segunda-feira, 29 de junho de 2009
O mundo é estranho
Estou dando aconselhamento sentimental a um amigo por Gtalk. Ele terminou um namoro e está mal. Disse que precisava falar comigo pois sou uma das duas pessoas que ele mais ouve (a outra é O Orientador) e que sempre fica bem depois de falar comigo. Tadinho, tá mal parado o moço. Logo eu que não sei o que fazer nem da minha própria vida e dos meus amores?!
Tô ótema
Apesar da dor de dente desgraçada.
Fiz ótimas compras com A Noiva.
Ficarei linda, linda nos meus vestiditos novos.
Ódeo
Meu telefone fixo morreu. Quer dizer, o aparelho. Na verdade ele subiu no telhado semana passada, mas hoje foi-se. Tá mudo e nenhuma tecla responde. Ódeo. Amanhã vou ter que comprar outro aparelho. Queria ligar pra minha Graciana e não posso.
Tô boa não
Estou num mau humor retumbante com esses dentes doendo.
Adivinha o que vou fazer? Comprar vestido novo!
Acabei de entrar em contato com uma amiga pra me acompanhar na empreitada. Shopping Vertical, nos aguarde.
Adivinha o que vou fazer? Comprar vestido novo!
Acabei de entrar em contato com uma amiga pra me acompanhar na empreitada. Shopping Vertical, nos aguarde.
Convalescente
Decidi não beber esta semana. Quer dizer, não beber até quinta, dia de chope dos leitores.
Será que sobrevivo?
Será que sobrevivo?
Alguma alegria me resta
Pelo menos meu chefinho voltou de férias hoje. Estava com saudade. Ele é engraçado e fã do HTP, disse que riu nas férias se atualizando. Tá, na verdade eu tava era de saco cheio de almoçar sozinha quase todo dia. Como a chefinha voltou na quinta, nossa gangue do almoço está completa de novo. A outra cálega que almoça comigo às vezes come muito tarde, daí fico faminta esperando. Privilegiados, eles sabe das histórias em primeira mão e narradas por mim durante o almoço. Chefinho ainda tem aquela mania de disfarçar, que caiu no HTP por acaso, sabe? Ahã.
Como o mundo é estranho, eles sonharam com a repartição durante as férias! Chefinha sonhou que tínhamos sido sequestrados. Quem ia querer sequestrar um grupelho de 12 barnabés internéticos? Que idéia. Pior, ela acordou bem na hora que seríamos executados.
Como o mundo é estranho, eles sonharam com a repartição durante as férias! Chefinha sonhou que tínhamos sido sequestrados. Quem ia querer sequestrar um grupelho de 12 barnabés internéticos? Que idéia. Pior, ela acordou bem na hora que seríamos executados.
Ainda não estou mal humorada...
Normalmente fico alegrinha depois do almoço e do café expresso da alegria, mas hoje não. Meus dentes tão doendo muito. Nas últimas três apertadas de aparelho eles não doeram, daí eu já tinha esquecido. Quando fui mastigar a comida.... putaquepariu.
E agora estou indo para uma reunião, a primeira da semana.
E agora estou indo para uma reunião, a primeira da semana.
Ai, meus dentes
Apertei o aparelho hoje de manhã. Como sempre, a ortodontista chegou atrasada. "Desculpe, é que eu moro no Recreio". Saia mais cedo de casa então, oras. Se alguém marca de apertar aparelho às 8h da manhã de uma segunda-feira é porque precisa e não porque gosta. Ela chegou às 9h e me atendeu às 9h10.
Não, não tô mal humorada, ainda.
Não, não tô mal humorada, ainda.
sábado, 27 de junho de 2009
Agora me conta
Pra que inventei de cozinhar se tenho uma feijoada e um jantar de aniversário pra ir hoje?
Minha geladeira tá abarrotada. Vou parar com essa palhaçada que cansa. Quero mais brincar disso não, suja muita louça. Daqui a pouco descasca meu esmalte vermelho deixa beijar que ainda nem foi beijado e não tenho dele em casa pra remendos emergenciais.
E isso por que ontem reparei que a geladeira tava fedendo. Tava rolando um ecossistema no gavetão. Era uma berinjela que eu tinha comprado pra fazer uma pasta de berinjela, que obviamente não foi feita e estragou no gavetão. Tinha pensado em fazer um post sobre por que solteiros não devem comprar comida viva e hoje entupo a geladeira fedida de mais comida, pra fazer outro ecossistema.
Ah, alguém aí quer salada de frutas? Nem que eu almoçasse e jantasse salada de frutas ia dar conta.
A louca do hortifruti
Hoje acordei animada, resolvi comer comida de verdade, feita por mim. Respondi uns e-mails, tomei banhinho e fui pro Bairro de Fátima. Passei na costureira pra deixar uma calça pra fazer bainha e depois me joguei no hortifruti. Resolvi fazer sopão zero ponto do vigilantes do peso e salada de frutas. Surtei. Saí comprando tudo. E não comprei um de cada, já que moro sozinha e raramente recebo visitas. Nããão, comprei montão. Gastei R$ 40 reais em comida viva, o que considerando o preço da cenoura e da banana é muito dinheiro.
Satisfeita da vida com minhas compras, fui andando pra casa. Quando tava passando pela feira encontrei Menina Graciana, que tinha ido comer tapioca. Ela me elogiou, disse que eu tava bonita e que a noitada dançante tinha me feito bem. Engraçado que dormi pouco, mas realmente estou me sentindo muito bonita..
- Amiga, fui ao hortifruti e comprei comida viva. Legumes, verduras e frutas. Vou cozinhar - só então ela reparou nas duas sacolonas de tecido penduradas uma em cada braço meu.
- Ai, amiga, estou com medo de você.
Nos despedimos e fomos em sentidos opostos. Ela ia ao Rio Sul e eu vinha pra casa. Quando tava passando pelo outro extremo da feira quase comprei flores pra alegrar minha casa. Só desisti porque, além de não ter como carregar mais nada, lembrei que não possuo recipiente adequado, algo como um vaso para flores. Vou adquirir, quero flores pra alegrar minha casa.
Sim, surtei. E daí? Não é errado ser assim.
Cada um é para o que nasce
Acabei de deixar o refogado queimar e tirei uma lasca do polegar esquerdo com o facão.
Não me chama de bipolar
Mas tô tão feliz hoje. Alegrinha, alegrinha.
Tô ouvindo Cássia Eller enquanto arrumo a casa e cozinho. Até canto e danço. :P
Na verdade, ainda estou um pouco triste e chateada, mas já não faz diferença. Nada como dançar até o dia clarear, encher a cara e ser feliz. Nada como um dia depois do outro, com uma noite no meio, de preferência.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Fui
A janta chegou.
Adoro falar janta.
Começou uma vez que um amigo tava puto porque o filho tinha falado "janta". Ficou resmunganado que a ex-mulher deixava o menino falar errado e blábláblá. Desde então nunca mais pedi o jantar, só a janta. Muito mais legal, até um menino de 7 anos sabe.
Não disse que tô irremediavelmente verborrágica? A janta tá esfriando.
Agora fui.
Irremediavelmente verborrágica
Não comecei o dia dizendo que tava atacada e queria excessos? Só piorou. Eu e Menina Camila, que formamos uma dupla terrível na Vila Madalena, agora vamos abalar a nossa velha Casa da Matriz. Pretendo dançar até o dia clarear.
Ainda bem que vou sair. Se ficasse em casa blogaria até caírem os dedos.
A verdade é que tô triste
Voltando à vaca fria (pobre bovina), eu tava na festa achando que tava tudo bem. Mas quanto mais vestidos eu experimentava e nada me agradava, mais ia percebendo que nada estava bem. Na fila, pagando meu vestidinho meia boca começou a me dar vontade de chorar. Se eu estivesse bem, não compraria aquele vestido.
Na verdade, acho que fui pra Ipanema pensando em depois ir pra casa de O Orientador chorar e ser mimada, mas ela não tava em casa. Resolvi vir pra minha casa, pro meu edredon vermelho, que me acolhe, e minha camisola de gatinhos laranja. Na verdade, há gatinhos verde e pink também, mas todo mundo sabe que os laranja são os melhores.
No ônibus, percebi que a ficha de ter sido reprovada tinha caído e que tava realmente triste. Coisa mais babaca ser reprovada numa carta de apresentação! Nem leram meu projeto, porra. Houve quem me consolasse por sms e telefone, pelo menos não chorei no ônibus. Talvez fosse melhor ter chorado logo, não sei. Ainda não chorei e agora não vai dar. Ia ficar com a cara inchada e não tô a fim.
Mas o negócio é que não tô triste só pelo doutorado. Uma amiga me disse hoje duas coisas que me deixaram triste, talvez magoada. Sei que ela não fez por mal, mas foi péssimo. Não era o dia pra falar aquilo. Na verdade, ela já tinha dito uma coisa estranha outro dia. E uma outra pessoa repetiu algo que eu detesto ouvir. É uma coisa que me irrita e aborrece. Sei que ele também não fez por mal, mas me ofende. É bobagem minha, mas e daí? Tenho o direito de ser boba o quanto quiser.
Como sempre digo, o mundo é estranho, mas vou deixar pra pensar nisso amanhã. Vou tratar de me arrumar linda, linda, linda (não com meu novo vestidinho meia boca, claro) e vou pra pista.
O mundo é estranho
Fui pra festa junina da repartição achando que tava tudo bem, apesar de me perguntarem a cada cinco minutos se eu estava chateada. Pensando bem, acho que fazer doutorado onde trabalho não era uma boa ideia de qulaquer jeito.
Graciana, oferecida, viu aqui que rolava um balacobaco e subiu o morro, veio de penetra no nosso convescote. Tem nada não, já avisei que vou no da repartição dela tb. Se dei bem que é muito maior. Ela questionou nossa mini-festa. Era uma parada intimista, saca? Pois é, Menina Graci me encontrou com um copo de cerveja numa mão e um quentão e um cigarro na outra. Fumei Derby, rapaz. Mó mata-rato, mas tudo bem. Eu não trago, sabe? É só um amiguinho quentinho.
Pois é, arreguei do angu à baiana e do bofe, mas cai dentro da sopa de ervilha e outros acepipes. Meio bêbada e achando que nunca mais ia comer, assim que começou a chover eu vazei. Decidi que era uma boa ideia bater perna em Ipanema. Fui ao encalço de um vestido novo pra me fazer feliz. Vestido novo sempre me consola. Há muitos anos que jurei pela terra vermelha de tara que jamais vestiria vestidinho de trapinho novamente. Me joguei numo 484B e fui embora. Não lembro bem, acho que dormi no trajeto. Acho também que não foi uma ideia muito boa. Tô cansada pra caralho.
Gosto de bater perna nas vitrines de Ipanema com O Orientador. É que uma amiga tinha me mandado um torpedo mais cedo. Ela sempre lança a semente do mal. "Tô em Ipanema, começou a liqui". Ela é terrível. E o pior de tudo é que só encontrei um vestido que me fez mais ou menos feliz. Ele é meia boca, mas não ia voltar pra casa de mãos totalmente abanando. Devia ter vindo pro Shopping Vertical, mais perto de casa e menor, não cansa tanto e sempre encontro algo comprável.
Acho que vou tomar remédio pra vermes
Sei lá, sabe. Minha ginecologista sempre diz que não acredita em exame de fezes e que todo brasileiro tem que ser vermifugado uma vez por ano, especialmente nós que comemos na rua. Não, não tô achando que tô com vermes, mas sei lá. Acordei com vontade de tomar algum remédio. Futuquei a gavetinha e encontrei uma caixa. Pena que não pode beber por quatro dias depois de tomar ele. Pensando bem, melhor arrumar outro remédio. Vou ler outras bulas.
Pesadelo
Caralho, fui tirar um soninho da saúde e tive um pesadelo bizarro. Acho que vou pedir uma janta e tomar uma cerveja pra iniciar os trabalhos. Daqui a pouco começo meu ritual de beleza. O bonde das mulheres loucas partiu pra Casa da Matriz hoje. Até há alguns instantes tava combinado Bukowski, mas mudamos o destino, sei lá por que, mas me parece auspicioso. Talvez porque sempre fui feliz lá.
Acabei de saber
Não fui aprovada para a próxima etapa da seleção ao doutorado. Meu currículo e carta de apresentação foram reprovados.
Desejo ser consolada. Já estou tomando uma batida de maracujá que muito me consola, mas quero mais. Mandei comprar cerveja. Quero excessos que me consolem.
Tudo bem, como diz o irmão da Carrie, seleção para doutorado é que nem carnaval, todo ano tem. Aliás, este ano ainda tem mais três processos seletivos dos quais vou participar.
Desejo ser consolada. Já estou tomando uma batida de maracujá que muito me consola, mas quero mais. Mandei comprar cerveja. Quero excessos que me consolem.
Tudo bem, como diz o irmão da Carrie, seleção para doutorado é que nem carnaval, todo ano tem. Aliás, este ano ainda tem mais três processos seletivos dos quais vou participar.
Comecei a me exceder nos posts, né?
Hoje tem festa junina no meu trabalho. Tão todos lá fora caindo de boca no salsichão e eu aqui sozinha escrevendo. Fui.
Excessos
Tem uma colega de repartição que de vez em quando suspira e diz "tô precisando cometer excessos". Eu tô assim. Tô precisando de excessos. Nada de vida moderada.
No fim de semana em São Paulo cometi alguns excessos, bebi tanto que o gosto de cabo de guarda-chuva já não saía da minha boca, só que na verdade foi mais em constância do que quantidade. Tomava cerveja o tempo todo, mas não me excedi em momento algum.
No dia que cheguei, tava conversando com minha amiga Nathalia sobre nosso passado de excessos. Sentimos falta de ficar com o rosto dormente. Não tinha reparado ainda, mas há anos não sinto meu rosto ficar dormente de bêbada. Era uma sensação tão boa. Agora eu fico alegria e depois acho que tô bêbada demais e vou embora. Eventualmente, vejo o mundo girar ou vomito, mas não tenho mais a etapa do rosto dormente. Que eu faço pra voltar a sentir isso?
Sei de uma coisa: quero cometer excessos.
No fim de semana em São Paulo cometi alguns excessos, bebi tanto que o gosto de cabo de guarda-chuva já não saía da minha boca, só que na verdade foi mais em constância do que quantidade. Tomava cerveja o tempo todo, mas não me excedi em momento algum.
No dia que cheguei, tava conversando com minha amiga Nathalia sobre nosso passado de excessos. Sentimos falta de ficar com o rosto dormente. Não tinha reparado ainda, mas há anos não sinto meu rosto ficar dormente de bêbada. Era uma sensação tão boa. Agora eu fico alegria e depois acho que tô bêbada demais e vou embora. Eventualmente, vejo o mundo girar ou vomito, mas não tenho mais a etapa do rosto dormente. Que eu faço pra voltar a sentir isso?
Sei de uma coisa: quero cometer excessos.
Eu sou uma pessoa que fala
Às vezes penso que falo demais. Fantasio fechar a minha boca grande e ficar calada. Quimera. Jamais calarei. Há um preço a ser pago, mas e daí? A alternativa não me serve.
É engraçado como nunca canso de falar. E olha que depois de algumas horas de tagarelice o aparelho ortodôntico começa a arranhar minha boca. Jacaré para? Nem eu. Olha que adoro dormir, mas quando estou falando não quero ir dormir. Na verdade, quando tô dormindo, não quero acordar, mas quando estou acordada, não quero ir dormir.
Lembrei de uma festa de reveillon onde todo mundo cheirava pó, menos eu. Éramos oito convivas sentados à mesa tagarelando até o dia clarear, o prato passando e eu sempre dispensava quando chegava minha vez. De repente alguém questionou "ué, vc tá só no champagne até agora? como vc aguenta?". Eu falava tanto quanto os trincados. Sei lá, conversando não vejo a hora passar e resisto ao sono.
É engraçado como nunca canso de falar. E olha que depois de algumas horas de tagarelice o aparelho ortodôntico começa a arranhar minha boca. Jacaré para? Nem eu. Olha que adoro dormir, mas quando estou falando não quero ir dormir. Na verdade, quando tô dormindo, não quero acordar, mas quando estou acordada, não quero ir dormir.
Lembrei de uma festa de reveillon onde todo mundo cheirava pó, menos eu. Éramos oito convivas sentados à mesa tagarelando até o dia clarear, o prato passando e eu sempre dispensava quando chegava minha vez. De repente alguém questionou "ué, vc tá só no champagne até agora? como vc aguenta?". Eu falava tanto quanto os trincados. Sei lá, conversando não vejo a hora passar e resisto ao sono.
Eu amo O Orientador
Ele me mostrou que eu posso ser uma pessoa muito pior sem a menor culpa.
É a criatura mais parecida comigo que já conheci e adooooooro.
Acho que tô com saudades do senso de humor dele, igual ao meu.
A gente fala por horas, horas e horas. Falamos bem e mal de tudo e todos. Temos opinião sobre tudo. Adoramos ver televisão pra gongar, ir pra rua ver gente, rir de nós mesmos e dos nossos amigos e parentes. É corriqueiro virarmos a noite tagarelando. JR sempre cai no sono e eu e O Orientador lá, bebendo e falando e rindo.
Uma vez fomos pro sítio e passamos três dias falando. JR questionou se a gente não ficava sem assunto. Claro que não. É impossível ficar sem assunto, seja quem for o interlocutor. Gente muito estranha essa que fica sem assunto. Imagina se eu e O Orientador algum dia vamos ficar sem assunto, temos tanto assunto que nunca dá tempo de falar tudo.
Assim que o tempo esquentar um pouco vou propor um fim de semana no sítio. É ótimo, não pega celular nem internet e a TV paga tá sempre fora do ar. Só nos resta beber e conversar.
É a criatura mais parecida comigo que já conheci e adooooooro.
Acho que tô com saudades do senso de humor dele, igual ao meu.
A gente fala por horas, horas e horas. Falamos bem e mal de tudo e todos. Temos opinião sobre tudo. Adoramos ver televisão pra gongar, ir pra rua ver gente, rir de nós mesmos e dos nossos amigos e parentes. É corriqueiro virarmos a noite tagarelando. JR sempre cai no sono e eu e O Orientador lá, bebendo e falando e rindo.
Uma vez fomos pro sítio e passamos três dias falando. JR questionou se a gente não ficava sem assunto. Claro que não. É impossível ficar sem assunto, seja quem for o interlocutor. Gente muito estranha essa que fica sem assunto. Imagina se eu e O Orientador algum dia vamos ficar sem assunto, temos tanto assunto que nunca dá tempo de falar tudo.
Assim que o tempo esquentar um pouco vou propor um fim de semana no sítio. É ótimo, não pega celular nem internet e a TV paga tá sempre fora do ar. Só nos resta beber e conversar.
Sabe do que mais eu gosto em mim?
Que não tenho o menor pudor em mudar de idéia, de opinião. Mudo todos os dias. E como eu me exponho, falo demais, blogo e me posiciono, tô sempre na vitrine pra me cobrarem a mudança. Às vezes, para ser educada, digo que não tenho opinião formada. Adoro dizer isso, é uma das minhas frases, assim como "você é gentil". Mas, na verdade, é mentira. Como diz O Orientador, a gente sempre tem opinião sobre tudo, o que não quer dizer que amanhã não vá mudar de idéia.
Minha irmã à vezes pergunta "Ué, vc não gostava disso?". Respondo "gostava do verbo não gosto mais, agora odeio". Ela ri "vc é maluquinha, Roberta". Doida é ela que tem os mesmos gostos e hábitos desde que éramos crianças.
Minha irmã à vezes pergunta "Ué, vc não gostava disso?". Respondo "gostava do verbo não gosto mais, agora odeio". Ela ri "vc é maluquinha, Roberta". Doida é ela que tem os mesmos gostos e hábitos desde que éramos crianças.
Tô atacada hoje
Acabei de chorar no trabalho respondendo o e-mail de uma leitora. Eu falo demais. É que eu sou viva. Choro de alegria e tristeza, me emociono, me exponho, aprendo e mudo todos os dias. Eu adoro ser Roberta Carvalho.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
A vida é bela
Principalmente depois de passar a noite bebendo vinho com minha amiga HV, vulgo A Noiva. Não nos víamos há meses. Resolvemos nos ver para um happy hour que acabou se estendendo.
Ando numa fase de excessos, sabe?
A vida é bela.
Cansei
O Personare acaba de me avisar que, de hoje ao dia 4 de julho, o planeta Marte estará passando pelo meu signo ascendente, marcando meu setor da identidade. Segundo eles, este é um momento muito especial, que só acontece de dois em dois anos. "Já que a primeira casa é a mais importante casa astrológica de um tema astral, consequentemente Marte será o mais importante planeta em sua vida por alguns dias. Ele lhe concede vitalidade alta e, por fim, você sentirá uma grande necessidade de vencer e de se tornar alguém de destaque em seu campo de atuação. A idéia deste ciclo de Marte é a da aceleração da vontade pessoal".
Bom, espero que essa vitalidade extra me ajude a resolver todas as pendências que se acumulam na minha vida. Puta que pariu, quero outra Roberta pra dividir as tarefas comigo. Quero sentar no meio-fio tomando cerveja na porta do botequim em Santa Teresa sem culpa nem pesar. Quero dormir até ficar com o corpo dolorido e depois ir bater perna e ver vitrine pelo Centro da cidade, sem compromisso nem horário, me divertindo em reparar na correria alheia. Quero ficar em casa, deitada na minha cama dura, pelada embaixo do meu edredon vermelho, olhando o teto e pensando em nada. Adoro pensar em nada olhando o teto. Quero blogar enlouquecidamente, sem pensar que preciso parar e ir dormir.
Sei não, acho que prefiro quando o Personare diz que estou linda.
Ai-ai-ai.
Bom, espero que essa vitalidade extra me ajude a resolver todas as pendências que se acumulam na minha vida. Puta que pariu, quero outra Roberta pra dividir as tarefas comigo. Quero sentar no meio-fio tomando cerveja na porta do botequim em Santa Teresa sem culpa nem pesar. Quero dormir até ficar com o corpo dolorido e depois ir bater perna e ver vitrine pelo Centro da cidade, sem compromisso nem horário, me divertindo em reparar na correria alheia. Quero ficar em casa, deitada na minha cama dura, pelada embaixo do meu edredon vermelho, olhando o teto e pensando em nada. Adoro pensar em nada olhando o teto. Quero blogar enlouquecidamente, sem pensar que preciso parar e ir dormir.
Sei não, acho que prefiro quando o Personare diz que estou linda.
Ai-ai-ai.
Pouca sorte
Continuo com a garganta meio arranhando, mas estou precisando muito de um chope gelado. Hoje acordei e tava um lindo dia. Apesar de ontem terem me dito que hoje chegaria uma frente fria, resolvi ir trabalhar com um lindo vestido roxo que eu não usava há algum tempo. "Por que será que não uso esse vestido há tanto tempo?". Idiota, porque é um vestido leve e fino. Sim, o tempo virou e tô eu aqui sentindo frio.
Como tudo sempre pode piorar, chove pra caralho. E não é caralho modesto não. Ótemo, não? Bom, como ainda são 14h, tenho esperança que até às 17h o dilúvio pare e minha rua não esteja cheia. Sim, a esquina onde moro alaga. Marquei manicure às 17h30 e fica na outra quadra. Acho que tô precisando pintar o cabelo também, mas tô com preguiça. Deixa pra semana que vem.
Tô morrendo de sono, fui dormir quase 3h da manhã e acordei na hora. Nem sequer posso ir na máquina de café ou convidar Graci pra uma merenda com essa merda de chuva. Acho que tô começando a tossir também.
Adoro resmungar, mas é só vício, nada grave. Na verdade, meu horóscopo hoje estava muito auspicioso e estou animadíssima.
Como tudo sempre pode piorar, chove pra caralho. E não é caralho modesto não. Ótemo, não? Bom, como ainda são 14h, tenho esperança que até às 17h o dilúvio pare e minha rua não esteja cheia. Sim, a esquina onde moro alaga. Marquei manicure às 17h30 e fica na outra quadra. Acho que tô precisando pintar o cabelo também, mas tô com preguiça. Deixa pra semana que vem.
Tô morrendo de sono, fui dormir quase 3h da manhã e acordei na hora. Nem sequer posso ir na máquina de café ou convidar Graci pra uma merenda com essa merda de chuva. Acho que tô começando a tossir também.
Adoro resmungar, mas é só vício, nada grave. Na verdade, meu horóscopo hoje estava muito auspicioso e estou animadíssima.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
A vida é bela
Um dia me divertindo em SP, outro com mamãe lelé no hospital. A vida é assim mesmo, fazer o que... Não adianta porque ando com predisposição para se feliz. Vou olhar meu horóscopo. Deve ser uma conjunção astral favorável.
Ah, ia esquecendo
Nessa confusão, tive que cancelar a consulta com a ortodontista: hoje era dia de apertar o aparelho. Remarquei para segunda-feira, 8h da madrugada. Começar a semana apertando o aparelho não é nada auspicioso.
Uma quarta-feira pior que as outras
Dormi muito mal noite passada. Fritei na cama até 2h30 e, mesmo quando adormeci, toda hora acordava. Colocava o edredon e ficava com calor, tirava e ficava com frio. Acabei pegando no sono só com o lençol e passei frio. Acordei às 5h30 da manhã com a garganta ardendo e não consegui dormir mais. Não consegui naquela hora, porque quando tava quase na hora de ir pro trabalho eu chapei. Claro, quando o despertador tocou eu desliguei sem nem perceber o que tava acontecendo e perdi a hora pro trabalho.
Cheguei esbaforida e atrasada, mas tudo sob controle. Mal comecei a trabalhar, liga minha mãe. Depois de uma negociação em uns três telefonemas concluí que não tinha jeito. Avisei que precisava ir embora e fui pra casa da minha mãe. Quando cheguei ela disse que não queria ir ao médico. Quer queria só que eu ficasse lá fazendo companhia. Ah, não! agora vai ao médico sim. Não caiu e vomitou e me ligou que ia morrer? Vai ao hospital sim. Quase tive que arrastar a bruta.
Claro que os médicos concluíram que não era nada. Ela só fuma, toma café e come pão, não come comida quase nunca. Daí tem dor de estômago e fica fraca, óbvio. Ah, ela também é viciada em analgésicos, o que não ajuda nada. Pois bem, ficou tonta e caiu no banheiro. Vomitou porque tinha comido um chocolate de madrugada. Tiraram quilos de raios-x e ela não quebrou nada. Pelo menos foi castigada tendo que ficar quieta tomando soro.
Só que essa gincana de escaneia velha daqui, escaneia a velha dali levou mais de quatro horas. Ela, arrependida de ter feito drama, queria ir embora. Como não deixei, ela me xingava e dizia pras pessoas que eu a maltratava. Às vezes ela se contentava em dizer coisas constrangedoras, pra ver se eu ficava puta e levava ela pra casa. Eu sem almoçar, irritada, me controlando pra não sentar-lhe a bolacha. Uma delícia.
Do hospital, passei na farmácia pra comprar os remédios prescritos e fui levá-la em casa. Ela queria que eu ficasse e cogitou vir pra minha casa! Agora conta uma de papagai que você vai indo bem como piadista. Larguei ela em casa aos cuidados do meu cunhado e peguei meu ônibus pra casa. Na hora que eu tava na farmácia, Menina Graciana me ligou perguntando se eu queria beber pra conversar. Não só quero como preciso!
Quando tava quase chegando Graci ligou que tinha arregado de descer pra beber na Lapa, queria que eu subisse pra Santa. Até pensei em ir, mas ficar tomando cerveja gelada, falando sem parar e tomando vento frio na cara na porta do boteco não ia ser uma boa idéia, ia piorar minha garganta, sem falar nas minhas olheiras. Vim pra casa.
Ai, ai, ai. Eu que tinha o aniversário do Paulinho na Pedra do Sal e o lançamento do livro novo do Dahmer na livraria da Travessa do shopping Leblon.... acabei em casa, tomando coca zero. Nem sequer tem um pobre de cristo online pra jogar conversa fora no Gtalk ou outro tagarela desocupado pra fofocar no telefone.
Tudo bem, amanhã vai ser um dia melhor. Tá, não vou pensar que estou com o trabalho de hoje acumulado e sexta tem reunião o dia inteiro, logo tenho que dar cabo de tudo amanhã, até às 17h. Acho que amanhã é um bom dia para beber.
Ninguém merece
Minha mãe acabou de me telefonar, quer que eu large o trabalho e vá pra casa dela. Disse que está passando mal e vomitou. Eu levo quase uma hora do meu trabalho até a casa dela. Meu cunhado está em casa e tem carro. Por que ela não pode pedir a ele pra levá-la ao médico? Por que eu tenho que largar meu trabalho? "Por que vc é minha filha".
Não contente, fez chantagem. Disse que se eu não for, vai chamar uma vizinha de quem eu não gosto "pra cuidar" dela. Liguei pra minha irmã e avisei pra ela ligar pro marido e dizer pra ele levar mamãe ao médico. Que, se fosse realmente necessário, eu iria. Saco.
Não contente, fez chantagem. Disse que se eu não for, vai chamar uma vizinha de quem eu não gosto "pra cuidar" dela. Liguei pra minha irmã e avisei pra ela ligar pro marido e dizer pra ele levar mamãe ao médico. Que, se fosse realmente necessário, eu iria. Saco.
Terça feliz
Hoje foi um dia divertido. Da aula fui para o trabalho. Até cheguei meio esbaforida, porque fui no 484 comum, mas logo me recuperei. O almoço estava péssimo como todos os dias e, pra piorar, comi sozinha. Tô doida que meus companheiros de almoço voltem de férias, não é justo os dois tirarem férias juntos e me deixarem sem companhia pra encarar aquela comidinha medonha. Pelo menos Marcia volta quinta. Temos que combinar que ou tiramos férias os três juntos ou um de cada vez.
Depois tomei um café com outra cálega e lanchei com Graciana. Nossas pausas pra merenda são ótemas. A gente vai num quiosque perto do meu prédio simpaticamente apelidado de Família Monstro. É que todos que trabalham lá são da mesma família e todos são muito feios. Agora, se eles são horroros... os lanchinhos que eles servem... são piores ainda. Mas tudo bem, já banalizei comida ruim. O bom é fofocar com Menina Graci. A gente fala da nossa família, amigos e pretendentes. Descascamos todo mundo, é claro, e trocamos conselhos. Edificante. Graci faz a repartição mais feliz.
Do trabalho fui direto pro Devassa do Largo do Machado, jantar com um amigo que não via há uns 7 anos. É bom fofocar com quem se conhece há muito tempo, a gente tem intimidade pra falar qualquer barbaridade. Rimos muito juntos, pena que o catiço é fraco e bebe pouco. Às 20h disse que tinha que ir embora. Ele tá querendo ir no Chope dos Leitores, mas tá meio arredio. É moço tímido.
Quando cheguei em casa liguei logo o computador para terminar um textinho que uma amiga pediu pra uma matéria sobre relacionamentos. Pausa pra falar ao telefone. Mais uma conversa sobre como o mundo é estranho. Também ri muito. Assim que demos "boa noite", voltei pra terminar a função, mas minha amiga já tava satisfeita com a primeira parte que eu tinha enviado. Eram conselhos para mulheres recém solteiras sobre como ir pra pista e não cair em armadilhas. Agora virei oráculo de relacionamentos. Tem gente pra tudo no mundo mesmo, até pra querer meus conselhos. Quando for publicado divulgo o link aqui.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Ótema
Amiga Graciana me escreveu hoje perguntando se eu estava aborrecida. Mas, por que estaria? "Por causa do cinzeiro!". Nem lembrava mais do cinzeiro. Eu sinto ódio instantâneo e fulminante e já esqueci cinco minutos depois. Desabafei, desliguei o computador e fui dormir pensando em coisas agradáveis. Já era passado. Vou comprar umas coisas pra casa assim que tiver tempo e aproveito pra comprar um cinzeiro novo.
Hoje estou de ótimo humor. Terça é dia de aula, adoro estudar, daí sempre fico animada, pensando na discussão dos textos. Terça é um dia feliz.
Hoje estou de ótimo humor. Terça é dia de aula, adoro estudar, daí sempre fico animada, pensando na discussão dos textos. Terça é um dia feliz.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Péssimo humor
Tô eu aqui jogando conversa fora com meu amigo Vinicius no Gtalk e resolvo acender um cigarrinho. Sim, voltei a fumar durante a estada em SP, mas isso é outra história. Comprei um maço de Marlboro no jogo do Corinthians (como o mundo é estranho, fui corintiana por um domingo e pior que disseram que dei sorte: "agora vc não pode ir embora, tem jogo quarta") e ainda trouxe o isqueiro do Juliano. Vou catar um cinzeiro e cadê? Lembrei que minha mãe teve aqui na véspera de eu viajar. Bingo.
Liguei pra ela. Meu cunhado que atendeu e dedurou logo "trouxe sim, meteu na bolsa e trouxe. Mas acabou de quebrar". Ódeo! Pra leva meu cinzeiro se sabe que quebra. Mando chamar minha irmã.
- Por que vc deixou ela levar meu cinzeiro?
- Ela disse que vc tinha dois e deu um pra ela.
- Eu tinha dois pra ter dois, não pra dar um pra ela. Eu podia ter 20 cinzeiros, ela não podia levar sem me falar.
- Ai, Roberta. Não fode. Te compro outro amanhã.
- NÃO É PELO CINZEIRO, CARALHO. É PELO ABUSO!
Não adianta, minha irmã não entende. As visitas da minha mãe estão suspensas. Eu sabia que ela ia começar a levar as minhas coisas, não ia bastar imundiçar tudo aqui.
Ainda resta um cinzeiro solitário. Vou comprar outros esta semana.
Addicted
Cheguei em casa hoje e não havia coca zero. Achei que sobreviveria, já que tô com sono. A hora foi passando e a vontade piorando. Eu já tava de camisola de ursinhos qndo percebi que não ia sobreviver sem meu líquido negro. Tudo bem, o tempo que eu saía de pijama já passou. Troquei de roupa pra ir comprar, mas ainda acho ridículo sair a essa hora, neste frio, pra comprar coca zero.
Leitores paulistanos
Lembra aquela lista com o telefone o e-mail de todos os presentes ao chope? Aquela escrita em um guardanapo que vcs me deram? Claro que eu perdi, eu tava chamando urubu de meu lôro quando saí do bar. Nem sei como lembro da existência da lista!
Pois é, enviem tudo pro meu e-mail.
Dilemas
Acabei de baixar as fotos da viagem e me bateu o dilema de sempre. Eu me acho bonita quando me vejo no espelho. Eu me acho feia quando me vejo em fotos, mas as outras pessoas me parecem exatamente como eu as vejo. Donde se conclui que sou feia mesmo. Não, não me acho feia, é só em fotos. Vc entendeu. Tenho que parar de me deixar fotografar.
Por falar em comemorar ou consolar...
Lembrei de uma palhaçada de seleção para doutorado. Vou postar no HTP.
A novela do doutorado
A próxima etapa é no dia 26, sexta-feira, quando sai o resultado da análise de currículo e da carta de apresentação. Vamos ver se vamos comemorar ou se vcs vão me consolar.
Se eu passar desta etapa, no dia 10 de julho sai a lista dos projetos aprovados e a convocação para a entrevista e prova escrita. Ainda demora, ainda temos muitos capítulos.
Se eu passar desta etapa, no dia 10 de julho sai a lista dos projetos aprovados e a convocação para a entrevista e prova escrita. Ainda demora, ainda temos muitos capítulos.
sábado, 20 de junho de 2009
Ressaca, teu nome é Roberta
O chope de ontem foi ótimo, muito melhor do que eu esperava. Adorei meus leitores paulistanos, pelo menos os que apareceram. Foram tão queridos, tão afetivos. Fiquei até emocionada quando a Cris contou que já leu minha dissertação de mestrado e que se refere a mim como uma amiga.
Foi tanta gente que eu não lembro o nome de todo mundo. Apareceram até a Camila, niteroiense que tava no último chope do Rio, e a Ilana, carioca da Tijuca que conheci no Estrela da Lapa. Muito bom!
Bom, como eu quase não comi ontem, mas bebi bastante, inclusive cachaça, fiquei bebinha rapidinho. Do bar, fomos dançar salsa em um lugar muito bagaça e muito engraçado. Tive direito até a uma aula relâmpago com uma leitora que dança de um tudo. Hoje acordei com toda a dor de cabeça do mundo, uns cortes pequenos no rosto e a unha do polegar direito descascada. Sabe-se lá como consegui isso.
Ai, ai. A vida é bela e sempre sou feliz em São Paulo.
Agora vou procurar alguém disponível para bater perna comigo pela Vila Madalena. Quem quiser me acompanhar, telefone?
Ah, há muitas fotos. Contrariando meus costumes, trouxe câmera!
Foi tanta gente que eu não lembro o nome de todo mundo. Apareceram até a Camila, niteroiense que tava no último chope do Rio, e a Ilana, carioca da Tijuca que conheci no Estrela da Lapa. Muito bom!
Bom, como eu quase não comi ontem, mas bebi bastante, inclusive cachaça, fiquei bebinha rapidinho. Do bar, fomos dançar salsa em um lugar muito bagaça e muito engraçado. Tive direito até a uma aula relâmpago com uma leitora que dança de um tudo. Hoje acordei com toda a dor de cabeça do mundo, uns cortes pequenos no rosto e a unha do polegar direito descascada. Sabe-se lá como consegui isso.
Ai, ai. A vida é bela e sempre sou feliz em São Paulo.
Agora vou procurar alguém disponível para bater perna comigo pela Vila Madalena. Quem quiser me acompanhar, telefone?
Ah, há muitas fotos. Contrariando meus costumes, trouxe câmera!
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Homologada!
Minha inscrição para o doutorado foi homologada!
Tô aqui tomando uma cervejota geladíssima com minha amiga Nathalia Molina pra comemorar. Daqui a pouco parto pro chope dos leitores.
Alegria, alegria!
Tô aqui tomando uma cervejota geladíssima com minha amiga Nathalia Molina pra comemorar. Daqui a pouco parto pro chope dos leitores.
Alegria, alegria!
Blogstar em São Paulo
Perdi o voo. Acordei na hora que devia estar no aeroporto. Esqueci de colocar o relógio.
Após alguns minutos de "horror, horror, horror" já consegui outro voo. Vou chegar mais tarde do que pretendia, mas chego.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Horror, horror, horror!
Tô arrumando a mala e resolvi experimentar o vestido que vou usar no casamento. Ca-ga-lho. A balança assassina tinha razão: se eu expirrar o zíper explode. Engordei nos útimos 15 dias.
Chope com os leitores de São Paulo
Quando? sexta-feira, dia 19 de junho
Que horas? Sei lá, à noite, oras. Umas 20h acho que tá bom.
Local: Filial, na Rua Fidalga, 254 - Vila Madalena
Quem quiser, me escreva para shaisha@hotmail.com que envio o número do meu celular para vocês confirmarem. Vou ver com o Betto se posso passar o dele também.
Que horas? Sei lá, à noite, oras. Umas 20h acho que tá bom.
Local: Filial, na Rua Fidalga, 254 - Vila Madalena
Quem quiser, me escreva para shaisha@hotmail.com que envio o número do meu celular para vocês confirmarem. Vou ver com o Betto se posso passar o dele também.
Raivosa
Hoje tô com raiva dos palhaços. Um deles, que outrora já foi a estrela da companhia, me irritou muito ontem. Depois de oito anos como Dona de Circo, aprendi a não relatar as palhaçadas no calor do espetáculo. Antes chegava em casa e, ainda meio bêbada, escrevia. Agora anoto os dados pra não esquecer, mas só publico quando posso rir daquilo. Pois bem, ainda tô irritada, mas acho que vou publicar. Tá, ele deu azar de tentar recuperar o emprego num dia que eu já não tava bem. Normalmente eu morreria de rir e ligaria pra Graciana pra contar. Ontem fiquei puta e minha irmã que riu da minha cara. Ah, se esse catiço passa na minha frente hoje!
Dia ruim
Tô morrendo de sono, quase não dormi. Ontem foi aniversário da minha mãe e fui jantar com ela. Depois ela resolveu que queria dormir na minha casa. Eu moro num kitnet, o famoso studio, para O Orientador, ou aparelho, para o Gueto Blater. Só tem uma cama. Só cabe uma cama. Obviamente, minha mãe dormiu comigo nesta cama. Puta que pariu. Ela chuta, fala, ronca, se mexe e levanta a noite toda. Eu devia ter dado um rivotril, mas ela pegou no sono enquanto eu respondia meus e-mails, achei que ia chapar direto. Ela tá acostumada a ver televisão de madrugada e não entende que eu tenho que dormir. Reclama que não tenho TV a cabo, reclama que minha cama é dura. Ela mora com minha irmã numa casa de três quartos. Por que tem que se enfiar no meu cafofo? Ah, o chão já estava imundo quando eu saí.
Sim, acordei meio mal humorada. Daqui a pouco passa. Agora que já resmunguei, vou almoçar.
Sim, acordei meio mal humorada. Daqui a pouco passa. Agora que já resmunguei, vou almoçar.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Quero que seja sexta-feira
Primeiro porque vou pra São Paulo ver amigos e conhecer leitores. Em segundo lugar, porque sai a lista das inscrições homologadas no doutorado. Vamos ver se vou comemorar ou beber pra esquecer.
Não acredito
Estou com dor de cabeça e espirrando. Não acredito que vou ficar gripada na véspera da viagem.
Manhã difícil
Acordei alegrinha antes do despertador tocar, mas fiquei na cama pensando na vida até estar quase atrasada pro trabalho.
Quando tava quase saindo de casa, reparei em umas formigas na mesinha de cabeceira. Eu tinha esquecido um bombom que ganhei na festa de dia dos namorados. Raramente como doces porque já não sou magra e doce quanto mais se come, mais se quer. Prefiro gastar minha cota de calorias com cerveja. Tinha esquecido completamente a merda do bombom (que dizem que tava bom) que tava lá há cinco dias. Devia ter jogado fora logo ou dado pra alguém. Pois bem, peguei o saquinho pra botar no lixo e o bombom, que tava todo desmilinguido lá dentro, saiu pingando licor com formiga pela casa. Uma beleza matinal. Eu, freak no combate às baratas, tive que limpar tudo satisfatoriamente. Sim, agora eu já estava bastante atrasada.
Na rua descobri que o tempo havia esquentado e minha roupa não era conveniente. Caminhei pro ponto do ônibus sentindo calor, mas com preguiça de tirar o casaco. Havia um acidente no caminho e o trajeto demorou mais que o normal. Agora estava atrasada pra caralho.
Quando cheguei na repartição havia um bilhete sobre a minha mesa "Fulano esteve aqui, mas não esperou". Eu tinha esquecido que tinha uma reunião cedo. Dei perdido no Fulano e eu que tinha pedido a reunião e sugerido que fosse na minha sala. Vou escrever pra ele remarcando pra semana que vem, pois nesta já tenho uma reunião por dia. Aliás, segunda e terça da semana que vem também já estão tomadas. Odeio reuniões, mas trabalho num universo paralelo onde há reuniões pra tudo. Não, não tenho nenhum cargo de importância. É apenas um universo paralelo mesmo.
Para melhorar, minha mãe já ligou três vezes hoje para me atormentar. Como parei de atender, ela terceirizou o serviço e incumbiu minha irmã da tarefa de me encher o saco: ela já ligou duas vezes. Deve piorar: hoje é aniversário da minha mãe e vou jantar com ela.
Estou com dor de cabeça e quase mau humor. Pelo jeito, até o fim do dia estarei mordendo quem passar no meu caminho.
Quando tava quase saindo de casa, reparei em umas formigas na mesinha de cabeceira. Eu tinha esquecido um bombom que ganhei na festa de dia dos namorados. Raramente como doces porque já não sou magra e doce quanto mais se come, mais se quer. Prefiro gastar minha cota de calorias com cerveja. Tinha esquecido completamente a merda do bombom (que dizem que tava bom) que tava lá há cinco dias. Devia ter jogado fora logo ou dado pra alguém. Pois bem, peguei o saquinho pra botar no lixo e o bombom, que tava todo desmilinguido lá dentro, saiu pingando licor com formiga pela casa. Uma beleza matinal. Eu, freak no combate às baratas, tive que limpar tudo satisfatoriamente. Sim, agora eu já estava bastante atrasada.
Na rua descobri que o tempo havia esquentado e minha roupa não era conveniente. Caminhei pro ponto do ônibus sentindo calor, mas com preguiça de tirar o casaco. Havia um acidente no caminho e o trajeto demorou mais que o normal. Agora estava atrasada pra caralho.
Quando cheguei na repartição havia um bilhete sobre a minha mesa "Fulano esteve aqui, mas não esperou". Eu tinha esquecido que tinha uma reunião cedo. Dei perdido no Fulano e eu que tinha pedido a reunião e sugerido que fosse na minha sala. Vou escrever pra ele remarcando pra semana que vem, pois nesta já tenho uma reunião por dia. Aliás, segunda e terça da semana que vem também já estão tomadas. Odeio reuniões, mas trabalho num universo paralelo onde há reuniões pra tudo. Não, não tenho nenhum cargo de importância. É apenas um universo paralelo mesmo.
Para melhorar, minha mãe já ligou três vezes hoje para me atormentar. Como parei de atender, ela terceirizou o serviço e incumbiu minha irmã da tarefa de me encher o saco: ela já ligou duas vezes. Deve piorar: hoje é aniversário da minha mãe e vou jantar com ela.
Estou com dor de cabeça e quase mau humor. Pelo jeito, até o fim do dia estarei mordendo quem passar no meu caminho.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Era sono
Minha tristeza de ontem era cansaço mesmo. Dormi super bem e hoje acordei ótema. Alegrinha, alegrinha da vida.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Estranha
Estou me sentindo estranha. Alegre e triste ao mesmo tempo. Fiquei feliz de conseguir fazer a inscrição, mas cheguei em casa meio triste. Apesar de ter dormido quase nada, tava pilhadíssima e não queria vir pra casa. Resolvi me dar um vestido novo de presente por ter terminado o projeto e aproveitar pra comprar o presente de aniversário da minha mãe. Peguei uma carona com uma colega de repartição e fui pro shopping. Comprei um vestido lindo e cortei o cabelo. Tava me sentindo maravilhosa e alegre, morrendo de saudade da minha casa, já que fiquei na casa de O Orientador o fim de semana inteiro. Mas não é que quando cheguei aqui fiquei triste e chorosa? Pra piorar, liguei pra algumas amigas e ninguém tava em casa. Ninguém pra me consolar! Só me resta blogar. :P
Vou dormir que meu mal deve ser sono. Sempre que estou muito cansada fico com vontade de chorar. Amanhã já passou.
Vou dormir que meu mal deve ser sono. Sempre que estou muito cansada fico com vontade de chorar. Amanhã já passou.
Inscrita
Para o bem ou para o mal, esta etapa já foi. Entreguei a papelada toda e estou inscrita no processo seletivo pro doutorado. Vamos aguardar agora se minha inscrição vai ser homologada ou não. Depois vêm a entrevista e a prova de inglês. Agora vou me dedicar a me preparar pra defender meu caô na frente da banca na entrevista. Quer dizer, agora vou é dormir, semana que vem penso nisso.
Ai, nem sei o porre que vou tomar se eu passar.
Ai, nem sei o porre que vou tomar se eu passar.
O tal do projeto
Terminei o bendito projeto de doutorado. Claro, como sou complicada, inventei de mudar metade dele no fim-de-semana. Fui dormir às 3h e acordei hoje às 6h30, na verdade, mal dormi pq tava muito agitada, mas tão as cinco cópias impressas e encadernadas aqui ao meu lado. Depois do almoço vou entregar, junto com a documentalha exigida. Cansei.
Ainda tô super agitada, apesar de cansada. Tô meio burra, ansiosa, falando mais rápido do que o usual, trincando os dentes, com frio na barriga e um pouco de dor cabeça. Tudo que eu quero é que seja amanhã e isso tenha acabado. Devia ter tomado um Buspar.
Ainda tô super agitada, apesar de cansada. Tô meio burra, ansiosa, falando mais rápido do que o usual, trincando os dentes, com frio na barriga e um pouco de dor cabeça. Tudo que eu quero é que seja amanhã e isso tenha acabado. Devia ter tomado um Buspar.
sábado, 13 de junho de 2009
Acontecimentos pouco auspiciosos
Quando acordei encontrei uma barata grande morta embaixo da mesa do computador. A mesa tem tampo de vidro e fiquei escrevendo e olhando a barata de barriga pra cima, com preguiça de ir buscar vassoura e pá para remover o cadáver. Tudo bem, teria sido pior encontrar uma barata viva, mas odeio começar o dia dando de cara com uma barata na minha casa. Na verdade, lembrei que ontem à noite tinha visto a barata enquanto tirava os brincos.
Após a remoção da invasora, tomei banho e fui tomar café. Resolvi que tava na pilha de comer torradas. Acredita que meu pão de forma tava congelado? É, criou gelo no pão dentro da geladeira e olha que o termostato tava no "médio" e não no "máximo". Joguei a merda do pão com gelo fora e bebi café puro. Tá, reconheço, minha geladeira é meio vazia, mas pô, tem água com e sem gás, coca zero, light e comum, cerveja, pão de forma, requeijão, queijo amarelo fatiado, margarina e iogurte! Ah, e pó de café, é claro. Acho que tem até uns legumes murchos no gavetão, sem falar nuns frascos de molho e coisas parecidas. Eu e Narinha vivemos anos numa ração de pão de forma, queijo amarelo fatiado, suco de laranja de caixinha, cerveja e coca light... agora tô até luxando.
Após a remoção da invasora, tomei banho e fui tomar café. Resolvi que tava na pilha de comer torradas. Acredita que meu pão de forma tava congelado? É, criou gelo no pão dentro da geladeira e olha que o termostato tava no "médio" e não no "máximo". Joguei a merda do pão com gelo fora e bebi café puro. Tá, reconheço, minha geladeira é meio vazia, mas pô, tem água com e sem gás, coca zero, light e comum, cerveja, pão de forma, requeijão, queijo amarelo fatiado, margarina e iogurte! Ah, e pó de café, é claro. Acho que tem até uns legumes murchos no gavetão, sem falar nuns frascos de molho e coisas parecidas. Eu e Narinha vivemos anos numa ração de pão de forma, queijo amarelo fatiado, suco de laranja de caixinha, cerveja e coca light... agora tô até luxando.
Relatório de pista
A Noite dos Solteiros ontem foi óóótema, melhor do que eu esperava, apesar da chuva e do frio. E olha que eu tava cansadíssima e havia me equivocado ao escolher uma bota que pouco uso: meus dedinhos do pé tavam dormentes.
Mas depois dou o relatório completo. Acordei há pouco e vou fazer a revisão no projeto. Sim, eu consegui fazer o projeto. Vou tomar banho e partir para a casa de O Orientador para trabalharmos. À noite, Mãe Camila recebe para jantar em comemoração do seu aniversário.
Amanhã, quem sabe sou uma mulher de sorte e não preciso mais trabalhar no projeto, quem sabe, posso dormir até o corpo doer e ir a um cineminha ou tomar uma cervejinha na Lapa. Ai-ai.
Mas depois dou o relatório completo. Acordei há pouco e vou fazer a revisão no projeto. Sim, eu consegui fazer o projeto. Vou tomar banho e partir para a casa de O Orientador para trabalharmos. À noite, Mãe Camila recebe para jantar em comemoração do seu aniversário.
Amanhã, quem sabe sou uma mulher de sorte e não preciso mais trabalhar no projeto, quem sabe, posso dormir até o corpo doer e ir a um cineminha ou tomar uma cervejinha na Lapa. Ai-ai.
Personare me manda ir pra pista!
Abertura social
Vênus em trigono com Lua natal
De: 11/06, 14h39, até 22/06, 9h02
Entre os dias 11/06 e 22/06, o planeta Vênus no céu estará formando um aspecto harmônico à Lua do seu mapa de nascimento, Roberta. Este ciclo está associado a uma idéia de popularidade, charme social, boas situações envolvendo lazer, festas, encontros e reuniões. É um excelente momento para conhecer as pessoas certas, que poderão lhe beneficiar de alguma forma no seu trabalho ou em sua vida afetiva, ou até na vida espiritual. A qualidade natural deste momento envolve um bem-estar que está associado a uma busca por tudo aquilo que é bom e belo na sua concepção das coisas. É um período conveniente para interagir, fazer-se ver, conhecer gente nova. Suas emoções estarão fluindo a contento, e as pessoas em geral estarão lhe percebendo como alguém simpático. E é justamente por esta qualidade maior de simpatia neste momento que você tenderá a conseguir as coisas sem muito esforço, valendo-se mais do sorriso e da elegância.
Num sentido geral, esta tende a ser uma excelente fase para comprar roupas novas, embelezar-se ou ao seu ambiente doméstico, estrear um novo penteado, ou mesmo um novo estilo de visual. A vaidade é uma marca deste momento, e pode ser claramente aproveitada. A beleza, apesar de não ser a coisa mais importante do mundo, não deixa de ter sua importância, afinal! Cuidar de si, sentir-se bem é a ordem do momento, Roberta!
Vou aproveitar que estou linda e vou comprar umas roupinhas novas!
Vênus em trigono com Lua natal
De: 11/06, 14h39, até 22/06, 9h02
Entre os dias 11/06 e 22/06, o planeta Vênus no céu estará formando um aspecto harmônico à Lua do seu mapa de nascimento, Roberta. Este ciclo está associado a uma idéia de popularidade, charme social, boas situações envolvendo lazer, festas, encontros e reuniões. É um excelente momento para conhecer as pessoas certas, que poderão lhe beneficiar de alguma forma no seu trabalho ou em sua vida afetiva, ou até na vida espiritual. A qualidade natural deste momento envolve um bem-estar que está associado a uma busca por tudo aquilo que é bom e belo na sua concepção das coisas. É um período conveniente para interagir, fazer-se ver, conhecer gente nova. Suas emoções estarão fluindo a contento, e as pessoas em geral estarão lhe percebendo como alguém simpático. E é justamente por esta qualidade maior de simpatia neste momento que você tenderá a conseguir as coisas sem muito esforço, valendo-se mais do sorriso e da elegância.
Num sentido geral, esta tende a ser uma excelente fase para comprar roupas novas, embelezar-se ou ao seu ambiente doméstico, estrear um novo penteado, ou mesmo um novo estilo de visual. A vaidade é uma marca deste momento, e pode ser claramente aproveitada. A beleza, apesar de não ser a coisa mais importante do mundo, não deixa de ter sua importância, afinal! Cuidar de si, sentir-se bem é a ordem do momento, Roberta!
Vou aproveitar que estou linda e vou comprar umas roupinhas novas!
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Péssimas escolhas
Certos especialistas já não me agradam. Hoje, por exemplo, havia algo como uma palestra ou avaliação ou programa nutricional na minha repartição. Como era de graça mesmo, apesar de estar fazendo muita coisa, fui lá ver qual era com as caléga tudo.
Rapaz, subi numa tal duma balança que me arrasou. Disse que minha idade metabólica é de 47 anos e que estou em estado de obesidade. Envelheci 9 anos assim, numa subidinha numa balança e ainda virei obesa. Vai tomar no cu, né não?
Ainda disseram que vão me mandar um tal de um questionário por e-mail e pra eu ir pegar meu planejamento nutricional mês que vem. Tá bom, me aguarde.
Rapaz, subi numa tal duma balança que me arrasou. Disse que minha idade metabólica é de 47 anos e que estou em estado de obesidade. Envelheci 9 anos assim, numa subidinha numa balança e ainda virei obesa. Vai tomar no cu, né não?
Ainda disseram que vão me mandar um tal de um questionário por e-mail e pra eu ir pegar meu planejamento nutricional mês que vem. Tá bom, me aguarde.
Das minhas alegrias
Vou terminar minha cervejota e vou dormir, que faz bem pra pele. Tô achando a minha meio oleosa, com os poros abertos, sabe? De repente amanhã rola uma máscara de argila. Como disse o Beto, "puta que pariu, fica com a cara toda dura, não pode nem atender o telefone". É isso aí, e depois fico maravilhosa. Se bem que comecei a usar meu sabonete facial mousse e o serum. Já dá pra notar a diferença. Linda, linda, linda!
Preciso é marcar outra consulta com a dermatologista, mas isso é outra história. Tô viciada em dermatologista. É muito mais legal que fazer terapia e a pele ainda fica bonita. Ai, vou marcar muitos médicos em julho. Tô precisando me sentir segura e protegida como somente uma receita prescrita por um especialista pode me proporcionar.
Preciso é marcar outra consulta com a dermatologista, mas isso é outra história. Tô viciada em dermatologista. É muito mais legal que fazer terapia e a pele ainda fica bonita. Ai, vou marcar muitos médicos em julho. Tô precisando me sentir segura e protegida como somente uma receita prescrita por um especialista pode me proporcionar.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Em casa
Essa semana foi dura, mas pelo menos foi curta. E eu, que tanto desejei esta sexta-feira em plena quarta, tô em casa, não saí.
Ia jantar com uma companhia masculina (e como me ensinou Mãe Camila há muito tempo, não se dispensa uma companhia masculina para jantar). Ia, do verbo tomei um perdido. Não foi assim um perdido perdido, foi só uma volta. O catiço me ligou no fim da tarde pra dizer que tava virado e ia pra casa dormir até ressuscitar: teria passado a madrugada trabalhando. "Eu tava animado pra essa parada, mas não vai rolar". Essa "parada" que outrora o animava era sair comigo. Como ele vai viajar no feriado, nosso compromisso está adiado por tempo indeterminado. É a vida e ele a minha companhia masculina favorita, deixa rolar.
Saí do trabalho e fui para a missa em memória do filho do meu cunhado. De lá, vim direto para casa, aproveitando a carona de Mendonça. Este ia encher a cara em casa mesmo, na dileta companhia da patroa. Até me convidou, mas preferi ficar na minha.
Mal cheguei, Lolita G me convidou pro aniversário de Dani no Samba Luzia. Até fiquei cogitei, mas não tava animada. Ir pro samba com cara de cu não rola. Também tava num impasse se ia ou se estudava. Supostamente, entrego meu projeto de doutorado na segunda-feira. Qual projeto de doutorado? O que vou escrever amanhã, oras.
Lolita G sentenciou: quero muito que você vá, mas também quero muito que vc faça seu projetinho. Se for pra ficar em casa triste, vamos pro samba. É, mas acabei ficando em casa triste. Mas não é muito triste não, sabe? Só não dava motivo pra sair.
Se estudei? Terminei de ler um texto que era necessário, mas não escrevi uma linha sequer. Como diz outro amigo meu, na hora sai.
Ia jantar com uma companhia masculina (e como me ensinou Mãe Camila há muito tempo, não se dispensa uma companhia masculina para jantar). Ia, do verbo tomei um perdido. Não foi assim um perdido perdido, foi só uma volta. O catiço me ligou no fim da tarde pra dizer que tava virado e ia pra casa dormir até ressuscitar: teria passado a madrugada trabalhando. "Eu tava animado pra essa parada, mas não vai rolar". Essa "parada" que outrora o animava era sair comigo. Como ele vai viajar no feriado, nosso compromisso está adiado por tempo indeterminado. É a vida e ele a minha companhia masculina favorita, deixa rolar.
Saí do trabalho e fui para a missa em memória do filho do meu cunhado. De lá, vim direto para casa, aproveitando a carona de Mendonça. Este ia encher a cara em casa mesmo, na dileta companhia da patroa. Até me convidou, mas preferi ficar na minha.
Mal cheguei, Lolita G me convidou pro aniversário de Dani no Samba Luzia. Até fiquei cogitei, mas não tava animada. Ir pro samba com cara de cu não rola. Também tava num impasse se ia ou se estudava. Supostamente, entrego meu projeto de doutorado na segunda-feira. Qual projeto de doutorado? O que vou escrever amanhã, oras.
Lolita G sentenciou: quero muito que você vá, mas também quero muito que vc faça seu projetinho. Se for pra ficar em casa triste, vamos pro samba. É, mas acabei ficando em casa triste. Mas não é muito triste não, sabe? Só não dava motivo pra sair.
Se estudei? Terminei de ler um texto que era necessário, mas não escrevi uma linha sequer. Como diz outro amigo meu, na hora sai.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Frita
Ou "Programa pentelho nunca mais"
Fiz minha segunda sessão de depilação definitiva hoje. Ela fritou muito mais. Ao mesmo tempo que doeu mais, doeu menos porque eu já conhecia a dor. Quer saber? Tô nem aí, quero é fritar os pentelho tudo!
Fiz minha segunda sessão de depilação definitiva hoje. Ela fritou muito mais. Ao mesmo tempo que doeu mais, doeu menos porque eu já conhecia a dor. Quer saber? Tô nem aí, quero é fritar os pentelho tudo!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Do lixo ao luxo
Entre as opções para a noite dos solteiros no dia dos namorados, estava promover a festa do Lixo ao luxo, onde cada uma das convivas levaria um amigo "em quem não tenha interesse físico, mas que seja solteiro e hétero, afinal, o que é lixo para uma pode ser luxo para outra".
Adorei a idéia. Assim teríamos uma festa apenas com héteros solteiros e todos com selo de qualidade "amigo de amiga", sem falar na mesma proporção de homens e mulheres. A idéia é tão boa que resolvemos poupar para outra ocasião, afinal, o que não vai faltar na sexta vai ser "festa de solteiros". Vamos guardar o convescote "Do lixo ao luxo" para outra ocasião, digamos assim, de seca pior.
Adorei a idéia. Assim teríamos uma festa apenas com héteros solteiros e todos com selo de qualidade "amigo de amiga", sem falar na mesma proporção de homens e mulheres. A idéia é tão boa que resolvemos poupar para outra ocasião, afinal, o que não vai faltar na sexta vai ser "festa de solteiros". Vamos guardar o convescote "Do lixo ao luxo" para outra ocasião, digamos assim, de seca pior.
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Dia dos namorados,
Solteiras no Rio de Janeiro
Dia dos namorados dos solteiros
Ou Solteiras no Rio de Janeiro
O mulherio tá no maior fervo para programar uma noite de solteiros na sexta. Tem quem queira se esconder, quem sugira uma incursão ao convento de Santo Antonio, quem prefira se embriagar em casa. Eu já disse que pretendo ir pra uma festa de solteiros, no esquema "guerra é guerra" e arrumar um namorado pro uma noite. Como disse uma das meninas "adoro mentiras sinceras e amores relâmpago que terminam com o clarear do dia". Era mais ou menos isso. Como observou outra, por mais que sejam amores de uma noite, pelo menos sabemos que não vai ter cafajeste, pois não dá pra dar perdido na patroa no dia dos namorados.
Bom, sei que ficaram num bate-papo por e-mail o dia todo e, ao fim, Menina Graciana consolidou a programação em seu blog. Até já apareceram uns candidatos a acompanhante e até um candidato a ser amarrado, drogado com viagra e aproveitado por 12 mulheres loucas por dias a fim. Pobre de cristo deste moço. Sei não. Sei que nossa programação está lá e é aberta a adesões. De preferência, de solteiros bonitos.
O mulherio tá no maior fervo para programar uma noite de solteiros na sexta. Tem quem queira se esconder, quem sugira uma incursão ao convento de Santo Antonio, quem prefira se embriagar em casa. Eu já disse que pretendo ir pra uma festa de solteiros, no esquema "guerra é guerra" e arrumar um namorado pro uma noite. Como disse uma das meninas "adoro mentiras sinceras e amores relâmpago que terminam com o clarear do dia". Era mais ou menos isso. Como observou outra, por mais que sejam amores de uma noite, pelo menos sabemos que não vai ter cafajeste, pois não dá pra dar perdido na patroa no dia dos namorados.
Bom, sei que ficaram num bate-papo por e-mail o dia todo e, ao fim, Menina Graciana consolidou a programação em seu blog. Até já apareceram uns candidatos a acompanhante e até um candidato a ser amarrado, drogado com viagra e aproveitado por 12 mulheres loucas por dias a fim. Pobre de cristo deste moço. Sei não. Sei que nossa programação está lá e é aberta a adesões. De preferência, de solteiros bonitos.
Tudo safado
Até hoje ninguém me mandou as fotos do chope. Acho que vou ter que abrir a mão e comprar uma câmera se quiser fotos dos nossos convescotes.
O mundo é estranho
Entrei na agência do Itaú do Bairro de Fátima por volta de 14h de domingo pra fazer um saque. Tô lá num dos caixas e logo em seguida para um rapaz com uma garotinha na máquina ao lado. Ouço ele dizer pra menina "vamos sair daqui que tem macumba, vamos" e passou pro guichê do meu outro lado. Eu, repórter e fofoqueira que sou, perguntei "macumba? como assim macumba?". Ele me mandou olhar. Tinha um alguidar com frutas e moedas no cantinho. Sim, arriaram uma obrigação no caixa eletrônico!
Fico imaginando a imagem gravada na câmera de segurança com o cidadão se abaixando pra colocar o alguidar no chão. Será que ele disfarçou até estar vazio ou nem se abalou e fez na frente de todo mundo? Será que é pra trazer prosperidade aos correntistas daquela agência ou o contrário?
Como sempre digo, o mundo é estranho.
Fico imaginando a imagem gravada na câmera de segurança com o cidadão se abaixando pra colocar o alguidar no chão. Será que ele disfarçou até estar vazio ou nem se abalou e fez na frente de todo mundo? Será que é pra trazer prosperidade aos correntistas daquela agência ou o contrário?
Como sempre digo, o mundo é estranho.
Tristeza que segue
Agora vou dormir. Amanhã tenho mil coisas pra resolver, inclusive pagar meu aluguel que venceu na sexta e foi esquecido na confusão. Amanhã é outro dia e vida que segue, sempre.
Ah, não quero falar sobre o assunto. Se quiserem comentar no blog, ok, mas não esperem resposta. Não quero que me telefonem pra falar disso. Se me encontrarem, não toquem no assunto, por favor. Não existe nada que você diga que vá mudar alguma coisa. Não existe nada que vc diga que vá me consolar. Só vai me lembrar e me cansar.
Ah, não quero falar sobre o assunto. Se quiserem comentar no blog, ok, mas não esperem resposta. Não quero que me telefonem pra falar disso. Se me encontrarem, não toquem no assunto, por favor. Não existe nada que você diga que vá mudar alguma coisa. Não existe nada que vc diga que vá me consolar. Só vai me lembrar e me cansar.
domingo, 7 de junho de 2009
Tristeza infinita IV
Claro que não dormi. Dormitei e pesadelei. O carro ia passar pra me pegar às 9h para seguirmos pro cemitério em Sulacap. Levantei às 7h30, já que não dormia mesmo. Pelo jeito, o motorista também não, pois chegou às 8h50. Pegamos Mendonça e fomos. Engarrafamento. Chegamos lá às 10h30. O corpo ainda não tinha chegado. O Alex já tava lá desde antes das 10h, além do avô.
Fomos resolver a parte burocrática e depois esperar as pessoas chegarem. Vieram os amigos do Cachambi e os de São João de Meriti, os amigos do futebol, os amigos da repartição. Veio muita gente. Meu cunhado e minha irmã estavam acabados.
No dia anterior eu segurei bem, chorei discretamente, só desabei de chorar quando estava sozinha em casa. Quase sempre eu seguro a onda. Mas lá no cemitério, quando vi minha irmã chorando, quando abracei minha irmã não segurei mais. Chorei até não ter mais lágrimas. Devia ter me drogado antes de sair de casa. As pessoas tentavam me convencer de sei lá o que, mas nada adiantava. Quanto mais eu via a família chorar, mais desconsolada ficava.
Depois do enterro, perguntei a Mendonça "Vamos almoçar e encher a cara?". "Que mais nos resta", ele respondeu. Nem almoçamos, só bebemos. Quando cheguei em casa, depois das 22h, chorei como nunca tinha chorado. Quando não aguentava mais chorar, liguei para única pessoa no mundo que sabe me consolar, que sabe me acalmar. Nos momnentos difíceis, quando estou desesperada, sempre ligo para ele. Ele diz sempre "Calma menina bonita, tudo vai ficar bem". Pronto, basta. Ele nunca mentiu para mim e se está dizendo que tudo vai ficar bem é porque vai ficar. Eu me acalmo e paro de chorar. Celular desligado. Tomei um rivotril e deitei. Lá pra uma da manhã, ele ligou o celular e viu minhas ligações perdidas. Perguntou se eu queria que ele fosse pra minha casa, tentou me consolar. Eu tava chapada e nem falava coisa com coisa. Agradeci, mas disse que não precisava, eu ia dormir. Chapei.
Acordei ao meio-dia de domingo e decidi que não queria ir a lugar nenhum nem ver ninguém. Saí pra andar na rua e voltei. Comi uma lasanha congelada e chorei depois de cada vez que minha irmã ligou. Ela queria que eu fosse almoçar com ela, mas se fosse ia chorar mais ainda. Preferi ficar em casa.
Nem sei porque escrevi isso tudo. Acho que precisava contar, mas como não quero falar com ninguém, escrevi. O blog não tenta me consolar, não me diz que blábláblá. Não quero ouvir ninguém. Não quero falar com ninguém. Quero ficar sozinha.
Fomos resolver a parte burocrática e depois esperar as pessoas chegarem. Vieram os amigos do Cachambi e os de São João de Meriti, os amigos do futebol, os amigos da repartição. Veio muita gente. Meu cunhado e minha irmã estavam acabados.
No dia anterior eu segurei bem, chorei discretamente, só desabei de chorar quando estava sozinha em casa. Quase sempre eu seguro a onda. Mas lá no cemitério, quando vi minha irmã chorando, quando abracei minha irmã não segurei mais. Chorei até não ter mais lágrimas. Devia ter me drogado antes de sair de casa. As pessoas tentavam me convencer de sei lá o que, mas nada adiantava. Quanto mais eu via a família chorar, mais desconsolada ficava.
Depois do enterro, perguntei a Mendonça "Vamos almoçar e encher a cara?". "Que mais nos resta", ele respondeu. Nem almoçamos, só bebemos. Quando cheguei em casa, depois das 22h, chorei como nunca tinha chorado. Quando não aguentava mais chorar, liguei para única pessoa no mundo que sabe me consolar, que sabe me acalmar. Nos momnentos difíceis, quando estou desesperada, sempre ligo para ele. Ele diz sempre "Calma menina bonita, tudo vai ficar bem". Pronto, basta. Ele nunca mentiu para mim e se está dizendo que tudo vai ficar bem é porque vai ficar. Eu me acalmo e paro de chorar. Celular desligado. Tomei um rivotril e deitei. Lá pra uma da manhã, ele ligou o celular e viu minhas ligações perdidas. Perguntou se eu queria que ele fosse pra minha casa, tentou me consolar. Eu tava chapada e nem falava coisa com coisa. Agradeci, mas disse que não precisava, eu ia dormir. Chapei.
Acordei ao meio-dia de domingo e decidi que não queria ir a lugar nenhum nem ver ninguém. Saí pra andar na rua e voltei. Comi uma lasanha congelada e chorei depois de cada vez que minha irmã ligou. Ela queria que eu fosse almoçar com ela, mas se fosse ia chorar mais ainda. Preferi ficar em casa.
Nem sei porque escrevi isso tudo. Acho que precisava contar, mas como não quero falar com ninguém, escrevi. O blog não tenta me consolar, não me diz que blábláblá. Não quero ouvir ninguém. Não quero falar com ninguém. Quero ficar sozinha.
Tristeza infinita III
Quase 22h, conseguimos liberar o corpo e sair do hospital. Deixamos a repórter em casa. Ainda atordoada, a pobre ficou lá com a gente o tempo todo. Nunca vou esquecer o rosto dela quando eu contei que ele tinha morrido. Eu disse "Julia, eu tô me sentindo culpada, eu que arrumei esse emprego pra ele" e ela "Roberta, e eu que pedi pra fazer outro caminho?". Nos abraçamos e choramos discretamente, para não ofender a dor legítima da família.
Passamos na repartição pra pegar copias dos documentos do rapaz e fomos pro IML. Outro périplo burocrático sem sentido. O corpo tinha chegado há pouco, mas se não houvesse sei lá quais documentos, só seria liberado no dia seguinte. Precisavam de um parente direto, pai, mãe ou irmão. Nos entendemo, mas não vamos esperar nem vamos trazer a família. Eu sou a tia.
O cara que me atendeu na parte de dentro do prédio era algo entre idiota, trincado ou alienígena. Fungava e coçava a barriga. Não entendia o que eu dizia e perguntava a mesma coisa três ou quatro vezes. Queria a minha certidão de nascimento pra conferir a filiação e sobrenomes. "Você não entendeu ainda? Nâo sou parente direta, não tenho o mesmo sobrenome dele". "Você casou com o pai do falecido?". "Não, minha irmã casou". "Então você casou com o falecido?". "Não, o pai dele é meu cunhado". "Então você não é tia dele". "Não, eu te disse isso logo que cheguei".
Aí ele decidiu que precisava de uma cópia da minha carteira de identidade. "É preciso realmente? Sou funcionária pública federal, não saio por aí roubando cadáveres em IMLs". "É preciso", foi taxativo. "Então vou buscar em casa, moro aqui perto". "Não é mais fácil a senhor tirar uma cópia aí fora?". "Moço, são meia-noite de sexta-feira. Onde eu vou arrumar uma máquina de xerox? O senhor pode tirar pra mim aí?". "Aqui não". Fui em casa buscar a cópia do documento. Ele levou uma hora pra preencher um formulário idiota com os dados do falecido e os meus. Eu levaria 15 minutos pra fazer aquilo. Terminada esta tarefa, era a hora do reconhecimento. Mendonça me poupou desta. Ele disse que sabia que era o Ronaldo, mas que não reconhecia o rosto sem vida.
Agora só restava esperar o agente funerário. "Quero uma cópia do crachá do agente funerário". "Moço, onde vamos arrumar isso a essa hora?". "Tem que ter, ele sabe disso". "Ele sabe, mas foi uma emergência". Foi o agente funerário pela noite da Lapa tentar tirar uma cópia do crachá. Voltou meia-hora depois sem ter conseguido. Após um resmungo, o barnabé se conformou "então tá, me traz amanhã". Fomos nós no estacionamento outra vez. Ele calçou luvas e foi transferir o corpo pra van da funerária. Virei de costas. Nisso, chegou Alex, o melhor amigo do pai do rapaz, que iria até a funerária cuidar desta etapa. Entregamos a ele os documentos e pertences, inclusive o crachá ensanguentado.
Como Alex assumiria daí pra frente, eu, Mendonça e Dona Mendonça, fomos comer alguma coisa e tentar nos embebedar, pois era a única coisa que nos restava. Já eram duas da manhã.
Passamos na repartição pra pegar copias dos documentos do rapaz e fomos pro IML. Outro périplo burocrático sem sentido. O corpo tinha chegado há pouco, mas se não houvesse sei lá quais documentos, só seria liberado no dia seguinte. Precisavam de um parente direto, pai, mãe ou irmão. Nos entendemo, mas não vamos esperar nem vamos trazer a família. Eu sou a tia.
O cara que me atendeu na parte de dentro do prédio era algo entre idiota, trincado ou alienígena. Fungava e coçava a barriga. Não entendia o que eu dizia e perguntava a mesma coisa três ou quatro vezes. Queria a minha certidão de nascimento pra conferir a filiação e sobrenomes. "Você não entendeu ainda? Nâo sou parente direta, não tenho o mesmo sobrenome dele". "Você casou com o pai do falecido?". "Não, minha irmã casou". "Então você casou com o falecido?". "Não, o pai dele é meu cunhado". "Então você não é tia dele". "Não, eu te disse isso logo que cheguei".
Aí ele decidiu que precisava de uma cópia da minha carteira de identidade. "É preciso realmente? Sou funcionária pública federal, não saio por aí roubando cadáveres em IMLs". "É preciso", foi taxativo. "Então vou buscar em casa, moro aqui perto". "Não é mais fácil a senhor tirar uma cópia aí fora?". "Moço, são meia-noite de sexta-feira. Onde eu vou arrumar uma máquina de xerox? O senhor pode tirar pra mim aí?". "Aqui não". Fui em casa buscar a cópia do documento. Ele levou uma hora pra preencher um formulário idiota com os dados do falecido e os meus. Eu levaria 15 minutos pra fazer aquilo. Terminada esta tarefa, era a hora do reconhecimento. Mendonça me poupou desta. Ele disse que sabia que era o Ronaldo, mas que não reconhecia o rosto sem vida.
Agora só restava esperar o agente funerário. "Quero uma cópia do crachá do agente funerário". "Moço, onde vamos arrumar isso a essa hora?". "Tem que ter, ele sabe disso". "Ele sabe, mas foi uma emergência". Foi o agente funerário pela noite da Lapa tentar tirar uma cópia do crachá. Voltou meia-hora depois sem ter conseguido. Após um resmungo, o barnabé se conformou "então tá, me traz amanhã". Fomos nós no estacionamento outra vez. Ele calçou luvas e foi transferir o corpo pra van da funerária. Virei de costas. Nisso, chegou Alex, o melhor amigo do pai do rapaz, que iria até a funerária cuidar desta etapa. Entregamos a ele os documentos e pertences, inclusive o crachá ensanguentado.
Como Alex assumiria daí pra frente, eu, Mendonça e Dona Mendonça, fomos comer alguma coisa e tentar nos embebedar, pois era a única coisa que nos restava. Já eram duas da manhã.
Tristeza infinita II
Fui avisada no celular pelo pessoal do trabalho dele, pois não tinham o contato do pai e sabiam que minha irmã não é uma pessoa para quem se dá uma notícia dessas. Até então só sabíamos que o Naldinho tinha levado um tiro e tava em uma clínica em Vaz Lobo. Eu liguei pro pai dele pra avisar. Como se diz para um pai que o filho dele levou um tiro? Não sei, mas eu disse. Eu adoro meu cunhado mas tive que dizer isso pra ele.
Atordoada, saí do trabalho e peguei um táxi pra tal da Climed. Tudo engarrafado, não sabia que Vaz Lobo era tão distante, afinal eu já tava na Av. Brasil. No caminho, ia tentando obter notícias por celular. Meu coração tava tão apertado pelo rapaz, que eu conhecia desde criança, como pelo pai dele, dirigindo sozinho pra lá sem saber se o filho tava vivo.
Quando cheguei na clínica, meu cunhado e Mendonça já tavam lá. O rapaz tinha sido transferido pro Hospital Getúlio Vargas há alguns instantes. A repórter, com quem trabalhei, tinha ido à delegacia prestar depoimento. Deixei Mendonça cuidando dos trâmites burocráticos e fui pro HGV com meu cunhado. Tivemos uma crise de choro abraçados, mas recobramos o prumo, pois havia muita coisa a fazer.
Ligamos pro irmão do meu cunhado, que tava fora da cidade e voltou imediatamente. Do HGV avisamos à mãe e irmã do rapaz. Combinamos não avisar à minha mãe, a avó e a bisavó do Naldinho, pois todas têm mil problemas de saúde e iam passar mal, deixaríamos pra dizer que tava tudo bem, pra falar pessoalmente quando voltássemos pra casa. Nosso medo era que a imprensa noticiasse e elas soubessem pela TV. Para não ficar expostos à curiosidade alheia, levamos todos para a cantina do hospital, aguardando notícias entre um café e outro.
Desde que cheguei na clínica em Vaz Lobo, de alguma maneira eu sabia que ele não ia resistir, mas não queria admitir. Eu me forçava a ter esperança e me enganar que ele ficaria vivo, que ele sobreviveria. Era um rapaz jovem e forte. No HGV, a cada notícia contraditória dos médicos, mais eu me enganava que ele ia sobreviver, ao mesmo tempo que no fundo mais eu sabia que ele não ia sobreviver.
A cada parente que chegava e eu ia buscar do lado de fora do hospital antes que fossem abordados pelos repórteres, eu sentia uma vergonha e uma culpa infinitas e irremediáveis, pois no íntimo me sentia responsável e achava que cada um me olhava sabendo que a culpa era minha.
Depois da notícia que havia terminado a segunda cirurgia e ele ia ser transferido pro CTI cheguei a respirar aliviada. O chefe do plantão da noite chamou Mendonça. A conversa demorou. Eu tentava tranquilizar a família, mas tava gelada e com dor no estômago. Quando Mendonça chegou e me chamou num canto, eu soube. Quando Mendonça segurou meus braços sem dizer nada por instantes infinitos, eu soube. Mas enquanto ele não disse, não me permiti acreditar. Chamei o tio e falei, levei pra conversar com o médico. Não tive coragem de dizer para os pais. Chamei os pais e levei para a sala do médico, saí e fechei a porta. Eles que contassem, disso eu não tive coragem. Do lado de fora a notícia se espalhou e pelo choro todos ficaram sabendo.
Tive que tirar todos do local, pois o corpo ia passar por ali. Levei todo mundo pra sala de informações, que é envidraçada. A imprensa filmando do lado de fora. Precisamos contar logo para as avós. Preciso tirar eles desta vitrine. Fui ver se o corpo já tinha passado pra gente voltar pra cantina. Tava passando. Esperei alguns instantes pra ter certeza que eles não veriam nada e os trouxe de volta pra cantina. Enquanto isso, Mendonça se informava quais os próximos passos. Precisávamos aguardar a liberação do corpo no hostitap e a 27DP mandar o rabecão para levar o corpo pro IML. Aconselhamos à família ir pra casa que nós resolveríamos tudo.
Mendonça cuidou desta parte. Um périplo por formulários, papéis e salinhas sujas e sórdidas onde se assinava livros ensebados e se ouvia pérolas. Mendonça disse que se sentiu o Waldomiro Pena, lidando com aquele emaranhado burocrático de inspetores e barnabés.
Ao lado da cantina, fui tentar telefonar pra minha mãe, pra dizer que ela não se preocupasse, pois minha irmã tava comigo. Também tentei enviar um torpedo para O Orientador, com quem eu ia viajar e dei um perdido. Meu celular Claro não pegava lá, tentei subir um pouco mais a ladeirinha e tive o desprazer de ver o rabecão com as portas abertas e os corpos dentro. Em uma daquelas caçambas estava ele.
Atordoada, saí do trabalho e peguei um táxi pra tal da Climed. Tudo engarrafado, não sabia que Vaz Lobo era tão distante, afinal eu já tava na Av. Brasil. No caminho, ia tentando obter notícias por celular. Meu coração tava tão apertado pelo rapaz, que eu conhecia desde criança, como pelo pai dele, dirigindo sozinho pra lá sem saber se o filho tava vivo.
Quando cheguei na clínica, meu cunhado e Mendonça já tavam lá. O rapaz tinha sido transferido pro Hospital Getúlio Vargas há alguns instantes. A repórter, com quem trabalhei, tinha ido à delegacia prestar depoimento. Deixei Mendonça cuidando dos trâmites burocráticos e fui pro HGV com meu cunhado. Tivemos uma crise de choro abraçados, mas recobramos o prumo, pois havia muita coisa a fazer.
Ligamos pro irmão do meu cunhado, que tava fora da cidade e voltou imediatamente. Do HGV avisamos à mãe e irmã do rapaz. Combinamos não avisar à minha mãe, a avó e a bisavó do Naldinho, pois todas têm mil problemas de saúde e iam passar mal, deixaríamos pra dizer que tava tudo bem, pra falar pessoalmente quando voltássemos pra casa. Nosso medo era que a imprensa noticiasse e elas soubessem pela TV. Para não ficar expostos à curiosidade alheia, levamos todos para a cantina do hospital, aguardando notícias entre um café e outro.
Desde que cheguei na clínica em Vaz Lobo, de alguma maneira eu sabia que ele não ia resistir, mas não queria admitir. Eu me forçava a ter esperança e me enganar que ele ficaria vivo, que ele sobreviveria. Era um rapaz jovem e forte. No HGV, a cada notícia contraditória dos médicos, mais eu me enganava que ele ia sobreviver, ao mesmo tempo que no fundo mais eu sabia que ele não ia sobreviver.
A cada parente que chegava e eu ia buscar do lado de fora do hospital antes que fossem abordados pelos repórteres, eu sentia uma vergonha e uma culpa infinitas e irremediáveis, pois no íntimo me sentia responsável e achava que cada um me olhava sabendo que a culpa era minha.
Depois da notícia que havia terminado a segunda cirurgia e ele ia ser transferido pro CTI cheguei a respirar aliviada. O chefe do plantão da noite chamou Mendonça. A conversa demorou. Eu tentava tranquilizar a família, mas tava gelada e com dor no estômago. Quando Mendonça chegou e me chamou num canto, eu soube. Quando Mendonça segurou meus braços sem dizer nada por instantes infinitos, eu soube. Mas enquanto ele não disse, não me permiti acreditar. Chamei o tio e falei, levei pra conversar com o médico. Não tive coragem de dizer para os pais. Chamei os pais e levei para a sala do médico, saí e fechei a porta. Eles que contassem, disso eu não tive coragem. Do lado de fora a notícia se espalhou e pelo choro todos ficaram sabendo.
Tive que tirar todos do local, pois o corpo ia passar por ali. Levei todo mundo pra sala de informações, que é envidraçada. A imprensa filmando do lado de fora. Precisamos contar logo para as avós. Preciso tirar eles desta vitrine. Fui ver se o corpo já tinha passado pra gente voltar pra cantina. Tava passando. Esperei alguns instantes pra ter certeza que eles não veriam nada e os trouxe de volta pra cantina. Enquanto isso, Mendonça se informava quais os próximos passos. Precisávamos aguardar a liberação do corpo no hostitap e a 27DP mandar o rabecão para levar o corpo pro IML. Aconselhamos à família ir pra casa que nós resolveríamos tudo.
Mendonça cuidou desta parte. Um périplo por formulários, papéis e salinhas sujas e sórdidas onde se assinava livros ensebados e se ouvia pérolas. Mendonça disse que se sentiu o Waldomiro Pena, lidando com aquele emaranhado burocrático de inspetores e barnabés.
Ao lado da cantina, fui tentar telefonar pra minha mãe, pra dizer que ela não se preocupasse, pois minha irmã tava comigo. Também tentei enviar um torpedo para O Orientador, com quem eu ia viajar e dei um perdido. Meu celular Claro não pegava lá, tentei subir um pouco mais a ladeirinha e tive o desprazer de ver o rabecão com as portas abertas e os corpos dentro. Em uma daquelas caçambas estava ele.
Tristeza infinita
Na sexta à noite morreu o filho do meu cunhado, enteado da minha irmã. Ele foi baleado em um assalto sem sequer reagir. Os bandidos atiraram antes deles saírem do carro e miraram também na jornalista que tava com ele. Felizmente, ela escapou.
A história toda já foi contada pelo Mendonça, não preciso repetir. O que só eu sei é como estou me sentindo. Eu que tinha indicado ele para a vaga de motorista na minha ex-repartição. Ele tinha 21 anos e até então trabalhava na loja do tio, nunca tinha tido emprego "de verdade", ainda não tinha nem carteira de trabalho. Tava todo orgulhoso, comprou camisas de botão novas pra ir trabalhar. Não recebeu nem o primeiro salário, com o qual ele pretendia dar um churrasco pros amigos pra comemorar o emprego, pagar as contas e dar o restante pra mãe.
Agora ele tá morto e enterrado e eu me sinto culpada. Eu sei que não tenho culpa, que foi uma tragédia aleatória, como tantas outras. Sei que o caso dele não é diferente dos outros baleados em assaltos que vi chegar no hospital enquanto esperava notícias dele. Racionalmente, sei que é simplesmente uma questão de sorte ou azar. Como sou agnóstica e não acredito em deus, destino, alma, espírito, desígnios divinos, sei que é simplesmente, meramente, sorte ou azar, por mais duro que isso pareça. Não vou fingir que acredito que "era o destino", "era a hora dele", "ele foi pra um lugar melhor", "foi a vontade de Deus", "Deus sabe o que faz", "ele está na paz infinita" ou sei lá o que das frases que me ouvi. Sei que todos queriam me confortar. Sei que é muito menos dolorido acreditar nisso. Mas, infelizmente, isso não é pra mim. Ele simplesmente não vive mais e o lugar pra onde ele foi é pra baixo da terra, se decompondo em um caixão frio.
Sei perfeitamente que ele deu azar de passar ali naquela hora. Sou muito prática e racional, afinal, não acredito em Deus porque não faz sentido e não é explicável. Mas sou gente que nem todo mundo e gente também não faz sentido. Apesar de saber de tudo, emocionalmente não consigo deixar de me sentir responsável. De pensar que eu não tinha nada que ter me metido na vida dele. Não consigo deixar de pensar que preferia ele desempregado e vivo. Não esqueço do sorriso dele no almoço do dia das mães me agradecendo a oportunidade.
Eu sei que minha dor não se compara à do pai, da mãe, da irmã, dos tios, dos avós, da bisavó dele e até da madrasta, a minha irmã. Mas só eu sei como estou me sentindo. Meu rosto já tá machucado de tanto chorar e não consigo parar. Não consigo parar de pensar no sorriso dele de aparelho nos dentes. Não consigo parar de pensar que se eu não tivesse me metido na vida dele, hoje provavelmente ele estivesse vivo. Não consigo parar de pensar que agora não existe nada que eu possa fazer, que não tem como voltar atrás, que eu tô viva e ele tá morto.
Sei que ninguém prometeu que o mundo seria justo e que realmente não é, mas não consigo me conformar que ele tá morto e eu tô viva. Não consigo deixar de me sentir culpada.
A história toda já foi contada pelo Mendonça, não preciso repetir. O que só eu sei é como estou me sentindo. Eu que tinha indicado ele para a vaga de motorista na minha ex-repartição. Ele tinha 21 anos e até então trabalhava na loja do tio, nunca tinha tido emprego "de verdade", ainda não tinha nem carteira de trabalho. Tava todo orgulhoso, comprou camisas de botão novas pra ir trabalhar. Não recebeu nem o primeiro salário, com o qual ele pretendia dar um churrasco pros amigos pra comemorar o emprego, pagar as contas e dar o restante pra mãe.
Agora ele tá morto e enterrado e eu me sinto culpada. Eu sei que não tenho culpa, que foi uma tragédia aleatória, como tantas outras. Sei que o caso dele não é diferente dos outros baleados em assaltos que vi chegar no hospital enquanto esperava notícias dele. Racionalmente, sei que é simplesmente uma questão de sorte ou azar. Como sou agnóstica e não acredito em deus, destino, alma, espírito, desígnios divinos, sei que é simplesmente, meramente, sorte ou azar, por mais duro que isso pareça. Não vou fingir que acredito que "era o destino", "era a hora dele", "ele foi pra um lugar melhor", "foi a vontade de Deus", "Deus sabe o que faz", "ele está na paz infinita" ou sei lá o que das frases que me ouvi. Sei que todos queriam me confortar. Sei que é muito menos dolorido acreditar nisso. Mas, infelizmente, isso não é pra mim. Ele simplesmente não vive mais e o lugar pra onde ele foi é pra baixo da terra, se decompondo em um caixão frio.
Sei perfeitamente que ele deu azar de passar ali naquela hora. Sou muito prática e racional, afinal, não acredito em Deus porque não faz sentido e não é explicável. Mas sou gente que nem todo mundo e gente também não faz sentido. Apesar de saber de tudo, emocionalmente não consigo deixar de me sentir responsável. De pensar que eu não tinha nada que ter me metido na vida dele. Não consigo deixar de pensar que preferia ele desempregado e vivo. Não esqueço do sorriso dele no almoço do dia das mães me agradecendo a oportunidade.
Eu sei que minha dor não se compara à do pai, da mãe, da irmã, dos tios, dos avós, da bisavó dele e até da madrasta, a minha irmã. Mas só eu sei como estou me sentindo. Meu rosto já tá machucado de tanto chorar e não consigo parar. Não consigo parar de pensar no sorriso dele de aparelho nos dentes. Não consigo parar de pensar que se eu não tivesse me metido na vida dele, hoje provavelmente ele estivesse vivo. Não consigo parar de pensar que agora não existe nada que eu possa fazer, que não tem como voltar atrás, que eu tô viva e ele tá morto.
Sei que ninguém prometeu que o mundo seria justo e que realmente não é, mas não consigo me conformar que ele tá morto e eu tô viva. Não consigo deixar de me sentir culpada.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Escangalhada da estrela
ou Ressaca, teu nome é Roberta
Dói, dói, cabeça dói. Infelizmente, estou na repartição. Obviamente, cheguei atrasada e me arrastando.
O chope dos leitores de ontem foi óóótemo, dos melhores até hoje. Só perde pro que acabou em rodízio de pão na chapa. Bebemos até às 2h da manhã, a conta deu quase 700 reais. Eu fui pra casa porque sou moça trabalhadora, mas a putada mais louca e mais jovem que eu ainda seguiu pro Democráticos. Há fotos confirmando. Agora tô recebendo e-mails confessando que ainda não chegaram no trabalho ou chegaram, mas não passam de uma panqueca sentada em frente ao computador, com os olhos abertos a base de red bull.
Nossa, nem sei o que dizer. Foi tanta gente, conheci tantos leitores novos. Nem dá pra fazer relatório. Conforme for lembrando, vou dando os highlights.
Dói, dói, cabeça dói. Infelizmente, estou na repartição. Obviamente, cheguei atrasada e me arrastando.
O chope dos leitores de ontem foi óóótemo, dos melhores até hoje. Só perde pro que acabou em rodízio de pão na chapa. Bebemos até às 2h da manhã, a conta deu quase 700 reais. Eu fui pra casa porque sou moça trabalhadora, mas a putada mais louca e mais jovem que eu ainda seguiu pro Democráticos. Há fotos confirmando. Agora tô recebendo e-mails confessando que ainda não chegaram no trabalho ou chegaram, mas não passam de uma panqueca sentada em frente ao computador, com os olhos abertos a base de red bull.
Nossa, nem sei o que dizer. Foi tanta gente, conheci tantos leitores novos. Nem dá pra fazer relatório. Conforme for lembrando, vou dando os highlights.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
É hoje!
Então, putada, chegou a hora: é hoje o nosso chope dos leitores. Daqui a poucas horas estaremos tomando chope, conversando e rindo. Sabe que já tô com saudade? Adoro essa nossa tradição inventada. Não esqueçam de levar câmeras fotográficas, quero muitas fotas!
O primeiro que chegar me liga que eu desço... é praticamente na minha esquina. Da última vez esperei sozinha mais de meia-hora antes de aparecer algum puto.
Serviço
Quinta-feira, 4 de junho, a partir das 19h
Bar Mas será o Benedito
Rua Gomes Freire, 599, Lapa
Rio de Janeiro - RJ
******************
Para quem quiser esticar:
Nossa amiga e leitora Eugenia está fazendo uma promo no seu site Agenda Samba&Choro. Estão sendo sorteados 25 convites duplos pro show de hoje à noite, no 3o andar da casa. Corre lá que ainda dá tempo de participar!
O primeiro que chegar me liga que eu desço... é praticamente na minha esquina. Da última vez esperei sozinha mais de meia-hora antes de aparecer algum puto.
Serviço
Quinta-feira, 4 de junho, a partir das 19h
Bar Mas será o Benedito
Rua Gomes Freire, 599, Lapa
Rio de Janeiro - RJ
******************
Para quem quiser esticar:
Nossa amiga e leitora Eugenia está fazendo uma promo no seu site Agenda Samba&Choro. Estão sendo sorteados 25 convites duplos pro show de hoje à noite, no 3o andar da casa. Corre lá que ainda dá tempo de participar!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Pouca sorte
Saí do trabalho uma hora mais cedo, correndo pra ortodontista, que esta semana me arrumou um horário merda. Pra minha sorte, mal cheguei no ponto e havia uma van. Eu acho pouco digno andar de van, mas naquela situação agradeci aos céus e entrei. Cheguei na Tijuca apenas 7 minutos atrasada. A Ortodontista me atendeu 20 minutos atrasada. Não sei porque levo ela a sério e corro. Enfim.
Para minha sorte (ou não), ela apenas trocou o aro superior por um mais grosso e as borrachas da inferior. Só senti uma pressãozinha quando tava indo embora agora já passou. Pensei que ela ia me meter o borrachão assassino, mas vai ficar pra outra semana. Por enquanto, ela tá botando fé na mola que tá empurrando meu canino.
Saí esbaforida e me joguei no metrô, morrendo de fome. Até que não tava abarrotado ainda, apenas cheio. Liguei para o consultório da dermatologista avisando que ia atrasar. "Ih, mas hoje ela tá no horário, não sei se vai dar tempo de vc chegar. Você vem de qualquer jeito e a gente vê o que dá pra fazer."
Cumequié? Da outra vez esperei quase duas horas. Quando fui marcar esta sessão questionei o horário, apertado para mim, e a recepcionista me tranquilizou "liga não, ela sempre atrasa no mínimo uma hora".
Desci na estação Siqueira Campos e peguei o metrô de superfície. Quando ele tá chegando no Arpoador toca o cel. "Dona Roberta, ela já tá indo embora, não vai dar tempo. Me liga amanhã que a gente remarca pra segunda". Porra, por que não remarcou logo pra segunda quando eu disse que tava atrasada?". Ca-ga-lho! Me despenquei da Tijuca pra Ipanema à toa! Da Praça Saens Pena tem um ônibus que passa na minha porta!
Desci na estação seguinte, General Osório, e tentei aproveitar pra comprar umas tranqueiras antes de vir pra casa. Entrei na Americanas Express e enchi a cestinha de buginganga úteis, como xampu, esmalte, meias, calcinhas, essas coisas que nunca são demais, pra ver se me acalmava. No caixa, começa uma confusão. Só uma mocinha não exatamente safa para atender e muitas velhotas impacientes na fila. Uma delas quer fazer uma troca e a mocinha não sabe fazer. Mocinha liga pra outra mocinha vir ajudar. Soltei um "puta-que-pariu, não vou comprar merda nenhuma", larguei a cestinha no balcão e fui embora bufando. Ca-ga-lho.
Estou quase sem xampu e pasta de dente! Até pensei em entrar numa farmácia, mas com aquela friaca, desisti. Me joguei num 464 e vim pra casa congelando no ônibus. Dei uma arrumada na casa que tava um pandemônio, comi minha ração noturna com um copo de coca zero e vim blogar, porque alguma alegria eu tenho que ter na vida.
Pensar que eu poderia ter feito meu roteiro de farmácias tijucanas com calma, ainda ido na Dermage comprar meu mousse facial, tomado um café expresso no Palheta da Drogaria Venâncio e vindo pra casa alegrinha, alegrinha com minha sacola de compras de farmácia, minhas favoritas. A esta altura teria vários xampus e condicionadores pra escolher, cremes, hidratantes, bisnagas de Sensodyne de diversos calibres e sabores, um frascão de 1l de Plax transparente, quem sabe até um sabonete líquido ou esfoliante bem cheiroso pra alegrar meu banho de amanhã... ai, ai, ai. Como a vida é injusta às vezes.
Para minha sorte (ou não), ela apenas trocou o aro superior por um mais grosso e as borrachas da inferior. Só senti uma pressãozinha quando tava indo embora agora já passou. Pensei que ela ia me meter o borrachão assassino, mas vai ficar pra outra semana. Por enquanto, ela tá botando fé na mola que tá empurrando meu canino.
Saí esbaforida e me joguei no metrô, morrendo de fome. Até que não tava abarrotado ainda, apenas cheio. Liguei para o consultório da dermatologista avisando que ia atrasar. "Ih, mas hoje ela tá no horário, não sei se vai dar tempo de vc chegar. Você vem de qualquer jeito e a gente vê o que dá pra fazer."
Cumequié? Da outra vez esperei quase duas horas. Quando fui marcar esta sessão questionei o horário, apertado para mim, e a recepcionista me tranquilizou "liga não, ela sempre atrasa no mínimo uma hora".
Desci na estação Siqueira Campos e peguei o metrô de superfície. Quando ele tá chegando no Arpoador toca o cel. "Dona Roberta, ela já tá indo embora, não vai dar tempo. Me liga amanhã que a gente remarca pra segunda". Porra, por que não remarcou logo pra segunda quando eu disse que tava atrasada?". Ca-ga-lho! Me despenquei da Tijuca pra Ipanema à toa! Da Praça Saens Pena tem um ônibus que passa na minha porta!
Desci na estação seguinte, General Osório, e tentei aproveitar pra comprar umas tranqueiras antes de vir pra casa. Entrei na Americanas Express e enchi a cestinha de buginganga úteis, como xampu, esmalte, meias, calcinhas, essas coisas que nunca são demais, pra ver se me acalmava. No caixa, começa uma confusão. Só uma mocinha não exatamente safa para atender e muitas velhotas impacientes na fila. Uma delas quer fazer uma troca e a mocinha não sabe fazer. Mocinha liga pra outra mocinha vir ajudar. Soltei um "puta-que-pariu, não vou comprar merda nenhuma", larguei a cestinha no balcão e fui embora bufando. Ca-ga-lho.
Estou quase sem xampu e pasta de dente! Até pensei em entrar numa farmácia, mas com aquela friaca, desisti. Me joguei num 464 e vim pra casa congelando no ônibus. Dei uma arrumada na casa que tava um pandemônio, comi minha ração noturna com um copo de coca zero e vim blogar, porque alguma alegria eu tenho que ter na vida.
Pensar que eu poderia ter feito meu roteiro de farmácias tijucanas com calma, ainda ido na Dermage comprar meu mousse facial, tomado um café expresso no Palheta da Drogaria Venâncio e vindo pra casa alegrinha, alegrinha com minha sacola de compras de farmácia, minhas favoritas. A esta altura teria vários xampus e condicionadores pra escolher, cremes, hidratantes, bisnagas de Sensodyne de diversos calibres e sabores, um frascão de 1l de Plax transparente, quem sabe até um sabonete líquido ou esfoliante bem cheiroso pra alegrar meu banho de amanhã... ai, ai, ai. Como a vida é injusta às vezes.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Autoflagelo
Amanhã vou sair correndo do trabalho, pegar o 665 e rezar para não perder a hora da ortodontista. É dia de apertar o aparelho. Sabe-se lá que torturas novas ela está maquinando, mas anda toda animadinha a me meter elásticos entre as arcadas.
Depois pego o metrô e corro mais em direção à Ipanema, rezando para não ser esmagada na hora do rush e pra dermatologista atrasar tanto quanto o de costume. É dia da minha segunda sessão de depilação definitiva, sairei de lá com a virilha frita. Claro, na saída marcarei a terceira sessão e outra consulta pra tostar mais alguns hemangiomas, isso se os primeiros nao virarem quelóides. Quem sabe, agendo até de começar a queimar a cara pra descascar que nem cobra, como disse uma leitora. Tô nem aí, como disse a dermatologista, tudo que é bom dói e mulher aguenta o tranco.
Não quero pensar no meu mau humor quando estiver voltando pra casa, morrendo de fome, com os dentes doendo e querendo andar de pernas abertas. Ah, claro, vou ter que ir de saia, mesmo com esse frio do capeta. Dizem por aí que biscate não sente frio, mas sou mega friorenta.
É, acho que amanhã não vai ser um dia melhor.
Depois pego o metrô e corro mais em direção à Ipanema, rezando para não ser esmagada na hora do rush e pra dermatologista atrasar tanto quanto o de costume. É dia da minha segunda sessão de depilação definitiva, sairei de lá com a virilha frita. Claro, na saída marcarei a terceira sessão e outra consulta pra tostar mais alguns hemangiomas, isso se os primeiros nao virarem quelóides. Quem sabe, agendo até de começar a queimar a cara pra descascar que nem cobra, como disse uma leitora. Tô nem aí, como disse a dermatologista, tudo que é bom dói e mulher aguenta o tranco.
Não quero pensar no meu mau humor quando estiver voltando pra casa, morrendo de fome, com os dentes doendo e querendo andar de pernas abertas. Ah, claro, vou ter que ir de saia, mesmo com esse frio do capeta. Dizem por aí que biscate não sente frio, mas sou mega friorenta.
É, acho que amanhã não vai ser um dia melhor.
Tá, eu confesso
Não estou mais com raiva, depois que tantos amigos me escreveram avisando que me amavam e era pra eu descer do queijo. Agora tô só um pouquinho tristebunda, mas só um pouquinho. Vou dormir que melhora.
Não seja idiota
É claro que se eu te escrevi você pode e deve ignorar a solicitação anterior e me responder, afinal, também odeio quem não responde meus e-mails.
Raiva
Eu sou uma pessoa que sente raiva. Sinto muita raiva de muita coisa e de muita gente. Não me dou ao trabalho de matar ninguém, mas ficaria mais alegre se algumas pessoas morressem. Acho que alguns óbitos, inclusive, mereceriam champagne pra comemorar.
Meus ódios são todos de estimação, não pretendo me abrir mão deles. Se um dia se forem, tudo bem, mas não vou trabalhar para isso. São que nem meus preconceitos, tudo coisa de estimação: não fere ninguém, não serve pra nada, mas tenho apego. Além do que, eu pago meu macarrão e posso odiar à vontade. Não acho errado, não tenho culpa, nem considero falta de educação. Eu posso pensar o que quiser e bem entender do que e/ou quem quiser e bem entender. Posso até pensar que você é um repolho mutante. Indelicado seria eu te contar isso.
Não odeio só pessoas, atitudes e idéias, sabe? Odeio também algumas cidades, com a implicância resvalando para os nascidos em tal localidade desgraçada. Odeio formatos de cabeça, cores de esmalte, tipos de sapato, cortes de cabelo. Claro, o portador de tais itens personifica meu desprazer e passa a ser o objeto do meu ódio. Como eu disse, nada grave. Afinal não é errado ser assim, só é odioso, mas não vou matar ninguém. Só vou... odiar.
Quer saber? Eu te odeio. Morra. Eu quero que você morra. Às vezes fantasio dar um tiro na sua cabeça, mas como não vou fazer isso (sequer sei manusear arma de fogo e, de qualquer jeito, acho anti-higiênico), apenas aguardo o dia triunfante do seu velório. Se for morte dolorosa melhor. Fantasio pogar ensadecida no seu enterro e cuspir na sua sepultura, mas não vou me dar a esse trabalho. Apenas sorrirei e, talvez, brindarei.
Já que você é uma bosta ambulante que não serve para nada - além de tornar o mundo um lugar pior de se viver - e sua existência é perniciosa ao equilíbrio do universo, por favor, tenha a delicadeza de falecer, faça alguma coisa que preste pelo menos.
O que? Quem eu odeio com tanta sofreguidão? Jamais saberás.
Meus ódios são todos de estimação, não pretendo me abrir mão deles. Se um dia se forem, tudo bem, mas não vou trabalhar para isso. São que nem meus preconceitos, tudo coisa de estimação: não fere ninguém, não serve pra nada, mas tenho apego. Além do que, eu pago meu macarrão e posso odiar à vontade. Não acho errado, não tenho culpa, nem considero falta de educação. Eu posso pensar o que quiser e bem entender do que e/ou quem quiser e bem entender. Posso até pensar que você é um repolho mutante. Indelicado seria eu te contar isso.
Não odeio só pessoas, atitudes e idéias, sabe? Odeio também algumas cidades, com a implicância resvalando para os nascidos em tal localidade desgraçada. Odeio formatos de cabeça, cores de esmalte, tipos de sapato, cortes de cabelo. Claro, o portador de tais itens personifica meu desprazer e passa a ser o objeto do meu ódio. Como eu disse, nada grave. Afinal não é errado ser assim, só é odioso, mas não vou matar ninguém. Só vou... odiar.
Quer saber? Eu te odeio. Morra. Eu quero que você morra. Às vezes fantasio dar um tiro na sua cabeça, mas como não vou fazer isso (sequer sei manusear arma de fogo e, de qualquer jeito, acho anti-higiênico), apenas aguardo o dia triunfante do seu velório. Se for morte dolorosa melhor. Fantasio pogar ensadecida no seu enterro e cuspir na sua sepultura, mas não vou me dar a esse trabalho. Apenas sorrirei e, talvez, brindarei.
Já que você é uma bosta ambulante que não serve para nada - além de tornar o mundo um lugar pior de se viver - e sua existência é perniciosa ao equilíbrio do universo, por favor, tenha a delicadeza de falecer, faça alguma coisa que preste pelo menos.
O que? Quem eu odeio com tanta sofreguidão? Jamais saberás.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
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