outro até o dia clarear. A vangatem é que esse ano não preciso fazer trabalho de campo, não vou "em nível" de pesquisadora! Claro, não dá pra evitar certos vícios, mas que vou tratar de me embebedar e aproveitar muito não tenham dúvida.
Acho que vai ser muito emocionante. Afinal, esse evento que só acontece uma vez por ano fez parte da minha vida durante todos os dias dos últimos 30 meses - período que levei pra concluir meu mestrado.
"O trem parou rapaziada, tá hora de tomar uma gelada", já dizia Marquinhos de Oswaldo Cruz.
Dia 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba, dia do "Pagode do Trem" ou "Trem do Samba", como preferirem. É claro que estarei lá, totalmente pinto no lixo, indo de um palco para outro até o dia clarear. A vangatem é que esse ano não preciso fazer trabalho de campo, não vou "em nível" de pesquisadora! Claro, não dá pra evitar certos vícios, mas que vou tratar de me embebedar e aproveitar muito não tenham dúvida.
Acho que vai ser muito emocionante. Afinal, esse evento que só acontece uma vez por ano fez parte da minha vida durante todos os dias dos últimos 30 meses - período que levei pra concluir meu mestrado.
"O trem parou rapaziada, tá hora de tomar uma gelada", já dizia Marquinhos de Oswaldo Cruz.
É sexta!
Tô semi-virada, semi-ressacada, com muito sono, mas com muita pilha pra sair hoje.
Ontem fui com Ana Paula e Kelly pra festa de Glorinha. Tava ótima, mas um pouco vazia por causa da chuva. Dançamos, bebemos, rimos, o de sempre. Amiga Valesca chegou tarde, linda num vestido azul florido, mas disfarçada: cortou uma franja, quase não reconheci.
Ana e Kelly arregaram cedo pois tinha compromissos matinais. Eu e Val seguimos firmes. Encontramos um amigo dela e fomos comer uma pizza. A pizarria fechou e fomos pro Nova Capela. Bebemos, rimos, trocamos quase-segredos, confissões inconfessáveis e conselhos sentimentais, além de algumas maledicências, é claro, até o dia clarear. Fechamos o Capela. Confesso que lá pelas tantas parei de beber ou não agüentaria sair hoje de novo.
É isso aí amigos, dormi das 6h às 10h, com algums interrupções. Estou com um sono do caralho, mas pista que segue!
Tô semi-virada, semi-ressacada, com muito sono, mas com muita pilha pra sair hoje.
Ontem fui com Ana Paula e Kelly pra festa de Glorinha. Tava ótima, mas um pouco vazia por causa da chuva. Dançamos, bebemos, rimos, o de sempre. Amiga Valesca chegou tarde, linda num vestido azul florido, mas disfarçada: cortou uma franja, quase não reconheci.
Ana e Kelly arregaram cedo pois tinha compromissos matinais. Eu e Val seguimos firmes. Encontramos um amigo dela e fomos comer uma pizza. A pizarria fechou e fomos pro Nova Capela. Bebemos, rimos, trocamos quase-segredos, confissões inconfessáveis e conselhos sentimentais, além de algumas maledicências, é claro, até o dia clarear. Fechamos o Capela. Confesso que lá pelas tantas parei de beber ou não agüentaria sair hoje de novo.
É isso aí amigos, dormi das 6h às 10h, com algums interrupções. Estou com um sono do caralho, mas pista que segue!
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