quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Hoje tentei trocar dois dos meus presentes de aniversário antes de ir pro trabalho. Uma blusa que ficou grande e um colar que não gostei muito. Não logrei êxito em nenhuma das duas empreitadas.
Como azar pouco é bobagem, mal entrei no ônibus indo pra repartição arrebentou a alça do meu vestido. Quase paguei peitinho no coletivo. Na verdade o trocinho de plástico onde a alça corria quebrou. Consegui executar uma medida paliativa até chegar na repartição. Lá, fui obrigada a chafurdar no esquema de troca de favores das secretárias e, após alguns telefonemas, me surgiram com uma caixinha de costura.
Cena ridícula II: Roberta Carvalho trancada no banheiro da repartição, sentada de calcinha em cima da tampa da privada, costurando as alças do vestido.
Depois de costurar as alças, a parte quebrada do trocinho tava espetando minhas costas.
Cena ridícula III: eu de pé no meio da repartição enquanto o rapaz do fax me fazia a gentileza de, na ausência de uma tesoura, serrar com uma faca o trocinho quebrado.
Logrei êxito e agora vou tomar uma cerveja que eu mereço.
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Pior só O Orientador, que ligou não sei quantos dias depois e cantou no telefone "parabéns pra você, por aquela data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida". Bom, podia ser pior, ele podia pensar que meu aniversário era naquele dia.
Eu tinha pensado em me dar ao luxo de dar chilique com meus amigos que não ligaram no dia do meu anviersário, afinal se leitores que nunca me viram me ligaram vááárias vezes, dos amigos o mínimo que eu podia exigir era um "parabéns, pangaré". Tinha pensado mas desisti, né? Com esse bando de seqüelados que tenho por amigos...
Hoje eu tava no MSN na espreita de um certo palhaço que não apareceu quando pula uma janelinha. Era Pedro. O cara de pau só hoje veio me dar parabéns pelo meu aniversário. Ok. Chamei pro chope de quarta e perguntou quem ia. Eu, oras!
Não contente ainda reclamou. "Estive no blog. Desanimaaaado...."
Pedro já foi melhor amigo.
Ah, o que seria de mim sem os conselhos do Tarot Personare?
Abrindo-se a novas oportunidades
O 7 de Ouros emerge do Tarot como arcano de aconselhamento para você neste momento, Roberta, sugerindo que neste momento é preciso que você reconheça que a vida é muito mais ampla do que muitas vezes percebemos. Muitas vezes nos limitamos indevidamente, achando que nossas opções são restritas, quando estamos redondamente enganados, ignorando a extensão de nossas reais possibilidades. Enfiamos na cabeça que queremos uma coisa, mas não nos damos conta de que há outras tantas muito melhores ao redor. Procure olhar com mais atenção ao seu redor e você enxergará possibilidades e portas que não havia reparado antes.
Conselho: Olhar pro lado é descobrir o ouro oculto!
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
domingo, 25 de fevereiro de 2007
Como de costume, da repartição fui pra casa de Quéli. Fizemos e comemos pizza, bebemos umas cervejotas, falamos da vida. Depois de colocadas, descemos pra ver qual era. Ainda pegamos o bloco Só Tamborins antes de virar a Gomes Freire. Nos misturamos ao bloco e encontramos Clari&Alice.
Seguimos os quatro até o bloco se dispersar de volta à Joaquim Silva. Ficamos por lá tomando mais umas cervejotas. Quéli cansou e foi pra casa. Eu, Clari e Alice fomos pra Taberna. Alguns chopes e chegaram HV, Cassiano e o Novo Amigo Estranho. Depois chegou a Amiga Muito Estranha do Amigo Estranho.
Clari e Alice cansaram e foram pra casa. Eu, HV e Cassiano fomos pro Antonio's, porque o gerente, que era do Belcopa, é amigo dele. Aliás, parece que todo mundo veio do Belcopa. Digamos que o chope é bem tirado e os sanduíches são bons, melhores que os da Taberna.
Rimos, falamos mal dos outros e bem da vida, fofocamos, fizemos planos. Fui dormir agradavelmente semi-bêbada com dia clareando.
Ontem fui à praia com minha amiga HV. Foi uma delícia, o mar e o sol estavam maravilhosos. Ficamos lá de papo, sorvendo caipirinhas, rindo, falando da vida, fofocando.
Depois da praia almoçamos juntas, uma orgia calórica. Adoro a companhia de HV, mas o problema é que ela come, sabe? Eu pensei em comer uns leguminhos no Natural, ela me carregou pra comer churrasco misto, tipo assim, carnes, arroz, farofa de ovo e batata frita. Pois é. Deu um soninho...
À noite fui tomar um chope com bolinho de bacalhau com minha amiga Raco no Informal do Leblon. Dormi até cedo, cansada, alimentada, alcoolizada e feliz.
Vou passar a semana só no Sopão 0 Pontos do VP.
Hoje passei o dia em casa. Rolou um bolo - de chocolate, claro - por causa do meu aniversário. Minha irmã também duas fornadas de empada de queijo. Ganhei duas blusas de presente.
Foi um dia agradável, comi coisas gostosas e engordativas, brinquei com o gatinho, falei com meus amigos por telefone e dormitei no meio da tarde. Vou blogar mais um pouco e depois vou ler um livro.
Ah, terminei de ler Meus lugares escuros. Adorei. Acho que vou (re)começar O livro de ouro do carnaval brasileiro, do Felipe Ferreira. Eu tinha começado, mas como era pesado pra andar na bolsa acabei largando pra lá. Agora que me acostumei com o pesinho na bolsa do Meus lugares vou retomar a leitura: também são mais de 400 páginas, mas é mais leve. Cheguei a ler três capítulos e tava gostando.
Tinha esquecido de contar, não posso dizer que ninguém me apalpou! No domingo eu tava tomando café na padaria pra ir pro Cordão do Boitatá, um bloco matutino, e tinha um velhote tomando um pingado do meu lado. Quando acabou ele fez que ia sair pela porta do outro lado e... apertou minha bunda quando passou. Pois é, não posso dizer que meu carnaval foi 100% liso. Fui apertada por um velhote tarado.
Os festejos de Momo foram meia-bomba também pra mim esse ano. Monguei e não desfilei, tava meia-bomba de astral e essa história de bloco às 9h da madrugada acabou com meu estômago - ainda não me recuperei. Fui a pelo menos um bloco por dia, fui à praia três dias, comemorei meu aniversário, bebi muita cerveja e algumas caipirinhas. Até me diverti, mas lembro de carnavais mais animados. Eu tava chata, sei lá. Vibe estranha. Deve ter sido bode de aniversário.
Não houve registros de palhaçadas. Não beijei ninguém, não apalpei nem fui apalpada, não usei nem fui usada. Aliás, nem eu nem minhas amigas. Comentamos que esse ano formamos o Bloco das Lisas - não machucamos ninguém. Foi meu primeiro carnaval solteira depois de quatro namorando. Pois é, digamos que beijei mais na boca nos anos anteriores.
Um amigo que tinha pensado em vir passar o carnaval no Rio teve os planos malogrados pelas obrigações de pai: o rebento foi pra casa dele na folia momesca. Ontem ele me escreveu o balanço do feriado:
Encerrou hoje meu período pai....
Carnaval.....zero
Festividades.....zero
Palhaçadas......zero
Cachaçadas......zero
Não beijei ninguém, ninguém me apalpou, não fui usado nem usei.
Eu mereço.........
Acho que tá reclamando de barriga cheia. O filho, ao qual ele já se referiu como delinqüente adolescente, mora em outra cidade e, afinal de contas, já tá crescido. Nem precisa mais limpar a bunda do trombadinha. Ele não tem aturar tanto assim o moleque e, se tivesse, é filho, oras.
Esse fim de semana ainda foi cheio de blocos. Pra ser sincera eu já tava cansada, fui no Só Tamborins na sexta e vi o Bafafá de longe ontem, da minha cadeira de praia. Monobloco hoje nem pensar.
Como também passou meu aniversário, o ano começou de verdade. A partir de segunda vou começar a tocar minha vida.
Ganhei o presente de aniversário mais gostoso do mundo. Minha mãe achou um gatinho na rua e levou pra casa! Eu ganhei um baby gatinho. Ele é um menininho pitiquinho branquinho de olho azul, tava imundo, cheio de graxa e pereba numa casa em obras na minha rua. Os moços da obra tinham posto água e leite, mas ele precisava de uma família. Minha mãe tinha ido comprar pão e voltou com um gatinho no colo.
Coisa gostosa da mamãe! Ele é miento, colento e grudento. Gosta de companhia, chora quando fica sozinho e fecha os olhinhos quando ganha carinho. Adora brincar com cordinhas e dá pulinhos de lado atacando bolinhas de papel. Tava magrelinho e mal conseguia fica em pé, agora já tá mais gordinho e esperto. Demos uma limpada, mas vai tomar um banho de verdade amanhã no veterinário.
O gatinho é a coisiquinha mais gostosa do mundo, mas não vou poder ficar com ele. Já tenho quatro filhos felinos, lotação esgotada. Se você quiser adotar o bebê eu entrego de banho tomado, sem pulgas, vermifugado e vacinado. Também me responsabilizo pela castração quando chegar a época. Tenho certeza que sua vida vai ser muito mais feliz com esse bebê.
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Parte dos posts sobre meu aniversário não tinha sido publicada, ou melhor, eu tinha publicado, mas oblogger tinha comigo. Apareciam publicados pra mim, mas não apareciam no ar. Pra ajudar, desde o dia 22 eu não conseguia acessar essa josta. Se não houver posts reclamem com o blogger, não comigo!
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Quer dizer, na verdade É chope!
Linda, loura, japonesa e bronzeada, rumei pra Lapa pra encontrar a putada. Tinha marcado na Taberna do Juca. Tava no táxi e liga Patrícia, a primeira a chegar, ligou avisando que os bares tavam quase todos fechados e ela ia pro Belmonte. Quando o táxi tava chegando ela ligou avisando que foi expulsa do Belmonte, que também tinha fechado.
Ficamos lá bebendo até quase 4h da madrugada. Quando saímos o Sanc queria beber mais no bar bonitinho novo, mas a Nara e a Camila tinham que trabalhar hoje de manhã, então fomos embora. Fui dormir bêbada e feliz, depois das 4h.
Gorda safada
Depois da praia fui em casa tomar banhinho de beleza e preparar a toalete de festa. Quer dizer, toalete de Roberta, né? Tomei banho, penteei o cabelo e passei um batom: tô pronta!
Engordei tanto que meu vestido de aniversário não entrou em mim. Quer dizer, entrar entrou e, com muito custo, Nara até conseguiu fechar o zíper. "Tá meio apertado, né Filha?". É, tava. mas Se eu espirrasse estourava. Quando comprei esse vestido, em dezembro, tava até meio frouxinho. Mas tudo bem, ele é lindo e uso em outra ocasião.
Acabei indo com meu lindo vestido verde do aniversário do ano passado. Tudo bem, o verde é o vestido mais bonito que eu tenho e na verdade acabei não usando no aniversário do ano passado. Só tinha usado ele uma vez e por pouquíssimas horas: vesti pra ir encontrar um palhaço que me deu bolo. Voltei pra casa e o vestido pro armário.
Cheguei na praia quase 6h da tarde, mas tudo bem, tava tudo perfeito, tudo uma delícia.
O mar tava melhor, entrei e a água estava numa temperatura perfeita. Só que continuava com muuuitas ondas e eu não conseguia sair. Quando comecei a ficar cansada resolvi sair de qualquer jeito. As ondas tavam altas e vindo em com intervalo muito pequeno. Foi engraçado. Quando eu já tava na arrebentação, com água quase no joelho veio uma grande. Nem dava tempo de voltar e mergulhar nem consegui sair. Estorou em cima de mim, caí sentada e levei a onda na cara. Foi muito engraçado, mas não chegou a ser um caixote, não rolei nem meu biquíni saiu. Entrou água no meu ouvido e estou surda até agora.
Fiquei na praia até começar a escurecer. Vi o pessoal aplaudir o pôr-do-sol, tava bonito, mas acho que não chegava a merecer aplauso. Depois sim, o céu ficou num avermelhado muito mais bonito.
Chilique
Do bloco fui à praia, encontrar Nara. Confesso que tive um chilique no trajeto bloco-praia e chorei de ficar com a cara inchada. Chilique de aniversário, sabe?
Mas depois de uns inconvenientes, fui em casa tomar um banho porque não conseguia parar de chorar. Meus olhos ainda estão ardendo. Depois de tomar um banho consegui ir pra praia e ser feliz.
Aniversário!
Ontem acordei feliz e animada da vida, antes do relógio tocar. Me arrumei e fui no bloco "Me beija que eu sou cineasta", no Baixo Gávea. Mooooito bom, um dos melhores que fui!
Como não há tantos cineastas assim no carnaval do Rio de Janeiro dava pra pular, dançar, jogar confete e serpentina cantando marchinhas. Adoro jogar confete! Fui com minha amiga de infância Janine, ela de anjo e eu de diaba. Passamos purpurina rosa e dourada no rosto.
O sol tava f-o-d-a, bebi várias latinhas de cerveja sem nem sentir. Por volta de 1h da tarde o bloco fez um intervalo e resolvemos recarregar as baterias, fomos almoçar no Braseiro.
Enquanto não conto como foram as comemorações dos meus 36 aninhos vocês podem ler o relato da Narinha, em Bulhufas.
Agora tenho 36 anos. Não mudou nada. Por isso que adoro fazer anviersário, adoro festa e adoro ser o centro das atenções. Ficar mais velha fico todo dia mesmo.
Tudo bem, 36 é mais perto de 40 que de 30, mas e daí.
Meu aniversário foi ótimo: bloco, praia e chope com os amigos. Mais tarde dou relatório pormenorizado.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Cara, esse ano meu carnaval foi meia-bomba, não aproveitei como gostaria. Os blocos bons são todos de manhã, foda. Já não basta ter que botar os despertador pras 7h pra chegar na concentração às 9h, tu ainda começa a tomar cerveja antes das 10h da manhã. Resultado depois de fazer isso no sábado e no domingo: dor de estômago do capeta e azia fudida. Acabei arregando na segunda e na terça e fui pra praia. Bebi pouquíssimo ontem e hoje e mesmo assim a azia não me abandona.
Antes meu esquema de carnaval era ir pra praia e depois seguir algum bloco que passasse na orla. Não dá mais porque os blocos da Zona Sul, principalmente os que saem à tarde, estão moito muvucados. O negócio agora é acordar cedo e ir pro bloco já de biquíni. Aí depois almoça e vai direto pra praia pra de noite chapar em casa.
Terei que me adaptar a esses novos tempos ou rever meus planos carnavalescos.
Ainda encontramos Kalila e equipe na van do cachorro quente, mas ela sentenciou "isso aqui tá mó derrota, vou pra casa dormir".
Vazei também. No caminho até fiz amizade com uns pessoal que tentou me convencer a ir pro BipBip, que supostamente ia começar à meia-noite, mas já bastava de derrota por uma noite, não ia começar meu aniversário nesse clima. Vazei de novo.
Eis-me aqui, blogando nas primeiras horas do meu aniversário de 36 aninhos. Que merda.
Fomos pra Lapa. Pegamos o Metrô no Largo do Machado pra descer na Cinelândia. Cristianos estava, digamos assim, fora de controle. Quando o trem parou reparamos que tinha uma cabeçada dentro indo desfilar. Ana Paula, de sacanagem disse "ih, ainda vamos amassar as fantasias dos outros". Quando as portas abriram Cris entrou gritando "Vamo amassá fantasia!". Tipo assim, o pessoal se encostou na parede. Tipo assim, o Cris é pequeno, mas possuído pode fazer um estrago, né?
Não contente, ao reparar que Vicente tinha entrado pela outra porta gritou "O de amarelo é viado". As fantasias do pessoal que tava indo desfilar eram amarelas, eram mais de 10. Tipo assim, acho que o Cris queria apanhar. Não contente, começou a cantar "Vicente, viado. Vicente, viado". Cris em estado alterado de percepção é uma coisa.
Depois da praia fui em casa tomar banho e almoçar. Me arrumei e purpurinei e segui pro Bloco da Ansiedade, em Laranjeiras. Cheguei e o bloco já tava na metade do trajeto. Tava todo mundo lá. Encotnrei primeiro Kalila, que tava meio de bode sentada nas escadarias da igreja. Aquelas porras de degraus de pedra tavam quentes pra caralho.
Ligo pra Vicente Magno. "Tô no Ansiedade". Avisei que tava em pé na escada. O bruto não me viu e passou direto. "Cadê você que eu vou aí. Me dá um ponto de referência".
– Tô de peruca amarela. Eu sou o ponto de referência.
– Porra, tem mó putada de peruca amarela.
– Não igual a minha.
Realmente, era uma mega peruca amarela. Saímos de braço dados, eu a purpurinada e ele a mãe lôra. Ou, como disse Ana Paula, a lôra dos pentelhos pretos.
– Porra, tu vai me empatar de novo, né?
O safado fica dizendo que sai comigo e não pega ninguém pq as mulézinhas pensam que estamos juntos em nível de beijo na boca. Porra, então pra que me chama pra sair? "Eu não chamei, tu que me ligou". Ê malcriação, tu me paga, vai ver só.
Expliquei pra ele que pelo contrário, é um investimento. As mulheres vêem a gente juntos e vão pensar "Porra, o Nescauzinho tem cara de mané mas deve ter seu valor, olha lá, a purpurinada tá pendurada no pescoço dele". Ele continuou de marra, troquei ele.
Tô eu lá, olhando a multidão enquanto Vic exibia seus talentos de dançarino de frevo adquiridos na estada em casa de Iaríssima, qndo ouço meu nome e uma voz familiar. Era menino Cristiano, vulgo DJ Cris. Rá, dei o braço pro Cris e avisei Vicente "Ô, agora que tu não pega ninguém mermo. Ar mulézinha que tava diolho intu vão olhar e falar 'Ih, a purpurinada trocou ele pelo baixinho, o baixinho que é o bom". Sifu.
Tinham me chamado pro Se melhorar, afunda. Dizem que é ótemo, mas vamos combinar, pra estar às 9h em Niterói pra pegar a braca pro Rio eu teria que pegar antes uma do Rio pra Niterói. Bagulho norótico, teria que acordar umas 7h30 da madrugada. Fui não. Acordei às11h e fui pra praia.
O sol tava maravilhoso, mas o mar tava muito forte. Fiquei me divertindo vendo os "resgates" de semi-afogados. Teve uma hora que juntou uma muvuquinha na minha frente. De repente ouço "afasta, afasta". Quando afastou dois guarda-vidas jogaram um moribundo quase no meu pé. "Morreu não, foi nada, nem bebeu água!". O garoto desacordado. "Tá só cansado e assustado". Viram o garoto de lado que começa a tossir. "Aí garoto, pode deixar que sua namorada não viu não". O bife à milanesa ficou com a cara enterrada na areia de vergonha ainda uns bons 20 minutos, depois levantou e saiu correndo. Também houve uns outros meninos pescados na cestinha. Divertidão.
Como eu sempre digo, ninguém vai morrer afogado no Posto 9. Tu pode pagar o mico de ser pescado na redinha do helicóptero, mas morrer só de vergonha.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
Ontem fui ao Bola Preta com Vicente. Ele passo mal, nada grave, só viadagem mesmo. O puto desfila numa escola de samba por dia e ainda quer cair na folia do Bola, aí tem piripaque.
Resumo da ópera: fui ao Bola, mas mal vi o Bola. Passei a manhã cuidando de Vicente, vem dar o cu pra gente.
Do Bola, beeem bêbada, vim pra casa. Cheguei por volta de 15h30. Dormi às19h30. Comi e dormi de novo.
sábado, 17 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
E pela primeira vez nos últimos seis anos, não estou animada, não comprei traje adequado e não marquei comemoração.
Sim, meus amigos, acho que esse ano vocês não vão receber o tradicional e-mail com subject "É festa!" escrito "Queridos, completo 36 aninhos de pura travessura no próximo dia 21, a comemoração será no dia tal, em tal lugar. Vai quem quiser, quem não quiser foda-se, afinal entre amigos não há espaço para cobranças e ninguém é obrigado a ir a um lugar que não queira. Beijos. Roberta"
O texto sofre algumas variações de acordo com meu humor, mas é sempre basicamente isso. Sabe como é, sou uma mulher conservadora, não gosto de mudanças. Quando estou de bom humor acrescendo um "Não se sinta obrigado a ir, mas se você está recebendo essa mensagem é porque eu gosto de você e ficarei feliz com a sua presença".
Sim, eu sou escrota mesmo quando faço aniversário.
– Oie. Fala tudo.
– A gente marcou uma refeição hoje. Você vai ou vai desmarcar?
– Claro que eu vou. Por que você acha que eu tô acordado uma hora dessas?
– Pois é, eu também.
– Eu já tô até pronto!
– Às 10h? A gente não marcou 11h30?
– Eu vou à pé.
– De Copa pra Uerj? Animaaaado....
– Tá muito cansada? Quer desmarcar?
– Cansada eu tô, mas vou desmarcar não, vou tomar um banho e vou.
– Lava esse corpo e vamos embora! Beijo e tchau.
Ele sempre termina nossas conversas abruptamente com "um beijo e tchau". Claro que ele não foi à pé, tomou um carro de praça, como gosta de dizer.
Hoje acordei antes das 9h com o telefone. Atendi. Não sei porque atendo, mas na hora eu nem penso, simplesmente pego o aparelho e digo "alô". Quando dizem que querem falar com a "senhora Roberta Carvalho", deveria dizer "ih, moço, dona roberta viajou pro extrangeiro e não sei quando volta, eu sou a diarista, venho uma vez por semana limpar a merda dos gatos. Ela deixou pago por um ano", mas otária sonolenta, respondo "sou eu, pode falar".
Era a Legião da Boa Vontade, vulgo LBV. Eles queriam saber se eu poderia contribuir com R$ 10 pra comprar fraldas geriátricas para a Vovó Aziza ou coisa que o valha, que teria 102 anos e teria sido abandonada pela família. Ok, e eu sou o coelhinho da páscoa. Quem quer ver meus ovinhos?
Se eu pego o filho da puta que cadastrou meu telefone nessa merda ele vai precisar de fraldas geriátricas também. Respondi que não, eu não poderia ajudar porque estou precisando de ajuda também, embora ainda não tenha chegado ao patamar das fraldas geriátricas e nem sei se isso é bom ou ruim. Ele perguntou se eu não poderia pagar meio pacote. Deu vontade de sugerir a eutanásia para vovó caralha parar de mijar nas calças e onerar a previdência, mas disse apenas "Não".
Hoje fui tomar uma refeição com O Orientador. Ao contrário do que pensei, nossa refeição não foi composta de chopes. O pobre tinha uma banca de hora em hora a partir das 1h (sic) e ainda ia escrever um artigo à noite. É dura essa vida de professor sabe?
Pois é, ele usou um suco de laranja (fiquei chocada) e duas cocas light. Eu usei uma água com gás e duas cocas light. Como ainda era quase de manhã ele não almoçou, como eu ia pra repartição depois comi um PF.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Antes da incursão nas lojas, fui fazer depilação. Como já disse outras vezes, não ando bem humorada, me sentir aparentada de Conga, a mulher gorila, não ajuda.
Peguei uma depiladora perfeccionista. Ok, realmente ficou perfeito, nenhum pentelho fora do lugar ou arrancado de onde não devia, mas eu tava meio com pressa. Lembrei de uma outra que me disse que ia bsucar mais cera, eu disse que não previsava, que tava bom e ela "nada disso, nem que eu vá buscar mais cera 10 vezes, enquanto tiver pentelho você não sai daqui". Pois é, essa de hoje não disse nada, mas o esquema era esse. Ela olhava, olhava e, se achasse algum pelinho, passava outra tira de cera.
Confesso que nunca fiquei tão bem depilada e ela ainda era obediente. Como diz uma amiga minha "depiladora é foda, se você bobear um instante fica sem pentelhos", realmente parece que todas têm uma tara tricotômica. Eu mudei o desenho porque tava muito despentelhada e tem sido uma guerra pra convencer as brutas que não, não quero cavar mais. Essa entendeu de primeira e ficou tudo perfeito. Ai, ai, ai. Só falta agora eu arrumar alguém pra admirar tanta perfeição, afinal, devemos valorizar um trabalho bem feito, né?
Hoje comecei a busca por traje de aniversário. Encontrei um lindo vestido verde, minha cor favorita, com bordados e fitas. Leeendo. Experimentei o 40 e ficou bom, mas um pouco largo no busto e na cintura, podia ser mais justo. Pedi o 38, se ficar bom será perfeito, um vestido 38 faz mais feliz que um 40. Humpf. Fechou, mas se eu espirrasse estourava o zíper. Que porra de vestido é esse que o 40 fica largo e o 38 esturricado? Ai, que ódio.
Em outra loja, perguntei em quais cores a vendedora tinha o vestido da vitrine. Ela perguntou meu tamanho. M ou 40, depende. Ela me apresentou um vestido amarelo pálido e um bege, cor de pijama de velho. Não tem uma cor mais bonita? Vermelho, preto, laranja, verde, azul marinho? M não, em P ela tinha preto e vermelho. Jurou que ele era grande e, afinal, tinha lastex no busto. Pedi o preto. Dar até deu, mas achatava meus peitos. Porra, sou gorda mas tenho noção, não vou sair por aí no dia do meu aniversário de 36 anos com os peitos amassados, né? "Depois ele cede". Ah, tá. E eu sou uma empada de palmito. Ela ficou putinha porque eu não comprei. Tira as calças pela cabeça, nêga..
Não logrei êxito, ódio.
Como eu tinha que resolver umas coisas pra minha mãe, desisti e fui embora. Quinta eu tento de novo em outras lojas.
Hoje comecei a busca por traje de aniversário. Encontrei um lindo vestido verde, minha cor favorita, com bordados e fitas. Leeendo. Experimentei o 40 e ficou bom, mas um pouco largo no busto e na cintura, podia ser mais justo. Pedi o 38, se ficar bom será perfeito, um vestido 38 faz mais feliz que um 40. Humpf. Fechou, mas se eu espirrasse estourava o zíper. Que porra de vestido é esse que o 40 fica largo e o 38 esturricado? Ai, que ódio.
Em outra loja, perguntei em quais cores a vendedora tinha o vestido da vitrine. Ela perguntou meu tamanho. M ou 40, depende. Ela me apresentou um vestido amarelo pálido e um bege, cor de pijama de velho. Não tem uma cor mais bonita? Vermelho, preto, laranja, verde, azul marinho? M não, em P ela tinah preto e vermelho. Jurou que ele era grande e, afinal, tinha lastex no busto. Pedi o preto. Dar até deu, mas achatava meus peitos. Porra, sou gorda mas tenho noção, não vou sair por aí no dia do meu aniversário de 36 anos com os peitos amassados, né? "Depois ele cede". Ah, tá. E eu sou uma empada de palmito. Ela ficou putinha porque eu não comprei. Tira as calças pela cabeça, nêga..
Não logrei êxito, ódio.
Como eu tinha que resolver umas coisas pra minha mãe, desisti e fui embora. Quinta eu tento de novo em outras lojas.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Se meu banho de chuva foi uma delícia, o resto do domingo foi um tédio que não só recuperou como aguçou meu péssimo humor de outrora.
Comi muito, respondi e-mails, até tentei blogar, mas o computador travou. Desliguei e fui ler um livro. Há muito eu não lia coisas não acadêmicas. Já li 189 páginas desde ontem às 18h. O livro tem quase 400, termino antes de sexta. Eu deveria estudar, eu sei, mas me dei o desfrute de ler algo só por diversão. Depois do carnaval, quando retomarmos o grupo de estudos, volto a estudar firme.
Do dia de ontem restou uma lição: felicidade de um domingo em família é possuir tampões de ouvido.
Apesar do convite "Praia?" ter apitado cedo no meu celular, resolvi continuar dormindo. A nuca ardendo e a marca da camiseta no corpo que arrumei na véspera - claro, e o sono do caralho - me convenceram a dormir mais.
Acordei por volta de 11h, levantei pouco depois. Tava animada. Tomo café, tomo banho, me arrumo, dou uns telefonemas, como mais alguma merda e vou pro bloco. Tinham me chamado pra um tal de Revolta da Cachaça, 15h no Largo do Curvelo. A mulherada doida ia toda.
Saí de casa já 14h30. Tô no ônibus e liga IS. "Tá desabando o mundo, volta pra casa que o pessoal vai desanimar e não vai ter bloco". Claro, o problema era o pessoal desanimar, porque chuva a gente já nem liga mais. Aliás, sambar na chuva, desde que com calçados adequados, é uma delícia. Bom, pra mim tava só chuviscando, mas tudo bem. Desci do ônibus e atravessei uma rua transversal, para pegar outro ônibus no sentido contrário e voltar pra casa. Eu tava há oito pontos da minha casa. Desabou o mundo. Achei uma delícia. Fui andando devagar no temporal, sentindo a chuva quente.
Quando chegou no ponto em frente à minha rua, que não enche, o motorista deve ter achado que, apesar de eu ter puxado o sinal, os R$ 2 que paguei pela passagem valiam mais que oito pontos e não parou. Me deixou no ponto seguinte. Que gentil. O ponto seguinte é uma esquina que enche. Desci do coletivo com água cobrindo meus pés. Atravessei a avenida com água nos tornozelos. Uns moleques brincavam na chuva, chutei água neles também. Subi por uma rua de ladeira onde o aguaceiro descia que nem cachoeira. Até que nem vi rato nem barata boiando, mas àquela altura, Inês já era morta mermo e eu não tava nem aí.
As pessoas na janelas olhavam a chuva com uma cara de incredulidade e me olhavam como se eu fosse trololó. O único inconveniente de subir ladeira na chuva foi a minha minisaia jeans, que ensopada, subia.
Quando abri a porta de casa minha irmã me olhou e deu um chilique. Não me deixou entrar em casa pra não pingar a sala. Me deu uma toalha de banho florida cafona pra me enxugar do lado de fora. Deu outro chilique porque eu queria tirar a saia e a blusa logo e entrar de calcinha e sutiã. Oras, a roupa tava pingando! Ela proibiu. É muito chato ser uma mulher livre e ter uma irmã careta.
Tomei banhinho da felicidade, comi pão com linguiça e fanta laranja light (não tenho opinião formada sobre o sabor, mas dá pra beber). Sou apaixonada pelo gato de IS, o Neném. Um príncipe gato branco de olhos verdes, dengoso e cheiroso. Ela diz que ele é arredio e não gosta de visitas. De mim ele gosta. Peguei no colo, afofei, chafurdei, cheirei, cocei, beijei e ainda dei comida epra ele. Neném é meu amigo.
IS soltou os cães Nala e Léo pra eles me conhecerem. "Você tem medo? É só dar a ordem 'Não pula'". Rá! E que graça tem conhecer bichinho e não deixar eles se divertirem. Fiquei de joelhos pra eles poderem pular em mim à vontade. Ô, coisa fofa. Nala se jogou no chão oferecendo a barriga recém operada pra ganhar carinho. Léo pulou tanto que me arranhou. E quem gosta de bicho liga pra isso? Bissinho faz feliz.
Cheguei em casa depois das 11h, mooooorta de cansada e viva de feliz. Tomei banho, comi nem lembro o que e dormi. Vocês podem até não acreditar, mas juro que se tivesse companhia tinha tomado um banho quente, um dorflex, uma coca light e tinha ido pra quadra. Como todo mundo arregou, chapei até às11h da manhã seguinte.
Quando o blco acabou, depois de um pequeno desencontro, alguém lembrou que tinha Rio Macaracatu às 16h. Pra que adiar a folia, né? Fomos almoçar pra rebater a canseira. Ficamos meio em dúvida se comíamos uma feijoada no Mineiro ou se descíamos pra comer um PF crássico na Gomes Freire - viramos fãs e já fizemos amizade com a galera do boteco, somos locais na parada. A preguiça prevaleceu e resolvemos comer lá em cima mesmo. O Mineiro tava cheio pra caralho e acabamos nos atracando com a Feijoada do Marcô. Ótema, gostei mais que da do Mineiro.
Com os cornos cheios de feijão a vida é mais bonita, pode falar a verdade. Subimos até o Largo do França pra K trocar de roupa, descemos até a Paula Mattos pra fazer sei lá o que na casa de IS. Voltamos a tempo de ver o Rio Maracatu começar a tocar, eram 17h. Lá fomos nós atrás dos tambores.
Não me perguntem como nem porquê, mas após dormir das 4h às 8h, amanhaci em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Foi o tem po de tomar banho e café da manhã e partir pra Santa Teresa. A concentração do Céu na Terra começava às 9h!
Claro, não deu tempo, ainda passamos pra pegar a outra K que faltava na gangue. Chegamos no Curvelo depois das 10h e o bloco já tinha partido. Que porra de bloco é esse que sai na hora? Pois é. Alcançamos o cortejo já bem adiantado, mas valeu a pena. Tava uma delícia. Antes das 11h eu já tava com a primeira cervejota do dia na mão, gelada. Sol de rachar o coco, o povo das casas jogando água de mangueira nos foliões, a banda no bonde e a galera atrás, cantando as marchinhas. Rá! Não havia fortinhos sem camisa pra nos puxar! Encontrei vários amigos e pulei muito.
Quando o bloco já tava parado no Largo das Neves toca meu celular. "Olha, não sei que é, não tô te ouvindo, mas eu tô no Céu na Terra, em Santa". Daqui a pouco eu vejo minha amiga IS, de camiseta vermelha no meio da galera. Eu, obviamente semi-alcoolizada, saí correndo e pulei no pescoço dela. A bruta tinha ligado porque tava indo comprar sapatos no calçadão de Madureira e queria meus serviços de cicerone. Quando soube que eu tava em Santa abortou a missão e se uniu ao grupo. E carnaval lá é época de ir comprar sapato em Madureira?
Sexta passada eu tava tão mal humorada que nem eu tava me agüentando. Tinha decidido ir pra casa, colocar meu pijama e chorar na cama até pegar no sono. Rá! Como tenho alguns dos melhores amigos que alguém pode ter não me deixaram fazer isso. Fui para o último ensaio do Escravos da Mauá antes do carnaval com "As Terríveis Meninas K".
Foi divertidíssimo. Esqueci o mau humor e me diverti. Claro, poderia ter sido melhor se não estivesse tão cheio. Acho que nem vou no desfile na quinta, havia muitos caras fortinhos sem camisa, daqueles chatos que nos puxam pelo braço. Eu passo.
Do Escravos fomos para o Beco do Rato. Eu não costumo gostar de lá, mas né que dessa vez me diverti? Ainda demos uma passada no Arco-íris, mas queríamos dormir "cedo" pra acordar para o Céu na Terra.
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Depois do carnaval vou retomar o blog de Classificados Estranhos, que divertia.
Também vou reeditar meu sensacional "Concurso para namorado", mas tenho que fazer muitas modificações no edital. Ai, como meus parâmetros mudaram em menos de cinco anos. Hoje me dia pra beijar na boca por uma noite serve quase qualquer um, mas pra namorar fiquei tão enjoada. Se bem que larguei de algumas frescuras, quebrei paradigmas, digamos assim.
Ah, e em março também vou implementar meu projeto "Quarentona Toda Boa", vou começar a me preparar pra chegar bem aos 40. Tenho quatro anos pra isso! Me aguardem.
Esse ano quero conhecer meus leitores. Quero que os nomes nos comentários passem a ter rostos. Não sei se vai ser melhor ou pior para o blog, tenho um pouco de medo de sabendo quem vai ler começar a me censurar, mas vou correr o risco.
Então, onde vamos beber? Quem é o próximo a marcar audiência com a estrela?
Hoje fui trabalhar com meu vestido azul. Sim, aquele mesmo que eu tava quando o vendedor de chumbinho, pilha e superbonder me chamou de mulherão e meu ex-chefe perguntou se eu tava grávida. Como tô uma vaca gorda atravessei a rua quando vi o camelô. Do jeito que ando mal humorada se ele dissesse alguma coisa eu jogava a bandeja dele pro alto.
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Crise pré-40
Quando entrei pro mestrado meu projeto para quando terminasse era engravidar. Eu namorava e estava apaixonada. Quando terminei o mestrado estava solteira de novo. A idéia de me reproduzir hoje é tão distante.... como já vou fazer 36 anos acho que não vou ser mãe de filhos humanos, só felinos.
Outro dia tava conversando com uma grande amiga que faz 36 anos três dias antes de mim. Ela está tentando engravidar e perguntou se não vou me aviar, afinal o tempo urge. Sei lá, melhor não fazer planos, melhor viver.
Será que vou ter crise dos 40? Não tive aos 20, aos 30, aos 35. Talvez me dê a esse luxo, eu que sou mulher de poucos luxos do gênero. Me dou a poucos desfrutes de frescuras. Acho que vou ficar mais fresca, sou prática demais, racional demais. Acho que vou começar a dar chiliques.
Andei pensando, 36 é mais perto de 40 do que de 30. Confesso que sinto um certo frio na barriga quando penso que daqui a quatro anos e quinze dias vou fazer quarenta anos (numerais por extenso pra ver se demora mais a chegar).
Como será minha vida quando eu tiver quarenta anos? Ainda não vou ter terminado o doutorado.
Adoro meu aniversário, adoro! Ter que atualizar a idade ali na coluna da esquerda do blog é só um detalhe. Fico mais velha todo dia mesmo. Daqui a 15 dias terei 36 anos. Confesso que hoje não estou animada com a idéia, mas hoje não está sendo um bom dia. Semana que vem vou sair pra comprar um traje de aniversário completo, aí vou me animar.
Idéias bizarras
Meu primo, filho do meu tio que morreu, teve na minha casa. Disse que resolveu fazer capoeira e me chamou pra fazer com ele. Ele sempre foi meio lelé, mas tá especial. Respondi que tô velha pra fazer capoeira, certas coisas já passaram. Ele disse que não, afinal temos só dois anos de diferença e se ele pode, eu posso. Ai, ai, ai. Lembro do dia que ele e os irmãos tentaram me ensinar a andar de skate, não foi uma empreitada bem sucedida. Ele disse que vai arrumar um lugar perto de casa e vem me buscar. Vamos ver no que vai dar isso, mas já tô me vendo toda roxa e andando torta.
Eu tinha planos de morar dois anos em outra cidade, claro, pra à distância perceber melhor como meu Rio de Janeiro é maravilhoso e amar mais ainda minha cidade. No dia do ano novo tava conversando sobre isso com minha amiga Krako, ela tá morando em BSB, mas já ardeu, tá pensando em voltar pra SP. Eu tava pensando em ir pra SP também. Tentar o doutorado lá e/ou arrumar um emprego. Larguei dessa idéia besta, meu lugar é aqui, sou do Rio, não tem jeito.
Sim, o ano novo começa depois do carnaval, então só vou me dar ao trabalho de pensar seriamente nas minha lista de metas pra 2007 depois dos festejos de Momo.
Sei que tenho tantas coisas para fazer que não sei se vai dar tempo. Se der vai ser o ano mais movimentado da minha vida. Continuarei trabalhando na repartição, o que me toma a tarde e a noite. Me sobram as manhãs e madrugadas para transformar o HTP em livro, providenciar um redesenho pro blog, blogar muito, preparar um projeto de doutorado, estudar para o doutorado, estudar francês pra prova do doutorado, participar das reuniões do meu grupo de estudos, escrever artigos e ler/reler uma pilha de livros que estão na fila.
Além disso, em algum momento tenho que cuidar da minha família humana e felina, dos meus amigos e de mim.
Meus projetos de endividamento são fazer clareamento nos dentes e depilação definitiva. Pretendo também me mudar e viajar um pouco.
Nesse ínterim tenho que arrumar tempo pra ir à praia, ao samba, ao bar, dançar e ser feliz. Ui, cansei.
Ah, outra resolução de ano novo: depois do carnaval vou me matricular em uma academia, ando muito preguiçosa, preciso de mais disposição.
Hoje recebi um torpedo "Não sei quem é mais maluco. Eu ou vc. Bjs". Bom, deve ser você que esqueceu de assinar. O meu celular maluco não diz o nome, só mostra o número do remetente. Pronto, eu cheia de trabalho fiquei indócil. Não era nenhum dos meus amigos mais próximos, pois conheço seus telefones de cabeça. Não percorrer a agenda um a um até achar. Será que foi o palhaço que detonei no HTP na Segunda? Cagalho. Liguei pra um amigo em comum e perguntei o número do bruto. Não era. Ufa. Liguei pra ver quem era, não atendeu. Porra, não sou mas tu quer me deixar maluca, né? Como tinha muito trabalho desencanei e entreguei. Passa um tempo e o safado liga, desfeito o mistério, combinamos um chope. Detalhe, não me disse porque sou me toma por maluca. É doido.
Abri hoje meu armário de sapatos e tá tudo mofado. Eu andava tão sem tempo, tão enrolada que tava usando os mesmos dois ou três sapatos há muuuuito tempo. Esses eu chego todo dia e chuto na área de serviço. Como não tô com tempo nem paciência pra limpar vou continuar usando os mesmos dois ou três. Foda-se.
Também não mudo de bolsa há muito tempo, mas elas não mofaram não. É outro armário.
Coisas que me fazem feliz, mesmo hoje
Gato Tutti tá aqui ao meu lado fazendo graça pra ganhar mais escovadas e coceirinhas. Tá deitado exibindo o baligo moreno pra mim. Gato Leleco tá deitado de lado me olhando todo torto, pra ver se sobra um chamego pra ele. Gata Nina, narizinho de tijolo da mamãe, tá aqui do meu lado. Ela não se dá a esses desfrutes de pedir carinho, mas é minha companheira. Gata Mimi, neguinha das orelhas de fogo, está dormindo numa caixa de papelão que arrumei pra eles. Sempre que estou mal eles vêm pra perto de mim me alegrar. Gatinho faz feliz. Amanhã vou passar na petshop comprar petiscos pra eles.
E ninguém tem nada com isso.
Normalmente quando estou mal humorada quero ficar cada vez mais mal humorada pra ver se explodo ou mato alguém. Quero odiar até não poder mais, até arder. Hoje não. Hoje eu queria só desaparecer. Queria solidão e silêncio. Queria ir a um lugar onde ninguém me conhecesse.
Falar em mundo estranho
Acho que agora só faltam uns cinco minutos pra eu dar uma porrada na cara de uma pessoa do meu convívio. Azar o dela, que já é feia e com o nariz quebrado vai ficar pior ainda.
Se minha irmã visse a criatura diria "Ih, o carnaval já chegou, tem gente aí de máscara!".
Hoje foi por pouco. Ela tem um cabelo horrível, sempre com aparência de sujo e com uma cor wanna be loura indefinida. Cabeção mal acabado, passa uma massa corrida cor de rosa na cara – tá sempre de máscara. Usa roupas cafonas embaladas à vácuo, com combinações de cores, digamos assim, exóticas (para não dizer escrotas). Sabe como é, ela quer chamar a atenção pra gordura que cultiva em pneus pelo corpo. Deve ter os pés delicados, porque ela vai TODOS os dia pro trabalho de chinelos e, não importa qual, uma pataca de esparadrapo tala larga colado em cada pé. Só a imagem dessa criatura, que lembra talvez uma Kombi capotada, já me causa náuseas e já me daria o direito e sentar-lhe a porrada, mas não contente, a desgraçada é burra como o que. Semi-letrada, mal ajambrada, chata, sem noção e arrogante. O tipo de "pessoa" (será que ela é gente mesmo ou é um repolho mutante?) que não justifica sua existência no mundo, só serve para consumir água, alimentos e produzir esgoto.
Pensando bem, acho que não vou dar uma porrada não, acho que vou é arrebentar aquela cara feia dela.
Programação de Carnaval
Começou o fervo! Hoje recebi a programação de blocos de duas amigas. Vou fazer a minha. Esse ano quero ir a outros blocos, os que eu ia tão cheios demais, perderam a graça. Não falei que em 2007 ia mudar minha vida? Além de me ambicionar, tacar as oferendas no mar e decidir que agora queria novas bocas e novos amores, também quero novos blocos e novos fervos. Tirando o Bola (esse é inegociável), que eu sempre fui uma mulher conservadora estou aberta a novas experiências. Convites?
Sou uma mulher abandonada!
Não vejo meu Pedro há séculos. Agora Pedro vive viajando, é peguete interestadual, é viagem de trabalho. Humpf. Ele não me liga, não me escreve, não me procura, não sei mais dos seus amores, de seus dramas. Pedro não me ama mais! Na segunda chamei Pedro no MSN, reclamei da saudade e ele tentou me vender um sofá de três lugares novinho. É que ele comprou um de dois lugares e entregaram um de três, que não cabe na sala dele. Não obrigada. Perguntei qual era a boa do fim de semana e ele disse "A boa é te ver!". Me senti até querida.
Hoje fui falar com ele sobre nossa programação e ouvi "Não vou poder ir, vou pra Salvador!". Tratante, me abandonou! Bom, pra tentar se redimir pedi pra ele trazer um baiano grande e gostoso pra mim. Cocada que nada, oras. Ele disse que vai embrulhar o souvenir e trazer na mala. Vamos ver. Um baiano grande, bem acabado e com aquele sotaque gostoso seria bom pra distrair, né? Adoro homem com sotaque diferente do meu.
Me outro melhor amigo, Vicente, também anda negligenciando suas obrigações de meu melhor amigo. Se não vejo Pedro há séculos, não vejo Vicente há nem sei quanto tempo. Esse então, não aquieta o rabo preto no Rio. Eu ligo pra chamar pra algum lugar e ele tá indo ou chegando cansadíssimo de algum lugar. É Amazonas, São Paulo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul. E ainda diz que tem medo de avião. Humpf.
Se está no Rio tu pensa que ele me liga? Me dá atenção? Sai comigo? Pelo menos me escreve um e-mails? Rá! Diz que tá enrolado com o mestrado. Ele esquece que já brinquei de fazer mestrado e trabalhar e sei como é? Não sumi, não morri, continuei bebendo e vendo meus amigos. E olha que eu ainda tinha um namorado pra dar atenção!
Escrevi pra ele hoje. Vicente, eu te amo e estou morrendo de saudade de você. Ele disse que achou lindo ler isso e que a programação para o fim de semana é me encontrar pra beber, rir e falar mal do mundo. Vamos ver se amanhã ele ai me escrever "Mulé, tô indo pra puta que me pariu, na volta te ligo".
Tudo safado meus amigos!
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
Sei que já disse isso, mas que eu posso fazer se esse bando de safados continua me deixando no vácuo? Não se me dá mais raiva quando sou simplesmente ignorada ou quando escrevo um daqueles meus e-mails quilométricos - que todos os meus correspondentes conhecem - e recebo em resposta uma frase. Sim, uma mísera sentença. Ódeo!
Bom, todo mundo já sabe qual é a maldição padrão, mas vou repetir também: uma topada daquelas de levantar a unha do dedão do pé. Pros que deixaram de responder mais de uma mensagem desejo um dia de piriri inegociável para cada mensagem desdenhada. E não venham me dizer que não têm tempo, pois eu também não tenho e respondo todos os meus e-mails, até os que me xingam!
Meus amigos, não sei se é o carnaval ou se toda véspera de feriadão as oferendas ficam frenéticas, mas o negócio tá norótico. Yemanjá tá tacando tudo de volta. Hoje teve espetáculo duplo no circo.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Acordei no domingo com toda dor de cabeça e ressaca do mundo.
– Filha, tô com uma dor de cabeça do capeta!
– Como diria o Latino, é catchaça!
– Cachaça não, cerveja!
– Tu tem dormir, tem que descansar, não sei como você agüenta!
Eu güento! Essa eu nem respondi, ri e fui curar a ressaca na praia, com uma skol gelada.
Refeita do Imprensa, depois de outro banhinho de saúde, com um macarrãozinho na barriga pra dar sustança, rumei pra Lapa, afinal a noite tava começando. Encontrei Patrícia, Bruno e Adriana na porta da Fundição. Fomos ao show da Rita Ribeiro. Né que mal entrei encontrei outro cálega de repartição e ainda por cima meu companheiro de plantão? Ai, esses troço tão se reproduzindo, não consigo ir a um lugar sem encontrar um cálega! Mas tudo bem, ele é gente boa e tava animaaaaado.....
Adoro a Rita Ribeiro e o show é ótimo. Na verdade eu já tinha visto no Teatro Rival. Na verdade esse é o problema e por isso não foi tão bom. A acústica da Fundição é uma merda, já o Rival é um teatro para shows, né? Pois é, irritava. Não sei porque ainda vou a shows na Fundição, mas valeu a pena.
Pena que meus companheiros fossem não tão animados. Vazaram assim que o show terminou e me olharam com cara de "por que ela sugere que amputemos nossos pés?!" quando perguntei se não iam tomar uma cerveja na saída. Ainda dei uma pinta pela Tia, pelo Arco-Íris e Taberna, mas não encontrei ninguém e fui pra casa. Quase uma hora depois liga Nara. A safada tinha acabado de sair do show do Nando Reis no Circo e tinha pensando em tomar uma cerveja na Tia. Agora já tô pijama, porra.
Né que fui dormir até cedo? Tipo umas 4h já tava deitada.
Menina, né que apesar de ser supostamente o "bloco da imprensa" tinha até homem bonito?! Claro, não é só jornalista que vai, bloco é de quem quiser ir, oras.
Chegamos e a procissão já tinha saído, como o trajeto é longo - dá a volta no quarteirão - conseguimos alcançar o carro de som. Confesso que foi uma empreitada, não porque o ritmo fosse acelerado ou já estivessem longe, mas porque encontrava uma porra dum conhecido a cada três passos. Encontramos os cálega de repartição tudo, ex-cálegas de repartição, palhaços, amigos, ex-cálegas de faculdade, amigos de blog, até amigos de infância! As imundiça tudo vai no Imprensa.
Sou obrigada a admitir que me diverti. Só fui embora porque tava moito bêbada e Glorinha tava virando abóbora. Ano que vem eu volto.
– Vamos no Imprensa? O pessoal vai....
– Tá maluca, Roberta Carvalho? Comeu merda? Ver aquele bando de jornalista velho, barrigudo, decadente tudo bêbado?
– É, aquele bando de velho babão que foi nosso chefe.... Ah, mas sempre tem uma nova geração... estagiários....
– Ah, é, Roberta Carvalho? Pensa em analuF bêbada, que filme de terror! Já pensou encontrar com ela?
– Ih, ela vai? Tô com medo.
analuF, é uma ex-chefe nossa. Assim como o diabo, só não se pronuncia o nome da criatura. Se precisamos nos referir a tal entidade dizemos o nome ao contrário. Aqui, por motivos óbvios, o nome do demônio virou Fulana, ou analuF. Felizmente não encotrei a supracitada.
Dormi mal, sono picotado, entrecortado, sonhos caleidoscópicos. Acordei até cedo, como tem acontecido. Acordo às 9h, 10h, frito mais um pouco. Às 11h não agüento mais e levanto. Irmã K já tinha vazado, ê mulher guerreira. Levantei, mas naquelas condições e com aquela preguiça que deus me deu, tá dada e é minha. Tomei um banho pra rebater a rebordosa. Dia lindo, céu azul. Vou à praia. Fiz alguns contatos telefônicos. O pessoal acordou. Tomamos café, conversamos. Irmã K voltou e saiu de novo.
Fomos dar pinta na feirinha da Lavradio e eu jurando que ainda ia à praia. Fui encontrar Nara. Glorinha ligou: 16h vamos pro Imprensa. Bateu a fome. Ok, deixa a praia pra amanhã. Fui almoçar arroz, feijão, carninha e leguminhos pra continuar tentando rebater a rebordosa. Ai, ai, ai. Acho que vou ter que escolher entre o alcoolismo e o vegetarianismo. Eu que ia tão bem como wanna be vegan, mas fico com a mardita da cachaça.
Foi o tempo de tomar outro banhinho da felicidade, encontrar Grorinha e rumarmos pra Laranjeiras.
Acabou que não contei meu fim de semana, né? Na verdade não contei nem o da semana passada, mas esse agora já era. Bom,vamos lá, vamos ao clássico resumão melhores momentos.
Sexta: Escravos da Mauá
Saí do trabalho e rumei direto pra roda de samba no Largo de São Francisco da Prainha. Levei os cálega de repartição tudo comigo. Mal saímos do carro começou a chover. Ai, caralho. Foda-se a chuva. Comprei a primeira cervejota. Começou a chover muito. Ai, caralho, outra cerveja e vamos tentar sambar. Eu e Glorinha começamos a reparar na oferta de palhaços, que lá sempre é generosa. Desabou o toró. Eu não conseguia ficar em pé em cima da sandália, que nem era alta. Minha roupa tava ensopada. Tentamos um lugar embaixo do "toldo" (o prártico azul esticado em cima da banda) , tentamos nós e todos. Até conseguimos, mas não dava pra se mexer. Qual a graça de ficar apertada embaixo de um prártico, com desconhecidos suados/molhados te encostando e sem nem conseguir sambar? Bom, pelo menos eu não escorregava de cima da sandália, mas não tava divertido.
Sacanagem, parece até que me lançaram um vodu: tinha muito tchutchuquinho soltinho na pista, mas ensopada daquele jeito.... Minha peruca não é anfíbia. Molhado meu cabelo fica simplesmente ridículo e eu só ia pegar resfriado mesmo. Aliás, é a vingança de quem tem cabelo cacheado: Alice e Glorinha estavam ótemas de perucas ensopadas, cachos definidos, sabe?
Fomos pra Lapa beber. Depois de certa luta, conseguimos uma mesa. Bebemos. No bar nos disseram que na hora do temporal choveu até lá dentro. Foda. Mais tarde Kelly, Daniel e Ana se juntaram a nós. Né que eles aprovaram meus cálega de repartição? "Nossa, legal o pessoal do seu trabalho! Nem parecem jornalistas, não são chatos!".
Liga Irmã K, tava indo pro Escravos. Nêga, tu vai morrer afogada. Beeeem mais tarde, chega a bruta serelepe. Segundo ela, que chegou lá um pouco depois do aguaceiro (que ela pegou ainda na Lapa), como todo mundo foi embora ficou ótimo. Os perseverantes herdaram um bom espaço pra sambar embaixo do prártico azul. Uma lástima eu ter perdido. Isso que dá sair tão cedo, se eu tivesse ido em casa tomar um banhinho de beleza, refazer a toillete, não teria pego a chuva.
Lá pelas 4h a galera arregou. Eu e Irmã K, minha companheira firme na pista, ainda tomamos a saideira no Arco-íris e a saideira final na Sinuca da Lapa.
Fim de carreira: terminar a noite (madrugada) de sexta no quiosque (van) de cachorro-quente na esquina da rua do IML. Seu Jaílson, o dono do empreendimento, doidaço, me pegou pelo braço e ficava repetindo "linda, maravilhosa" enquanto Irmã K e a mulher do seu Jaílson riam da minha cara de paisagem. Tudo bem, Irmã K ganhou um Guaravita digrátis, presente dele, e o pior melhor: o cd do bruto pra ela ouvir! uhu!
À noite fui ver "Sassaricando e o Rio inventou a marchinha", no teatro Ginástico. Em geral não sou amiga de musicais, na verdade não sou amiga de teatro, mas gostei muito. Adoro marchinhas, né?
Descobri até que tem uma com meu nome! Sim, existe uma marchinha chamada "Roberta"!
E eu que pensava que meu nome só tinha sido usado naquela música italiana cafona que todo mundo cantava pra mim quando eu era criança. Rá, também sou marchinha de carnaval!
Mas voltando ao show, peça ou sei lá como queiram chamar tenho dois comentários a fazer. A média de idade da platéia era coisa de uns 70 anos. Ou como disse Luciana, pra calcular o somatório íamos ter que usar cálculo integral.
Outra, o João Roberto Kelly tava na platéia. Sei não, mas acho que ele usa o Movida 54, que eu usava até há altum tempo. Um castanho acaju exuberante, sabe?
Hoje acordei e fui pra praia. Não tinha companhia, fui sozinha mesmo. Amiga Glorinha ia comigo, mas ficou com preguiça. Azar o dela, perdeu. A praia estava uma delícia: sol quentinho gostoso, mar calmo e morninho. Havia a quantidade de gente certa na areia e a cerveja tava gelada.
Fiquei lá, tostando as celulites ao sol, bebericando minha cervejota, olhando o mar, pensando na vida. Ai, que tarde agradável. Só fui embora porque tinha combinado de ir ao teatro com a Ana.
Tava vindo pra casa há pouco e comecei a me sentir triiiiste. Chorei um pouco pelo caminho, que era longo. Tá certo que, num domingo à noite, pegar um mega engarrafamento e descobrir que, como o trânsito está desviado, você vai descer longe pra caralho de casa é deixar qualquer um triste, mas não é motivo pra chorar.
Até achei estranho, pois meu fim de semana não foi maravilhoso, mas também não foi ruim. Eu tava vindo do teatro com a Ana. Foi divertido. Não aconteceu nada de realmente ruim e um pouco antes, no ônibus, eu tava justamente pensando com eu sou feliz e como minha vida é boa.
Quando já tava chegando na minha esquina caiu a ficha: era só cansaço. Sempre que tô muito cansada tenho vontade de chorar, me sinto triste, triste, triste. Uma tristeza e uma solidão quase sem solução. Claro, a solução é deitar e dormir.
Eu até dormi noite passada. Deitei tipo umas 3h30, 4h da madrugada e acordei às 11h30. Dormida boa, considerando minha rotina. Sei lá, deve ser cansaço acumulado.
Na sexta eu tava muuuuito mau humorada, aí me toquei que era casaço, que era a semana de 12 dias com um plantão no meio. Pior, ou melhor, eu saí quase todos os dias. Ah, quer saber? Que se dane. Se eu só trabalhar é que não vou ser feliz mesmo.
Bom, vou contar esse fim de semana e vou dormir.
domingo, 4 de fevereiro de 2007
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
Chapei. Acordei algum tempo depois e sentei na cama apavorada. Onde estou?! Olhei pro lado e vi a Val dormindo. Ah, tô na casa do Cassiano! Dormi de novo até a hora de ir pra repartição.
No dia seguinte acordei me sentindo a personalização do lema "Ressaca, teu nome é Roberta". Vida que segue.
Destino óbvio: a Sinuca. Humpf.
Pela primeira vez na vida encontrei a Sinuca fechada. Cara, quando a Sinuca da Lapa já fechou é porque é grave a crise. Nós, semi-bêbados, ficamos parvos olhando a porta arriada quando chega um grupo de pós adolescentes com adereços carnavalescos e, entoando marchinhas, começam a socar a porta da Sinuca. "ô abre-alas que eu quero passar, ô abre-alas que eu quero passar". Adorei.
Rumamos pra Tia. Foda no cu de creuza, ela tava esvaziando a água do isopor. Porra, até a Tia?
Depois de uma rápida discussão pois uma facção queria ir beber em alguma barraca e outros queriam ir pra Pizzaria Guanabara a segunda opção venceu. Péssima escolha. Tava aberta, mas bebi um dos piores chopes da minha vida sentada em uma mesa mal acomodada em cima de um ralo que exalava odor nauseabundo. Não bastasse, parou ao nosso lado um carro da Cedae ou coisa que o valha e começou a sugar esgoto ou coisa que o valha do Asa Branca. Que derrota, hein?
Mas somos brasileiros e não desistimos nunca, desce outra rodada. Cara, foi foda resistir ao cheiro de pizza àquela hora, mas perseverei. Até que em certo momento começaram a discutir se Deus existia. Aí pegaram pesado, a não pertinência da discussão foi a senha que tava hora de ir embora. Vazamos.
(não minha que eu não sou dada a vinganças)
A leitora e gateira Márcia ao me apresentar o marido disse que ele tá meio aposentado, mas já foi artista de grande brilho não só no picadeiro dela, mas em outros também. A moça se regozijou ao dizer que sua vingança é que normalmente os palhaços viram fornecedores de picadeiro: o seu tem uma filha de 18 anos.
Nelson ao lado, concordou. Ele tem três filhas. Lembrei que num dos primeiros e-mails que trocamos ele comentou que temia pelos espetáculos que suas queridas filhinhas iam sofrer. Oras, nesse momento eles esquecem os espetáculos que já aprontaram com as filhas dos outros, né?
Lá pelas tantas vejo entrar no bar certo amigo meu, mais amigo de um amigo meu que meu, mas tudo bem. O rapaz é gente boa, mas é palhacinho emérito, com muitas passagens por picadeiros de amigas minhas e espetáculos no HTP. Eu já quase-bêbada corri pra falar com ele, que normalmente nem lembra meu nome.
Como tínhamos nos encontrado no domingo e eu tava com uma amiga desgraçada de linda, ele lembrou e na hora que fui no banheiro me chamou pra perguntar dela. Prometi desenrolar a situação, afinal, ele é palhaço, mas todos são e se é artista recorrente deve ter lá seu valor, né?
Contei pra bruto sua aparição circo e, como quis negar o talento, enumerei alguns espetáculos.
Ele chocou um pouco, mas acabou assumindo. Pândego de toda, disse que sou debochada demais. "Roberta, você é muito debochada! Esse seu jeito debochado assusta os homens, espanta, apesar desse teu corte de cabelo e dessa tua boca". Não falei que ele era palhaço?
Terça, 30 de janeiro – aniversário de cinco anos do HTP
Quem perdeu é bunda mole, porque foi divertidíssimo. Saí do trabalho por volta de 21h e fui pra lá. Como tinha sido um dia bastante estressante e cansativo, levei o chefe da repartição comigo. Ele nunca tinha lido um blog e achava a idéia do HTP meio sexista, mas e daí, né? Tem gente doida bebendo e falando bobagem então vamos.
Quando cheguei já me esperavam Ana Paula com duas amigas da repartição dela, Talita, Vivi e Adriana Sardinha. Em outra mesa Valesca e Fernanda. Abracei todas e Vivi*, como sempre com tiradas impagáveis "Esse aí é o macho que você tá pegando?". "Não, esse é o meu chefe".
Tá, eu sei que quem tem chefe é índio, mas ele é meu amigo. Sou amiga da mulher dele, ando descalça e mexo na geladeira da casa dele, então adoro sacanear que agora ele é meu chefe, o chefe da repartição. Que fique claro que esse ano houve rodízio de cadeiras na repartição, ele não é o chefe sem noção que eu falava mal.
Logo chegou Antonia, linda linda em seu macacão azul marinho. Nunca pensei que diria isso, mas eu quero um macacão azul marinho e brincos vermelhos pra combinar, como os dela. Sempre invejável, a safada ainda ostentava sandalhotas rasteiras de bolinhas!!!
Depois chegaram os leitores. Acho que o primeiro foi o Gueto Blaster (pelo menos assim ele assina os comentários). Ele foi fácil de achar, tínhamos trocado números de telefone e ele me ligou quando chegou. Depois apareceu o Nelson, que eu já conhecia, somos quase amigos de infância e às vezes eu o alugo com minhas confissões inconfessáveis e dramas amorosos não-postáveis.
Nisso vejo uma moça de saia de bolas na porta do bar. A bruta não desgruda do celular. Imaginei que fosse uma leitora, mas como meu telemóvel não tocou, desencanei. Não me lembro bem em qual momento, mas chegou alguém que falou meu nome e ela veio "Você é a Roberta, eu sou a Márcia". Finalemnte conheci a gateira Márcia. Mais tarde o palhacinho privativo dela, o Anderson se juntou ao grupo.
Chegou Vanessa, sem seu palhacinho privativo, que se sentiu excluído. Mas como ela disse "Porra, se ele viesse quem ia ficar com a Alice?". Pois é, quem mandou se reproduzir?
Passa mais um tempo e chega amigo Cassiano. Esse também é amigo e acho que nunca tinha lido meu blog.
Tô eu já bebinha, rosetando entre meus convidados e vejo amigo Carlinhos na porta do bar. Eu não tinha marcado com ele, foi coincidência, mas como não via Carlinhos há séculos saí correndo e me pendurei no pescoço do pobre. Carlinhos não deve ter entendido nada. Só teve tempo de dizer "Robertinha" e se equilibrar pros dois não caírem no chão. Fiz com faço com Vicente: de um pulinho, passei os braços em volta do pescoço e meio que minhas pernas em volta do corpo dele. Vicente já acostumou e a gente quase nem cai.
Puxei Carlinhos pra dentro e nisso vejo um cara em pé nas mesinhas de fora, tomando um chope fazer uma cara esquisita pra mim. Como já era tarde imaginei quemais nenhum leitor viria e concluí que era um maluco querendo fazer amizade. No que tô me despedindo de Carlinhos, que foi pra mesa para qual tinha vindo, o cara-do-lado-de-fora me olha, sorri e pergunta "Você é a Roberta?". Sim, sou eu! Era o José Rodolplho, meu leitor de Santos que veio ao Rio especialmente pro chope do HTP.
Quarta
Apesar do sono do caralho, dar dor na coluna e da cólica do capeta, saí do trabalho por volta de 21h30 e rumei pra Academia da Cachaça. Era dia do "Chope das Meninas", ou seja, dia de encher a cara de cachaça e comidas engordativas com Nara, Camila e Nandap, falando mal de todo mundo, principalmente dos nossos maridos, namorados, peguetes e sogras. Ontem quebramos o protocolo e falamos mal dos nossos amigos e conhecidos.
Também comemoramos a mudança de emprego de Nandap e até falamos bem do marido da Camila, mas ele é nosso amigo, não vale.
Comi muito. Comemos caldinho de feijão, aipim frito, inhame frito ou coisa parecida, pastéis de queijo e camarão, carne de sol com manteiga de garrafa, escondidinho e arrumadinho. Como eu tava de ressaca e sou uma mulher conservadora, bebi apenas duas caipirinhas de maracujá, não tomei uma de cada fruta, como gosto de fazer.
Deitei às 3h e acordei hoje depois das 11h. Há muuuuito tempo não dormia tanto!